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uhull!
Eu não to afim de continuar nessa conversa, mais pra frente eu respondo alguma coisa mais coerente, mas é surreal ter esse tipo de conversa no momento em que estamos vivendo.
Como vc vai dizer pra um ser humano que alguma coisa melhorou pro Jacob Blake?
Isso passa longe, bem longe de ser um argumento emocional, aparentemente o único recurso que vc tem pra desqualificar meu argumento.
Se você for negro, você corre o risco de ser morto pela polícia, sem o menor risco de dar alguma coisa pro policial que atira. Um mês atrás um cara foi morto a queima roupa a dez quilômetros da minha casa andando de moto.
Não tem nada de emocional, tem foto, vídeo, número e estatística.
Melhorou pra quem?
Pra mim não melhorou.
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o ponto é que se tá ruim pra quem não era propriedade 150 anos atrás, imagina pra quem era... e por isso cotas raciais e todo tipo de ações afirmativas são importantes e necessárias (o que não exime de que outras medidas de caráter mais global sejam tomadas concomitantemente)
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Agora temos o brilhante Silvio Almeida nesse combate racional de ideias pela verdadeira emancipação do negro!
https://twitter.com/silviolual/statu...99304362946562Eu também sou radicalmente contra "furar" o teto constitucional de gastos.
Silvio Almeida.
Última edição por Sam Farha - Spinoza; 27-08-2020 às 13:16.
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@Picinin quem não tem dinheiro para uma pagar uma fiança tem os mesmos direitos garantidos de quem tem o dinheiro?
No Brasil a fiança é uma garantia de fato ou pode significar um trocado e uma brecha para fugas e/ou impunidade?
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Aí voltamos no ponto inicial da discussão. Ajuda mesmo? Os dados que eu tenho dos EUA não confirmam essa tese, os negros continuam tendo a mesma porcentagem da população entre os mais pobres.
E a situação racial nos EUA não parece ter melhorado muito. Pelo contrário, minha impressão é que tá bem pior. O que confirma minha previsão de que combater discriminação discriminando não vai resolver o problema, só vai agravar. E, havendo conflito, eu não tenho dúvida sobre em qual ponta a corda vai estourar.
edit: eu não acho que tá ruim pra quem não era propriedade há 150 anos. Só acho que as gerações pós-guerra são mimadas pra caralho.
Última edição por Picinin; 28-08-2020 às 15:40.
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Que dados são esses @Picinin?
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Vc não pode achar honestamente isso. A indignação quanto ao ocorrido com o Blake é justificada, mas isso não muda o fato de que vc vive (infinito) melhor do que viveria a 150 anos atrás.
Mas esse nem é o ponto principal. A questão é como devemos agir pra que a situação continue progredindo, de preferência em um ritmo mais rápido, e sem incorrer em outras formas de injustiça. Acredito que vc não discorde disso.
Eu vejo o mérito de muitos pontos levantados por quem defende medidas afirmativas, o problema é conseguir ao menos estimar, em primeiro lugar, a efetividade das medidas adotadas e, em segundo lugar, um ponto mais complicado, que é identificar quais são os marcadores que podem indicar que essas medidas estão indo longe demais.
Me parece bem mais fácil identificar quando a direita vai longe demais, mesmo que "só um pouquinho", e isso especialmente no que diz respeito a questões raciais. Já a esquerda, por estar culturalmente envolta num manto de boa intenção, pode ultrapassar barreiras de forma mais sutil.
Mas imo ambos os espectros são igualmente perigosos quando passam do ponto. E, novamente imo, as pessoas hj subestimam o quanto é perigoso cruzar certas linhas, e o quão rápido as coisas podem sair exponencialmente de controle.
Toda essa ênfase em identidade de grupo é muito mais perigosa pra sociedade ocidental do que a maioria se dá conta. E, como o Picinin disse, jogar esse jogo não vai ser vantajoso pra ninguém, especialmente pras minorias.
O fato de que mesmo vc que, como eu disse antes, na minha opinião é uma pessoa com bom senso acima da média, achar que não podemos sequer debater e ouvir um ao outro, e que estamos divididos em nível fundamental por causa da cor da nossa pele, é um indicador perigoso das mudanças que ocorrem hj na sociedade.
Vc pode argumentar que existe diferença de experiência, mas esse é mais um motivo pra fomentar o debate do que pra criar mecanismos pra que ele não aconteça. E o mais importante, reconhecer que fundamentalmente somos mais parecidos do que diferentes e que nossa individualidade, e todas as suas nuances, são muito mais importantes do que "tribo" a qual pertencemos.
Diferenças existem, mas a sua individualidade precisa ter precedência sobre a sua identidade de grupo. Inverter essa relação é um caminho certo pra destruição social e a história já provou isso inúmeras vezes.
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