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@
kako
quando ele fala em teto da dívida, a única coisa que eu consigo vislumbrar é só pagar até um limite - aka calote.
A PEC dos gastos tem um efeito mais psicológico do que tudo. Pro investidor, dá uma segurança de que a situação fiscal não vai se degringolar, e ainda faz uma pressão para que a previdência seja reformada.
Mas e o fato de os EUA ter teto da divida, é verdade? E acho que ninguem pensa que eles vão calotear alguem...
Esse efeito psicologico é relativo visto que mesmo com a PEC a previdencia não foi aprovada esse ano, e o Brasil é hj um país menos seguro(de acordo com as agencias) do que anos atras quando não tinha a PEC, fora que acaba sendo uma medida impopular e de facil critica, e obvio que é importante ter mecanismos de controle pra que o governo não gaste mais do que arrecada, mas essa PEC de 20 anos não existe em nenhum outro lugar do mundo, e foi aprovada de uma maneira bem ruim, acho que é importante que ela seja primeiro explicada pra população pra depois aprova-la...
O teto da dívida lá serve exatamente para limitar os gastos do governo.
Pela forma que foi colocado no post, a impressão que me deu é que o cara é contra limitar os gastos, mas não quer que a dívida aumente. Aí só sobra uma opção.
A previdência não foi reformada porque, depois do escândalo da JBS, o governo perdeu MUITA força e até hoje se arrasta. Mas hoje a reforma da previdência é vista como inevitável por todos os candidatos sérios. Até o Ciro, que tá com um discursozinho econômico digno do PT dos anos 90, não nega a necessidade da reforma da previdência. E certamente vai fazê-la se for eleito.
Quais são suas criticas em relação ao discurso economico do Ciro? eu conheço muito pouco de economia, e nesses programas de entrevista nunca tem uma replica aquilo que ele porpoe, então fica dificil de entender quais os pontos mais frageis e etc...
Em quem vc votaria hj?
Não tenho candidato ainda. Não descarto sequer votar no Ciro, porque, IMO, esse discurso é eleitoreiro, pra pescar os 30% de eleitores fieis do PT. Se eleito, a prática vai ser muito diferente da retórica. Ele, inclusive, já tá fazendo vários acenos ao "mercado.
@Spinoza e kako
Minha crítica principal é que o discurso dele é populista e anacrônico. Entra no site dele e vai ver que sua tática é bater no Temer e tudo que ele fez, mesmo as coisas certas. E com argumentos mentirosos que a esquerda adora, tipo que o teto vai sucatear educação e saúde (o que é obviamente falso, já que a própria Constituição determina percentuais mínimos do orçamento que deverão ser investidos nessas áreas).
De resto, ele bate constantemente na tecla de que tem que reduzir o dinheiro gasto com juros da dívida, sem explicar como funciona a dívida pública e como ele faria pra reduzir esses juros, pra pegar incautos como o @
VitorT, que não têm a menor ideia de como funciona a dívida pública.
Pra quem acha que o governo vai ao banco e pede dinheiro, esse discurso é sedutor, porque parece que um bom negociador conseguiria reduzir os juros do empréstimo já tomado. Só que a dívida pública é composta quase que exclusivamente pelos títulos públicos. Ou seja, o governo fala: quem comprar um título agora vai receber daqui a X anos o dinheiro que me emprestou, mais os juros da taxa SELIC. Então, se quiser reduzir os juros que o Brasil paga, tem que diminuir a taxa SELIC. E o Temer conseguiu fazer com que ela caísse de uns 14% no final do governo Dilma pra 6,5% atualmente. E conseguiu como? Tomando medidas que mostrem pros compradores - que, como eu disse aqui, não são apenas banqueiros estrangeiros de cartola e charuto; os fundos de previdência como PETROS e PREVI são os maiores credores - que o governo é um bom pagador, que não vai quebrar. Só que a redução de juros hoje não vai fazer efeito imediato, porque hoje estamos pagando os títulos de 4, 5, 10, 20 anos atrás. Os que a gente tá emitindo hoje a 6,5% só vão ser pagos daqui a 4, 5 anos ou mais, então só aí é que vamos ver a redução do peso dos juros nas contas públicas
Se o governo aceita as sugestões de mentes não limitadas, como a do @
VitorT, e resolve que quem comprou Tesouro Direto com vencimento pra 2019 não vai receber os juros acordados, ninguém mais vai comprar TD. O mercado, desconfiado do Estado "caloteiro", vai exigir juros muito maiores para emprestar dinheiro ao Brasil, se emprestar, afinal, o risco de tomar um calote de quem já deu calote antes, é muito maior do que o risco de emprestar para um bom pagador.
Outro exemplo de populismo, é falar que não há déficit da previdência porque o dinheiro das contribuições é desviado pelas DRU's. Se tira o dinheiro das DRU's do orçamento geral e leva pra seguridade social, cobre o rombo da previdência,mas abre um rombo gigantesco no orçamento geral. É o famoso dilema do cobertor curto, o Ciro tá sugerindo que pra, esquentar o pé, é só puxar o cobertor pra baixo. Sem considerar que aí vai descobrir o peito e que o problema só muda de lugar.