É isso mesmo, tinha que acabar com a propaganda eleitoral na TV e Rádio, e manter apenas o debate. Muito bem colocado.Eu sempre bati nessa tecla. Tem que atacar a outra ponta, a solução não tá na mudança na forma de financiamento, tá na redução dos custos. Lembro de ter lido o Cony contando que antigamente horário eleitoral eram os candidatos debatendo ao vivo. E tem que ser isso aí. Vão insistir nesse mito de que propaganda eleitoral serve pra informar eleitor até quando?""Não, com isso eu concordo.Pode ser, meu amigo. Eu concordo com essa análise.Não tem nada a ver com purismo teórico, eu sempre caguei pra essas definições de esquerda e direita, como todo mundo aqui sabe.Fiz uma rápida pesquisa sobre os integrantes do centrão, e reitero que esses parlamentares são de direita conservadora, defendem os valores morais da "família e propriedade", pertencem às bancadas do boi, bala e bíblia, idolatram tudo o que a polícia faz (inclusive suas barbaridades) etc etcTípica direita (fisiológica) conservadora brasileira.
Obs: são chamados de centrão pq eles ficam no centro (espaço físico) da Câmara.
Obs 2: É claro que eles não representam aquela direita liberal e conservadora estilo Olavo de Carvalho ou MisesBrasil. Eles, ao contrário, representam a típica direita do século XX no Brasil: assumem várias pautas de esquerda (p. ex., um pouco de saúde e educação gratuitas para os pobres, estilo ACM), mas são conservadores de direita.
Do contrário, a gente fica muito purista: nada é de esquerda o suficiente (só o comunismo revolucionário apartidário é de esquerda), ou que nem outros falam, "a gente não tem partido de direita no Brasil" (só o anarcocapitalismo é de direita o suficiente).
Assim, dizer, então, que um Francischini da vida (que apoia ferrenhamente o Bolsonaro) não é de esquerda e nem de direita, é se ater a purismos teóricos pouco verificáveis na vida parlamentar brasileira (então esquerda é só o PSOL e direita é só o Bolsonaro, o que não é verdade). Mantenho a minha posição de que o centrão é composto, basicamente, por políticos conservadores de direita.
O centrão, como eu te disse antes (e você mesmo postou matéria confirmando) é completamente volúvel, e apoia o que lhe dá mais lucro. Apoiou o Lula, apoiou a Dilma até 2015 e agora tá com o Temer enquanto o Temer tiver algum benefício (leia-se cargos e verbas) para oferecer.
Mas, po, tem vários caras (se não for a maioria, é uma minoria expressiva) conservadores ali no meio, né? Ou você discorda disso?
Mas acho que é mais porque essa pautas conservadoras representam interesses próprios. Pastor tá interessado em defender igreja por motivos financeiros, não teológicos. Ruralista tá defendendo interesse de fazendeiro porque ele é fazendeiro. Se for interessante economicamente pra ele mudar de lado, ele muda.
E agora já vão aprovar outra reforma política aumentando despesas de campanha, custeadas pelo consumidor, e vão ser reeleitos ano que vem. Difícil ver alguma perspectiva pra esse país...
Então, isso demonstra que é possível que o fim da doação empresarial para campanhas tenha sido um equívoco, não? Nós estávamos tão alarmados com o tanto de propina e caixa 2 que as grandes empresas estavam fazendo, que acabamos defendendo uma medida que pode se revelar um tiro no pé, dado que agora o PT e PMDB estão apoiando que o fundo eleitoral triplique. E quem vai pagar essa conta seremos nós, os contribuintes. Bem que o Gilmar Mendes tinha avisado...
Acho que o mais importante é deixar as campanhas eleitorais o mais barato possível, mas os partidos políticos (todos) não estão interessados nisso.
Já acabaram com os showmícios e brindes, passou da hora de acabarem com o marketing político. Mas, infelizmente, pra propor pauta não tem manifestação e protesto.
A imprensa deveria bater mais nessa tecla.