Postado originalmente por
Picinin
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RRetired
não tenho nenhuma solução pra isso. Cultura de um povo não se muda de uma hora pra outra, nem por meio de uma medida só.
No campo político tem uma série de pequenas medidas que podem ajudar, como reduzir custos de campanhas políticas ou reduzir os privilégios de agentes públicos (não só os políticos, qualquer pessoa no exercício de uma função pública). E não só privilégios econômicos, como o Eduts citou, mas de todos os tipos (reduzir a estabilidade de servidores, diminuir prerrogativas de autoridades em geral).
No campo social, é ser mais intolerante com pequenos desvios de condutas cometidos no dia a dia, dos outros e de si próprio. Muitas vezes, a reprovação social pode ser um fator de prevenção mais importante do que a lei.
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SketchDraft
não sei se entendi direito seu post, mas se for o que eu tô pensando, eu discordo totalmente. Eu não vejo diferença moral nenhuma de político pro brasileiro médio. É um povo que sai na rua e se comporta sem a menor preocupação se está incomodando ou prejudicando alguém. É um povo que não hesita em pedir ou tentar tomar vantagem indevida sempre que pode.
E não tem nada de transferir responsabilidades, a responsabilidade é proporcional ao poder que cada um tem. O Zé das Couves que pára na fila dupla, que corta pelo acostamento, ou que faz um gato de TV a cabo é responsável por essas condutas, não pela corrupção da Odebrecht. Mas eu não tenho a menor dúvida que ele aceitaria cargo em comissão pra fazer campanha de vereador pro vizinho, que aceitaria pagar uma bola pro guarda de trânsito, e aceitaria verba de propina se fosse ele o eleito.
E acho que é muito cômodo achar que político é alienígena, e que a sociedade se divide moralmente em duas classes: políticos e cidadão comum.