O autor fala que o mais racional seria dividir a água para garantir a sobrevivência dos dois no deserto, sem necessidade de competição, uma ideia um tanto comunista não acham? Depois ele ataca a igualdade, exalta a competição, a ideia de quem trabalha mais e é consciente sobre suas escolhas e fracassos vai sempre chegar ao sucesso. Do contrário, aqueles que abandonam a luta são fracassados, que esperam a repartição em igualdade dos recursos e invejam aqueles que foram bem sucedidos. Um pouco incoerente
Tira a parte comunista do texto e fica apenas com a parte boa.
Eu achei bastante parecido com o comunismo mesmo aquela parte. Onde riqueza brota do nada e é apenas dividir e todos vivem felizes para sempre.
Tirando essa "pequena" incoerência, o texto é o velho e raso "mocinho x bandido". Serve só pra reafirmar que você ta do "lado certo", eu passo
No mundo real as pessoas nem sempre tomam decisões embasadas na razão, eu diria que são raras essas ocasiões. As pessoas costumam tomar decisões de forma emocional e só depois buscam uma explicação para suas decisões tentando justificar de forma racional sua decisão emocional.
Em um debate político é inútil ficar apenas no "debate de ideias" se a maioria das pessoas tomam suas decisões de forma emocional.
Imo esse é o maior erro da direita. Acham que alguém é esquerdista por motivos racionais quando na verdade são esquerdistas por motivos emocionais e/ou de mau caráter. Com exceção dos retardados claro.
Excluir esse tema do debate político é de uma falta de conhecimento sobre política absurda. Não tem nada a ver com ser mocinho x bandido, fla-flu etc. Aliás essas acusações genéricas sim é que são rasas.
Você pensa mesmo assim?
Ou você acha que essa característica é apenas uma fraqueza que qualquer um com boa vontade e determinação pode superar?
"
Algumas pessoas são mais racionais que outras. Sinceramente eu não sei se é possível se tornar totalmente racional. Eu acho que com treino (determinação) vc se torna mais racional mas acho que precisaria ser um gênio pra racionalizar cada decisão. Tomamos várias decisões ao dia e algumas em menos de segundos. Vai no automático na maioria delas.
Então você está dizendo que o livre-arbítrio é uma ideia falaciosa?
Não, eu disse que não usamos sempre e que uns usam mais que outros.
Minha opinião sobre o livre arbítrio é que ele não existe se analisarmos "vários níveis de pensamento". Por exemplo, vc pode achar que está decidindo sobre comprar ou não um caro mas na verdade vc decide isso baseado em premisas que vc não teve decisões e que frutos da aleatoriedade.
Mas esse é um assunto inútil de se debater, e disso eu tenho certeza. Se ele não existe não podemos fazer nada sobre isso, afinal não decidimos nada. Se ele existir devemos tentar tomar as melhores decisões. Então é só tentar tomar as melhores decisões que se existir estamos no caminho certo. Se não existir nós nem podemos tomar essa decisão
Parabéns!
Você é mais um companheiro adepto do movimento "Chapa Verde" da Filosofia.
Tamo junto!
Esse vídeo aqui explica exatamente o que pensa o movimento "Chapa Verde" da Filosofia.
O Clóvis começa falar desse movimento em 24:24
Em 30:24 o Clovis diz exatamente a mesma coisa que você disse: "O trabalho da Razão é apenas para justificar seus afetos".
"
"
Só tem um problema!
O que você parece concordar vai de encontro oposto ao que a maioria das pessoas que você concorda pensa.
Principalmente o Olavo de Carvalho!
Na verdade a maioria quase absoluta da direita defende de forma veemente o livre-arbítrio como uma possibilidade real, e bem mais fácil, ao contrário do que você disse agora.
Esse é o princípio maior que fundamenta diversas outras teses dos direitistas.
Outra hora eu assisto o vídeo e comento se tiver algo pra comentar.
Ai que vc se engana, eu não concordo com muita coisa que o Olavo pensa, eu sou ateu inclusive.
Eu acho que isso é irrelevante nas teses exatamente por causa do último parágrafo meu no post anterior. Mas cita um exemplo ai.
O que eu vejo é contradição na esquerda tbm, dizer que livre arbítrio não existe e por isso não podemos culpar um bandido. Mas se livre arbítrio não existe não podemos decidir se culpamos ou não o bandido.
Eu coloquei os instantes do vídeo (principalmente o segundo) pra você ver que é exatamente (ipsis litteris) a mesma coisa que o Clóvis disse.
Foi isso que chamou a minha atenção no seu post, e por isso eu coloquei o vídeo como fonte de comprovação.
Sobre a questão da liberdade, essa discussão é imensa.
Eu não penso que não podemos agir com liberdade.
Apenas tenho uma concepção de liberdade diferente da que é mais comum entre a maioria das pessoas (desde o pensamento mais tradicional da civilização ocidental até o senso comum mesmo).
Resumidamente eu diria que a liberdade para mim é uma brecha que aparece às vezes para a gente, mas ao contrário da outra concepção não é uma possibilidade absoluta e infinita sempre ali próxima da gente.
Sobre a questão do que você disse a respeito da impossibilidade da justiça ou convívio social harmônico segundo a descrença no livre-arbítrio, essa questão não está bem posta.
Vou explicar.
Não é porquê não podemos culpar um bandido que não seria legítimo criar uma instituição que tente colocar alguma ordem "justa" no mundo.
Essa ordem não tem fundamento ontológico apenas, mas isso não quer dizer que essa ordem seja injustificável.
Isso tudo é puro pragmatismo mesmo.
Eu nem discordo desse pragmatismo.
Penso que ele é necessário, contanto que seja entendido dessa forma pragmática e não como a verdade em si da Justiça.
Se a culpa for entendido como a verdade em si da Justiça (e não uma convenção produtiva para a maioria) ela pode se tornar facilmente instrumento de várias deturpações que degenerariam a nossa possibilidade de autonomia mesma.
A maioria das pessoas pensam que não fazem algumas coisas porquê racionalmente conhecem o efeito da sua ação.
Ou seja: a razão é que seria a causa do freio dos afetos.
Ela agiria de forma autônoma ao corpo numa composição que haveria uma ligação contínua em que ela teria uma força sobre o corpo.
Essa força, para o mais racional dos seres humanos, seria a coisa mais óbvia do mundo.
A beleza da Razão é que ela mesma mostra toda a perfeição da sua substância (ao contrário do corpo, que é puro determinismo material) de uma forma que ela tranquiliza (agindo de uma forma meio nebulosa) o corpo rumo a maior e melhor perfeição possível.
Acontece que isso não existe.
Não é a Razão que vai fazer com que você faça ou não algo.
O que faz mesmo isso (antes de uma racionalização) é o próprio corpo através dos afetos.
A Razão não age sobre os afetos.
Só um afeto pode agir sobre outro afeto.
Não é a racionalização de um custo-benefício seu que vai determinar se você vai ou não agir, e sim o combate interior dos seus afetos.
Antes de saber completamente todas as relações causais que vão vir depois de uma ação, é o seu corpo com seus afetos que vão decidir se você vai ou não agir.
Você trai a sua companheira se o seu tesão venceu o seu medo de realizar esse desejo.
A sua elucubração mental dos riscos desse intento são inferiores ao afeto do medo. Quem vai decidir mesmo a parada o tamanho do medo.
A vida cotidiana é assim!
Sobre o que você e eu estamos fazendo agora, dizendo e fazendo isso ou aquilo ... eu não diria que está tudo pré-determinado.
No entanto existem sim algumas coisas que inevitavelmente fogem da nossa consciência e formam mais profundamente o nosso ser numa condição em algum aspecto previsível e necessário.
Não completamente previsíveis e necessários, mas com algum grau de conformação.
A liberdade para mim seria a consciência dessa conformação como caminhos possíveis.
A ideia de livre-arbítrio defende a ideia de que essa conformação é completamente fluída.
Eu defendo que a liberdade só pode ser construída a partir de algo já pré-existente.
A liberdade pode inclusive mudar um pouco essa coisas pré existente, mas nunca de forma total e absoluta.
Outra questão interessante.
Todo mundo defende a liberdade absoluta do pensamento, mas ninguém é capaz de dizer que os nossos impulsos elétricos no nosso cérebro são infinitos como possibilidade, uma vez inevitavelmente são corpóreos.
As possibilidades de sinapses no meu cérebro têm uma condição material finita.
Vixe!
Escrevi pra caralho!
My bad!
"
Assisti dos 24min até 38 min. É exatamente como eu penso mesmo. Eu curto filosofia e leio/assisto muita coisa sobre o assunto mas meu conhecimento é bem superficial, eu não domino nem a linguagem. Então não se apegue aos termos que eu uso
Eu nem conheço todas as teses ainda, então minha opinião nem é muito firme.
Sobre exemplo do bandido eu não me fiz entender. Vou tentar explicar novamente. Não se trata de justiça. Eu levantei apenas uma contradição de alguns esquerdistas que dizem que não tem livre arbítrio e por isso um bandido não pode ser culpado/punido já que ele não escolheu ser bandido. Mas logo eu seguida quer DECIDIR o que deve ser feito com esse cara. Se deve dar um tratamento, uma pena leve etc. Ora, se ele disse que não existe livre arbítrio ele não pode decidir o que vai fazer com o bandido. Se livre arbítrio não existe não podemos criar uma instituição para melhorar a situação. Se a instuição for criada será fruto do acaso e não pq nós decidimos criar.
Sobre o restante do seu post eu não entendi muito bem. Parecia que vc tava explicando o vídeo mas depois parece que fez uma pequena contestação, eu não entendi muito bem essa contestação onde vc fala que temos uma pequena oportunidade de liberdade.
Legal!
A complicação do entendimento das diversas teses na Filosofia é que ela infelizmente não opera da mesma forma que a Ciência.
Isso não quer dizer que ela não use a razão.
Só diz que o objeto dela é menos objetivo e delimitado como nas ciencias. Logo as discussões filosóficas nao sao facilmente testadas, medidas e evidenciadas.
Nem a Filosofia combate a Ciencia, nem a Ciencia combate a Filosofia.
Ambas sabem como funcionam e daí uma usa a outra como melhor achar.
Só disse isso pq os incautos facilmente desqualificam a filosofia como masturbacao intelectual esteril (que nao muda o mundo) e nem avança como nas Ciencias.
Ela realmente pode nao mudar o mundo de forma objetiva, mas ela é a area que melhor interroga as grandes questoes da humanidade.
A gente pode e DEVE criar instuiticoes como a Justiça, por exemplo.
A criacao dessas instituicoes nao sao fruto do acaso.
Voce está pensando a realidade de forma estritamente racional, segundo uma concepcao de razao universal.
Vou tentar simplificar.
Uma instituicao X pode definir que 2+2 é diferente de 4 e nós nao precisamos nos espantar ou indignar.
A gente só precisa entender o sentido e a necessidade dessa proposicao dessa instituicao X.
Repito: se a gente for querer deslegitimar tudo que nao tiver fundamento estritamente racional, nenhuma lei será possivel, pois o fundamento da maioria das coisas que existem nao sao definivos e ultimos como a gente é levado a pensar.
Tanto a Ciencia quanto a Filosofia nos mostra isso.
Desapega dessa razao UNIVERSAL que existe fora de nós e rege o mundo eternamente de forma imutavel e necessaria.
Quando eu disse que temos momentos de liberdade, eu quis dizer que é quando temos CONSCIENCIA da NECESSIDADE das coisas que existem em nós e no mundo como oportunidade de efetivacao.
Ser livre é ser ativo atraves da consciencia que rege a gente e as coisas do mundo.
Na maioria das vezes somos reativos, e nao ativos mesmos.
A gente se move como se estivesse tentando se rearrumar na escuridao.
O mundo nos afeta. A gente sente algo. Daí a gente sente a necessidade de fazer algo se o afeto é ruim.
O afeto ruim nos desconstitui até a morte completa.
O afeto ruim é uma morte parcial.
A gente se apavora e se mexe pra mudar esse estado rumo a uma conformacao mais potente do nosso ser.
Mas como a gente age geralmente atraves das paixoes (uma vez que até a razao que a gente acha mais limpida em nós pode ser na verdade uma paixao) a nossa reatividade nos coloca fora da liberdade.
Nao conhecemos nada e só esbarramos nas coisas do mundo.
Com sorte superamos isso.
Se tivermos liberdade (e podemos ter esses momentos) a gente percebe as relacoes causais mesmas das nossa realidade (nós e o mundo) e encontra o caminho da potencia maior atraves da NECESSIDADE (e nao da CONTIGENCIA) dos encontros com o mundo.
Ser livre é ser autonomo.
Ser autonomo é entender como o mundo te afeta e como voce pode afetar o mundo.
Quase ninguem consegue saber mesmo essas coisas!
Para o livre-arbitrio o mundo te afeta de forma totalmente dispensavel.
A razao mudaria o seu humor a qualquer hora e em qualquer circunstancia.
O autor fala que o mais racional seria dividir a água para garantir a sobrevivência dos dois no deserto, sem necessidade de competição, uma ideia um tanto comunista não acham? Depois ele ataca a igualdade, exalta a competição, a ideia de quem trabalha mais e é consciente sobre suas escolhas e fracassos vai sempre chegar ao sucesso. Do contrário, aqueles que abandonam a luta são fracassados, que esperam a repartição em igualdade dos recursos e invejam aqueles que foram bem sucedidos. Um pouco incoerente
Tira a parte comunista do texto e fica apenas com a parte boa.
Eu achei bastante parecido com o comunismo mesmo aquela parte. Onde riqueza brota do nada e é apenas dividir e todos vivem felizes para sempre.
Tirando essa "pequena" incoerência, o texto é o velho e raso "mocinho x bandido". Serve só pra reafirmar que você ta do "lado certo", eu passo
No mundo real as pessoas nem sempre tomam decisões embasadas na razão, eu diria que são raras essas ocasiões. As pessoas costumam tomar decisões de forma emocional e só depois buscam uma explicação para suas decisões tentando justificar de forma racional sua decisão emocional.
Em um debate político é inútil ficar apenas no "debate de ideias" se a maioria das pessoas tomam suas decisões de forma emocional.
Imo esse é o maior erro da direita. Acham que alguém é esquerdista por motivos racionais quando na verdade são esquerdistas por motivos emocionais e/ou de mau caráter. Com exceção dos retardados claro.
Excluir esse tema do debate político é de uma falta de conhecimento sobre política absurda. Não tem nada a ver com ser mocinho x bandido, fla-flu etc. Aliás essas acusações genéricas sim é que são rasas.
Você pensa mesmo assim?
Ou você acha que essa característica é apenas uma fraqueza que qualquer um com boa vontade e determinação pode superar?
"
Algumas pessoas são mais racionais que outras. Sinceramente eu não sei se é possível se tornar totalmente racional. Eu acho que com treino (determinação) vc se torna mais racional mas acho que precisaria ser um gênio pra racionalizar cada decisão. Tomamos várias decisões ao dia e algumas em menos de segundos. Vai no automático na maioria delas.
Então você está dizendo que o livre-arbítrio é uma ideia falaciosa?
Não, eu disse que não usamos sempre e que uns usam mais que outros.
Minha opinião sobre o livre arbítrio é que ele não existe se analisarmos "vários níveis de pensamento". Por exemplo, vc pode achar que está decidindo sobre comprar ou não um caro mas na verdade vc decide isso baseado em premisas que vc não teve decisões e que frutos da aleatoriedade.
Mas esse é um assunto inútil de se debater, e disso eu tenho certeza. Se ele não existe não podemos fazer nada sobre isso, afinal não decidimos nada. Se ele existir devemos tentar tomar as melhores decisões. Então é só tentar tomar as melhores decisões que se existir estamos no caminho certo. Se não existir nós nem podemos tomar essa decisão
Parabéns!
Você é mais um companheiro adepto do movimento "Chapa Verde" da Filosofia.
Tamo junto!
Esse vídeo aqui explica exatamente o que pensa o movimento "Chapa Verde" da Filosofia.
O Clóvis começa falar desse movimento em 24:24
Em 30:24 o Clovis diz exatamente a mesma coisa que você disse: "O trabalho da Razão é apenas para justificar seus afetos".
"
"
Só tem um problema!
O que você parece concordar vai de encontro oposto ao que a maioria das pessoas que você concorda pensa.
Principalmente o Olavo de Carvalho!
Na verdade a maioria quase absoluta da direita defende de forma veemente o livre-arbítrio como uma possibilidade real, e bem mais fácil, ao contrário do que você disse agora.
Esse é o princípio maior que fundamenta diversas outras teses dos direitistas.
Outra hora eu assisto o vídeo e comento se tiver algo pra comentar.
Ai que vc se engana, eu não concordo com muita coisa que o Olavo pensa, eu sou ateu inclusive.
Eu acho que isso é irrelevante nas teses exatamente por causa do último parágrafo meu no post anterior. Mas cita um exemplo ai.
O que eu vejo é contradição na esquerda tbm, dizer que livre arbítrio não existe e por isso não podemos culpar um bandido. Mas se livre arbítrio não existe não podemos decidir se culpamos ou não o bandido.
Eu coloquei os instantes do vídeo (principalmente o segundo) pra você ver que é exatamente (ipsis litteris) a mesma coisa que o Clóvis disse.
Foi isso que chamou a minha atenção no seu post, e por isso eu coloquei o vídeo como fonte de comprovação.
Sobre a questão da liberdade, essa discussão é imensa.
Eu não penso que não podemos agir com liberdade.
Apenas tenho uma concepção de liberdade diferente da que é mais comum entre a maioria das pessoas (desde o pensamento mais tradicional da civilização ocidental até o senso comum mesmo).
Resumidamente eu diria que a liberdade para mim é uma brecha que aparece às vezes para a gente, mas ao contrário da outra concepção não é uma possibilidade absoluta e infinita sempre ali próxima da gente.
Sobre a questão do que você disse a respeito da impossibilidade da justiça ou convívio social harmônico segundo a descrença no livre-arbítrio, essa questão não está bem posta.
Vou explicar.
Não é porquê não podemos culpar um bandido que não seria legítimo criar uma instituição que tente colocar alguma ordem "justa" no mundo.
Essa ordem não tem fundamento ontológico apenas, mas isso não quer dizer que essa ordem seja injustificável.
Isso tudo é puro pragmatismo mesmo.
Eu nem discordo desse pragmatismo.
Penso que ele é necessário, contanto que seja entendido dessa forma pragmática e não como a verdade em si da Justiça.
Se a culpa for entendido como a verdade em si da Justiça (e não uma convenção produtiva para a maioria) ela pode se tornar facilmente instrumento de várias deturpações que degenerariam a nossa possibilidade de autonomia mesma.
A maioria das pessoas pensam que não fazem algumas coisas porquê racionalmente conhecem o efeito da sua ação.
Ou seja: a razão é que seria a causa do freio dos afetos.
Ela agiria de forma autônoma ao corpo numa composição que haveria uma ligação contínua em que ela teria uma força sobre o corpo.
Essa força, para o mais racional dos seres humanos, seria a coisa mais óbvia do mundo.
A beleza da Razão é que ela mesma mostra toda a perfeição da sua substância (ao contrário do corpo, que é puro determinismo material) de uma forma que ela tranquiliza (agindo de uma forma meio nebulosa) o corpo rumo a maior e melhor perfeição possível.
Acontece que isso não existe.
Não é a Razão que vai fazer com que você faça ou não algo.
O que faz mesmo isso (antes de uma racionalização) é o próprio corpo através dos afetos.
A Razão não age sobre os afetos.
Só um afeto pode agir sobre outro afeto.
Não é a racionalização de um custo-benefício seu que vai determinar se você vai ou não agir, e sim o combate interior dos seus afetos.
Antes de saber completamente todas as relações causais que vão vir depois de uma ação, é o seu corpo com seus afetos que vão decidir se você vai ou não agir.
Você trai a sua companheira se o seu tesão venceu o seu medo de realizar esse desejo.
A sua elucubração mental dos riscos desse intento são inferiores ao afeto do medo. Quem vai decidir mesmo a parada o tamanho do medo.
A vida cotidiana é assim!
Sobre o que você e eu estamos fazendo agora, dizendo e fazendo isso ou aquilo ... eu não diria que está tudo pré-determinado.
No entanto existem sim algumas coisas que inevitavelmente fogem da nossa consciência e formam mais profundamente o nosso ser numa condição em algum aspecto previsível e necessário.
Não completamente previsíveis e necessários, mas com algum grau de conformação.
A liberdade para mim seria a consciência dessa conformação como caminhos possíveis.
A ideia de livre-arbítrio defende a ideia de que essa conformação é completamente fluída.
Eu defendo que a liberdade só pode ser construída a partir de algo já pré-existente.
A liberdade pode inclusive mudar um pouco essa coisas pré existente, mas nunca de forma total e absoluta.
Outra questão interessante.
Todo mundo defende a liberdade absoluta do pensamento, mas ninguém é capaz de dizer que os nossos impulsos elétricos no nosso cérebro são infinitos como possibilidade, uma vez inevitavelmente são corpóreos.
As possibilidades de sinapses no meu cérebro têm uma condição material finita.
Vixe!
Escrevi pra caralho!
My bad!
"
Assisti dos 24min até 38 min. É exatamente como eu penso mesmo. Eu curto filosofia e leio/assisto muita coisa sobre o assunto mas meu conhecimento é bem superficial, eu não domino nem a linguagem. Então não se apegue aos termos que eu uso
Eu nem conheço todas as teses ainda, então minha opinião nem é muito firme.
Sobre exemplo do bandido eu não me fiz entender. Vou tentar explicar novamente. Não se trata de justiça. Eu levantei apenas uma contradição de alguns esquerdistas que dizem que não tem livre arbítrio e por isso um bandido não pode ser culpado/punido já que ele não escolheu ser bandido. Mas logo eu seguida quer DECIDIR o que deve ser feito com esse cara. Se deve dar um tratamento, uma pena leve etc. Ora, se ele disse que não existe livre arbítrio ele não pode decidir o que vai fazer com o bandido. Se livre arbítrio não existe não podemos criar uma instituição para melhorar a situação. Se a instuição for criada será fruto do acaso e não pq nós decidimos criar.
Sobre o restante do seu post eu não entendi muito bem. Parecia que vc tava explicando o vídeo mas depois parece que fez uma pequena contestação, eu não entendi muito bem essa contestação onde vc fala que temos uma pequena oportunidade de liberdade.
Legal!
A complicação do entendimento das diversas teses na Filosofia é que ela infelizmente não opera da mesma forma que a Ciência.
Isso não quer dizer que ela não use a razão.
Só diz que o objeto dela é menos objetivo e delimitado como nas ciencias. Logo as discussões filosóficas nao sao facilmente testadas, medidas e evidenciadas.
Nem a Filosofia combate a Ciencia, nem a Ciencia combate a Filosofia.
Ambas sabem como funcionam e daí uma usa a outra como melhor achar.
Só disse isso pq os incautos facilmente desqualificam a filosofia como masturbacao intelectual esteril (que nao muda o mundo) e nem avança como nas Ciencias.
Ela realmente pode nao mudar o mundo de forma objetiva, mas ela é a area que melhor interroga as grandes questoes da humanidade.
A gente pode e DEVE criar instuiticoes como a Justiça, por exemplo.
A criacao dessas instituicoes nao sao fruto do acaso.
Voce está pensando a realidade de forma estritamente racional, segundo uma concepcao de razao universal.
Vou tentar simplificar.
Uma instituicao X pode definir que 2+2 é diferente de 4 e nós nao precisamos nos espantar ou indignar.
A gente só precisa entender o sentido e a necessidade dessa proposicao dessa instituicao X.
Repito: se a gente for querer deslegitimar tudo que nao tiver fundamento estritamente racional, nenhuma lei será possivel, pois o fundamento da maioria das coisas que existem nao sao definivos e ultimos como a gente é levado a pensar.
Tanto a Ciencia quanto a Filosofia nos mostra isso.
Desapega dessa razao UNIVERSAL que existe fora de nós e rege o mundo eternamente de forma imutavel e necessaria.
Quando eu disse que temos momentos de liberdade, eu quis dizer que é quando temos CONSCIENCIA da NECESSIDADE das coisas que existem em nós e no mundo como oportunidade de efetivacao.
Ser livre é ser ativo atraves da consciencia que rege a gente e as coisas do mundo.
Na maioria das vezes somos reativos, e nao ativos mesmos.
A gente se move como se estivesse tentando se rearrumar na escuridao.
O mundo nos afeta. A gente sente algo. Daí a gente sente a necessidade de fazer algo se o afeto é ruim.
O afeto ruim nos desconstitui até a morte completa.
O afeto ruim é uma morte parcial.
A gente se apavora e se mexe pra mudar esse estado rumo a uma conformacao mais potente do nosso ser.
Mas como a gente age geralmente atraves das paixoes (uma vez que até a razao que a gente acha mais limpida em nós pode ser na verdade uma paixao) a nossa reatividade nos coloca fora da liberdade.
Nao conhecemos nada e só esbarramos nas coisas do mundo.
Com sorte superamos isso.
Se tivermos liberdade (e podemos ter esses momentos) a gente percebe as relacoes causais mesmas das nossa realidade (nós e o mundo) e encontra o caminho da potencia maior atraves da NECESSIDADE (e nao da CONTIGENCIA) dos encontros com o mundo.
opa, agora eu entendi seu pensamento. Eu discordo de algumas coisinhas mas nem vou elaborar. Meu pensamento não está claro nem na minha cabeça, colocar no papel é mais confuso ainda. Além disso já saímos totalmente do assunto do tópico.
A parte da instituição que pode definir o 2+2 diferente de 4 parece com o duplipensar do 1984. O cabeça lá do partido do governo no livro poderia dizer isso tranquilamente.
Guerra é paz.
Só pra eu saber, isso que vc disse da instituição da nova matemática a sua defesa e aceitação OBVIAMENTE depende do digamos viés da instituição, né?
A parte da instituição que pode definir o 2+2 diferente de 4 parece com o duplipensar do 1984. O cabeça lá do partido do governo no livro poderia dizer isso tranquilamente.
Guerra é paz.
Só pra eu saber, isso que vc disse da instituição da nova matemática a sua defesa e aceitação OBVIAMENTE depende do digamos viés da instituição, né?
Ficou ambíguo o que eu disse.
Quando eu me referi a aceitar 2+2 diferente de 4 eu estava falando do que caracterizaria a culpa de quem age contra uma lei se não podemos deliberar entre o Bem e o Mal, ou o Certo e o Errado.
A Justiça no mundo inteiro parte da premissa que qualquer ação nossa pode ser refletida e corrigida pelo uso da razao apenas.
A culpa seria pura mé fé do agente que poderia ter agido de outra forma.
Eu penso que a culpa enquanto resultado de uma deliberação plena e soberana de alguem nao pode ser verificada tal qual 2+2=4.
Mesma que a pessoa não tenha nenhuma doença mental e tenha consciencia dos efeitos da sua acao, isso nao garante que ela poderia ter agido diferentemente.
Como é impossivel, e pouco produtivo, tentar analisar o carater de culpa e responsabilidade do agente, nós assumimos que é sim possivel deliberar soberanamente antes de qualquer acao, mesmo isso sendo falso tal qual 2+2 é diferente de 4.
A culpa não é do Tche e nunca foi. O Major posta a merdas dele aqui, postava bem mais antigamente, deve ter entrado na IL de geral e posta cada vez menos. Uma semaninha ou outra que faz um flood maiorzinho, mas sem muitas consequencias, pq ninguem liga. Virou tipo aquele mendigo meio maluco que passa fedendo e vai embora rápido e quase não incomoda ninguém.
Mas o @DiegoSestito e o @Alvinho parecem que possuem um ego gigante demais e veem no Tche - e em alguns outros - a possibilidade de mostrarem como são superiores, como manjam bem do assunto. Não pender UMA oportunidade de quotarem o Tche e dizerem "Nossa cara, como vc fala merda, isso aí não funciona assim, isso aí funciona de forma x, y, z..."
O Tche tá na rua segurando o panfleto dele e abordando todos que passam. Se vc aprende a ignorar, a sua vida fica sussa. Mas se vc para toda vez pra falar com o cara, não venha reclamar depois que ele é chato.
Sestito e Alvinho, eu imploro que vcs parem de dar action pra ele e outros que como ele aparecem aqui e falam merda. Vcs são posters bons demais, mas odeio vcs demais por darem action pra esses caras.
A culpa não é do Tche e nunca foi. O Major posta a merdas dele aqui, postava bem mais antigamente, deve ter entrado na IL de geral e posta cada vez menos. Uma semaninha ou outra que faz um flood maiorzinho, mas sem muitas consequencias, pq ninguem liga. Virou tipo aquele mendigo meio maluco que passa fedendo e vai embora rápido e quase não incomoda ninguém.
Mas o @DiegoSestito e o @Alvinho parecem que possuem um ego gigante demais e veem no Tche - e em alguns outros - a possibilidade de mostrarem como são superiores, como manjam bem do assunto. Não pender UMA oportunidade de quotarem o Tche e dizerem "Nossa cara, como vc fala merda, isso aí não funciona assim, isso aí funciona de forma x, y, z..."
O Tche tá na rua segurando o panfleto dele e abordando todos que passam. Se vc aprende a ignorar, a sua vida fica sussa. Mas se vc para toda vez pra falar com o cara, não venha reclamar depois que ele é chato.
Sestito e Alvinho, eu imploro que vcs parem de dar action pra ele e outros que como ele aparecem aqui e falam merda. Vcs são posters bons demais, mas odeio vcs demais por darem action pra esses caras.
Olha como um esquerdista trata os desprovidos na prática. No discurso é tudo bonitinho, são caridosos e tal.
Não seja egoísta cara. Sacrifique um pouco de conhecimento que vc teria com um debate mais produtivo e ajude os desprovidos intelectualmente.