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Ace One
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aerolitos
Vamos lá tupac, algumas questões.
Primeiro, os sistemas previdenciários alegam ser esquemas de poupança de dinheiro, mas a realidade é que eles desestimulam a poupança. Além de as "contribuições compulsórias" incidirem justamente sobre o que seria a poupança dos indivíduos, a previdência leva as pessoas a crerem que elas não precisam ser precavidas quanto ao futuro, pois o estado cuidará delas. Consequentemente, as pessoas passam a crer que é desnecessário poupar. É empiricamente comprovável que a expansão da seguridade social coincidiu com um enorme declínio na poupança das pessoas. Claro. Poupança é sacrifício. Por que poupar se meu futuro "está garantido pelo estado"?
Segundo, não importa o que a lei diz sobre como empregados e empregadores compartilham o fardo da contribuição previdenciária. Do ponto de vista econômico, o trabalhador paga todo o imposto.
Terceiro, o sistema não pode funcionar como seguro e assistencialismo ao mesmo tempo, porque ambos os conceitos são incompatíveis. Um seguro é baseado no princípio de que os benefícios se dão de acordo com as contribuições. Já o assistencialismo é baseado na necessidade. Se os retornos passam a ser declinantes, que é o que ocorrerá, o elemento "seguridade" do sistema passa a abortar o elemento "assistencialista". E vice-versa.
E sobre acabar com a previdência, o segredo para qualquer reforma previdenciária é que cada indivíduo deve ser o responsável por sua poupança. O indivíduo não pode ser forçado a participar de um programa compulsório. Aqueles que querem sair do sistema previdenciário devem ter a liberdade para fazê-lo. Não pagarão contribuições e também não ganharão nenhum benefício estatal.
Concordo com tudo, menos o último parágrafo. Não funciona pra peão. O cara vende o almoço pra pagar a janta, como que vai pensar na aposentadoria se tem que comer naquele dia? O que vai acontecer é que não contribuirão e o estado vai ter que sustentá-los na velhice através de alguma bolsa ajuda, e os que contribuíram, nesse caso, pagarão dobrado.