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Picinin
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Cezar Teixeira
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Picinin
Eu ouvi a entrevista da Dilma depois dos comentários aqui e achei que ele foi longe de ir mal. Ela não tem o dom da oratória, até porque não é política "de carreira", então não fala bem e é prolixa demais. Mas em conteúdo achei que ela foi até bem. No overall, deu pra passar de ano.
O Willian Bonner é que continua patético. Fica querendo apertar os candidatos e acaba não deixando ninguém falar e mostrando seu despreparo.
Até acho que da pra questionar a linha que ele escolheu pra seguir nas entrevistas (em todas elas), mas as interrupções aconteceram em sua maioria no momento em que estava claro que a Dilma não estava respondendo a pergunta ou estava apenas enrolando em um programa de entrevistas de apenas 15 minutos.
Quanto a Dilma, mesmo ignorando a falta de habilidade em oratória, foi pessima. Ela não respondia as questões, tentava enrolar a todo custo. Esse tipo de resposta não faz o menor sentido:
“Agora, na segunda, respondendo a segunda pergunta, por exemplo, recentemente eu fui muito criticada por ter substituído o César Borges pelo Paulo Sérgio. Ora, o Paulo Sérgio foi meu ministro e foi ministro do presidente Lula. Quando saiu do governo, ele ficou dentro do governo no cargo importante, que é da Empresa de Planejamento Logístico. O Cesar Borges o substituiu. Posteriormente, eu troquei o César Borges novamente aí pelo Paulo Sérgio. Fiz a troca ao contrário. O César Borges também ficou dentro do governo, na Secretaria de Portos. Os dois são pessoas que eu escolhi, nas quais eu confio, acho que são pessoas bastante”
Eu nem entendi o que ela quis dizer com isso e com a maioria das respostas.
Discordo completamente de que ele interrompia quando os candidatos estavam enrolando. Nessa primeira pergunta, o Bonner perguntou se "não há uma sensação, não pode haver uma sensação no ar de que o PT descuida da questão ética ou da questão da corrupção?".
A Dilma negou e começou a citar as medidas anticorrupção tomadas pelo PT (autonomia da PF e MPF, CGU e Lei de Acesso à Informação) em uma resposta direta à pergunta. Aí o Bonner tentou interromper e mudar o rumo da pergunta p-ra troca de ministro e a Dilma começou a falar empresunção de inocência quando o Bonner impediu ela de continuar e pontuou: "a senhora listou aqui uma série de medidas que foram providenciadas depois de ocorridos os escândalos".
Ou seja, ele interrompeu quando ela respondia objetivamente (e bem) à questão proposta, e ainda pra falar bobagem, já que 3 das 4 medidas citadas são anteriores ao escândalo do mensalão.
Nesse trecho que você cita, ela tava dizendo apenas que ela não aceita qualquer indicação de aliado, que tem que ser uma indicação em quem ela confia. Ficou confuso por dois motivos: o primeiro é que a oratória da Dilma é péssima, o segundo é que o Bonner interrompia toda hora e não deixava o entrevistado terminar de responder.
E só pra deixar claro, eu não achei que ela destruiu na entrevista, eu disse apenas que "ele foi longe de ir mal", que "deu pra passar de ano". Na discussão sobre corrupção eu achei que ela ownou o Bonner (o que não é tão difícil...), na sobre saúde foi razoavelmente bem, e na sobre economia foi mal.