Postado originalmente por
Dellbono
Postado originalmente por
Fonteles
Eu escrevi a introdução da monografia de um amigo meu. E isso é um crime.
Acontece que eu tenho motivos pessoais para ajudá-lo, e que não se resolvem por força de lei. Eu fiz um julgamento no meu íntimo e decidi ajudar conforme o que eu penso ser justo para esse caso. E, diante de tal escolha, responsabilizo-me por todos os meus atos praticados.
De qualquer forma, sinto-me bastante elogiado por aqueles que se surpreenderam com a minha postura.
[ exagero mode on]
O autor de crime passional também possui motivos pessoais pra assassinar.
O nepotista possui razões pessoais de sobra pra empregar o filho.
[exagero mode off]
Toda infração ou crime é praticado por alguém que possui motivação pessoal para cometê-lo.
O motivo está longe de ser um excludente da culpa.
Julgamentos a parte, segue o jogo.
Quem não tem pecados que atire a primeira pedra.
Eu não ia nem julgar, apenas postei porque achei torto o seu conceito de justo.
Numa democracia justo é o que determina a lei, as regras de convivência. Quando consideramos estas regras injustas devemos buscar os instrumentos adequados para modificá-las.
De forma exagerada, se todos transgredirem a lei apenas porque acham justo, teremos a barbárie instaurada.
Não dá pra considerar injusto um bandido que assaltasse o Itaú e doasse o dinheiro para famintos.
No entanto, penso não ser esta a melhor forma de fazer redistribuição de renda.
PS: Ressalto mais uma vez que não estou igualando as situações, que são bem distintas, mas apenas pontuando a falta de senso democrático da sua justificativa.
Não dá pra transgredir uma norma apenas porque a achamos injusta ou para fazer "justiça".
PS II: Continuo sendo fã da sua honestidade intelectual.