[Política] - O andamento e as decisões de nossos governantes

[PebaVermelho]

Mas você está mudando o foco, não são comportamentos específicos, é o comportamento geral. É óbvio que se a mulher cuidar mais da segurança ela corre menos riscos, mas não é essa a questão. Enfim, já deixei bem claro o meu ponto, as mulheres sabem se comportar, gg.

Eu entendi seu ponto, cara. Até admito que você possa estar certo na discussão, pois de fato a expressão "se as mulheres soubessem se comportar" tem imbutida a ideia de que eles não sabem, o que não é verdade (btw, nem se trata de saber ou não se comportar de forma geral, porque elas são livres, se trata de se precaver ou não quanto à segurança). Eu só queria que você aceitasse, e para mim isso é bem claro, que a pergunta foi mal elaborada, e que acaba induzindo mais gente do que deveria a responder afirmativamente à pergunta. Imho, até o próprio jornalista que fez a manchete não interpretou a pergunta da melhor forma.

[PebaVermelho]

Em relação a roupa:nem é o quanto de roupa que uma mulher usa que aumenta as chances mas sim o quanto de roupa a menos que ela usa em relação as outras mulheres

se um povo anda apenas com os olhos de fora,as mulheres que mostrarem a boca tem risco maior
se no geral mostram o rosto,quem mostra as canelas sofre mais assedio
se no geral mostram as canelas,quem mostra as coxas sofre mais
e assim por diante

No final das contas se está falando de pouca roupa mesmo. No Afeganistão se a mulher mostra o rosto e os cabelos em público se considera que ela está com pouca roupa.

[carlos79]

Em relação a roupa:nem é o quanto de roupa que uma mulher usa que aumenta as chances mas sim o quanto de roupa a menos que ela usa em relação as outras mulheres

se um povo anda apenas com os olhos de fora,as mulheres que mostrarem a boca tem risco maior
se no geral mostram o rosto,quem mostra as canelas sofre mais assedio
se no geral mostram as canelas,quem mostra as coxas sofre mais
e assim por diante

Sim, e nesse exemplo de só mostrar os olhos, numa população onde a maioria tem olhos castanhos, só o fato de uma ter olhos claros pode torná-la uma "presa" preferencial, na mente de um estuprador.

[carlos79]

A outra pesquisa que tá no site do IPEA (Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde) é muito mais assustadora.

[Caipira]

[Alvinho]

Mas você está mudando o foco, não são comportamentos específicos, é o comportamento geral. É óbvio que se a mulher cuidar mais da segurança ela corre menos riscos, mas não é essa a questão. Enfim, já deixei bem claro o meu ponto, as mulheres sabem se comportar, gg.

Eu entendi seu ponto, cara. Até admito que você possa estar certo na discussão, pois de fato a expressão "se as mulheres soubessem se comportar" tem imbutida a ideia de que eles não sabem, o que não é verdade (btw, nem se trata de saber ou não se comportar de forma geral, porque elas são livres, se trata de se precaver ou não quanto à segurança). Eu só queria que você aceitasse, e para mim isso é bem claro, que a pergunta foi mal elaborada, e que acaba induzindo mais gente do que deveria a responder afirmativamente à pergunta. Imho, até o próprio jornalista que fez a manchete não interpretou a pergunta da melhor forma.

A manchete que está mal elaborada ueh. Qual o problema da pergunta? Você está induzindo que o pesquisador queria saber uma coisa e perguntou outra, mas como você sabe que ele não queria saber exatamente o que perguntou?

[PebaVermelho]

Mas você está mudando o foco, não são comportamentos específicos, é o comportamento geral. É óbvio que se a mulher cuidar mais da segurança ela corre menos riscos, mas não é essa a questão. Enfim, já deixei bem claro o meu ponto, as mulheres sabem se comportar, gg.

Eu entendi seu ponto, cara. Até admito que você possa estar certo na discussão, pois de fato a expressão "se as mulheres soubessem se comportar" tem imbutida a ideia de que eles não sabem, o que não é verdade (btw, nem se trata de saber ou não se comportar de forma geral, porque elas são livres, se trata de se precaver ou não quanto à segurança). Eu só queria que você aceitasse, e para mim isso é bem claro, que a pergunta foi mal elaborada, e que acaba induzindo mais gente do que deveria a responder afirmativamente à pergunta. Imho, até o próprio jornalista que fez a manchete não interpretou a pergunta da melhor forma.

A manchete que está mal elaborada ueh. Qual o problema da pergunta? Você está induzindo que o pesquisador queria saber uma coisa e perguntou outra, mas como você sabe que ele não queria saber exatamente o que perguntou?

É que a pergunta causa confusão. Ela leva muita gente a interpretá-la como o cara que fez a manchete; ou seja, que está em questão se o comportamento da mulher pode influenciar estupros; e também leva muita gente a interpretar a questão partindo de uma premissa falsa e previamente ofertada.

Veja só, o entrevistador pergunta ao cidadão se ele concorda com a seguinte afirmação: "Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros".

Como é que a maior parte das pessoas vai raciocinar sobre essa questão? Eu te digo que quase todo mundo intuitivamente vai transformar a afirmação numa pergunta: "Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros?".

Existe um erro sério aí que reside no fato de o entrevistado ser induzido a aceitar a premissa de que as mulheres não sabem se comportar, restando-lhe apenas refletir sobre se diante dessa premissa haverão ou não menos estupros. A proposição é maliciosa porque não instiga o entrevistado a refletir criticamente sobre a sua primeira parte, mas apenas sobre a segunda.

Então o entrevistado se vê na obrigação de escolher entre dois cenários: 1) as mulheres não sabem se comportar, mas se elas soubessem haveria menos estupros e 2) as mulheres não sabem se comportar, mas se elas soubessem não faria nenhuma diferença no número de estupros.

Haverá ainda os que vão interpretar a afirmação como: "se as mulheres se comportassem melhor, haveria menos estupros".

Perceba que todas essas formulações tem mudanças sutis, mas que fazem toda a diferença e podem conduzir a respostas contrárias.

O pior é que eu suspeito fortemente que essa pergunta tenha sido feita antes daquela mais polêmica, que indaga se a mulher com poucas roupas merece ser atacada. Se isso tiver ocorrido então a resposta do entrevistado para aquela proposição (conforme a sua interpretação distorcida) acaba deixando ele commited para a resposta dessa segunda.

Esse é um artifício bastante usado para manipular pesquisas com múltiplas perguntas em que a resposta de uma vai induzindo a resposta da seguinte.

Eu até me sinto desconfortável de levantar essa hipótese, porque sei o quanto é violenta a nossa sociedade em prejuízo da mulher, mas por honestidade intelectual eu me sinto obrigado a afirmar que a formulação daquela proposição me parece uma armadilha bem clara.

[Alvinho]

Então você está dizendo que o IPEA escolheu perguntas ambíguas para manipular o resultado da pesquisa? Beleza, só lembra disso depois.

[PebaVermelho]

Então você está dizendo que o IPEA escolheu perguntas ambíguas para manipular o resultado da pesquisa? Beleza, só lembra disso depois.

lol que belo sofisma. Você vai pegar essa minha afirmação e me obrigar a aceitar que todas as pesquisas do IPEA são manipuladas pelo fato de eu ter enxergado um viés nessa?

Eu não sou ingênuo a ponto de achar que todas as pesquisas são isentas. É bem provável que o IPEA tenha trazido grupos que lidam com questões atinentes a violência contra a mulher para formular as perguntas.

[Alvinho]

Não ueh, não falei que todas são manipuladas, mas você fez uma acusação bem séria, que bota em dúvida pesquisas passadas e futuras.

Não vou procurar, mas tenho quase certeza que já te vi usando argumento de autoridade sobre o IPEA.