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PebaVermelho
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ekalil
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PebaVermelho
ekalil, na boa, eu não quero rediscutir isso mas insistir nessa ideia de que os médicos são suficientes é bizonho. Se não sobram médicos nos grandes centros — pelo contrário, as queixas são de falta — como é que poderiam ser suficientes pra atender o interior onde tem gente que não vê um médico há 8 anos? Onde estão os médicos desempregados? Se eles estão sobrando nas capitais muitos deles deveriam estar desempregados, não?
Porra, nego só não aceita isso se não quiser mesmo, é ridículo permanecer defendendo uma ideia dessas. pqp
Eu mesmo comentei no meu post que isso eh controverso. Eu vi alguns dados mostrando que a relacao medico/populacao estava em numeros aceitaveis. Nao era otimo, mas tb nao era abaixo do recomendado.
E os medicos nao estavam desempregados, estavam trabalhando em outras coisas.
Fora isso, esses novos medicos que estao chegando, salvo engano, nao mudam mto esses numeros de forma global. Vc tem algum dado que mostre a relacao medicos/populacao antes e depois dos cubanos?
Eu não conheço os números, mas acredito que não mude tanto a relação. A questão é que com a atual quantidade de médicos eles ainda podem escolher não ir pro interior, então isso é que fode. A profissão de médico no Brasil é muito elitizada (em países como a Argentina, por exemplo, essa realidade é bem diferente), então nego simplesmente não quer (e nem precisa) sair da zona de conforto dele. Não dá pra negar que a questão da estrutura exerce uma influência, mas já se conhece muitos exemplos de cidades que investiram bastante em estrutura e não conseguiram atrair médicos, mesmo oferecendo altos salários. Por isso é que eu acho que essa comparação da relação médicos/habitantes com outros países, apesar de servir como um parâmetro de análise, não pode ser levada a ferro e fogo. Cada país tem suas peculiaridades.
A gente tem que entender que o Brasil é um país subdesenvolvido e que não dá pra resolver tudo de uma vez só. A situação da infraestrutura da saúde é uma merda sim, mas a infraestrutura do ensino superior que tava sucateada melhorou absurdamente nos últimos 10 anos. Ou seja, umas coisas vão sendo resolvidas e outras nem tanto assim. É igual a casa de pobre, o orçamento é apertado e tem que ir resolvendo as coisas aos poucos.
O outro problema é que o nosso sistema de saúde é descentralizado, então depende bastante de investimentos dos estados e municípios, só que parte desse dinheiro se perdendo nos dutos da corrupção. Tem tudo isso aí.