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É claro que o Serra fudeu tudo em 2010, quem toca fogo em tudo acaba se queimando. Meu ponto é que naquele cenário não dava pra fazer muita coisa. Não era possível pra bater no governo em 2010, era uma estratégia suicida, por isso que o Serra partiu pra campanha de baixaria/difamação. Não tinha outro quadro do PSDB pra fazer esse tipo de campanha suja. O Aécio não faria, porque não me parece o estilo dele, o Alckmin muito menos. Uma campanha propositiva não adiantaria, porque o povo tava mais preocupado em saber como alguém poderia fazer um Governo Lula 3.
E acho uma puta injustiça com o Alckmin dizer que o Aécio é o melhor quadro do partido. WTF
Até outro dia ninguém sabia bem o que o Aécio pensava sobre o país, começou a formular alguma coisa agora. O FHC fala mais pro país do que o Aécio. Ele sempre me pareceu meio que um político de laboratório forjado pelo laço familiar com o Tancredo.
Sobre a experiência dele no executivo eu não sei muito além de ter sido um governador bem avaliado, mas no Senado ele vem cumprindo um mandato medíocre na oposição ao governo. Só começou a fazer alguma oposição mais recentemente porque afinal é ele que vai ser o candidato do partido.
Última edição por PebaVermelho; 31-10-2013 às 12:03.
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Não acho que a qualidade de "conciliador" do Aécio seja a melhor característica para o atual estágio da política nacional.
Um país que tem no fisiologismo partidário um dos maiores obstáculos para modernizar sua gestão precisa de um pouco de ruptura.
Esta inclusive é a maior crítica que faço ao PT. O partido conciliou tanto que acabou ficando igual a todos os outros que antes criticava.
O Lula tinha popularidade e força pra inovar neste processo mas preferiu a acomodação e hoje é só elogios para os parceiros Renan, Sarney, Jader Barbalho e Collor.
Se for pra manter a harmonia, e conciliação, deixa a Dilma mesmo. Ao menos assim o PT terá a chance de ser confrontado com os resultados da sua grande obra.
Até porque, ao final de 16 anos de governo (caso Dilma se reeleja) não poderão mais falar de herança maldita ou acusar antecessores.
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Última edição por Dellbono; 31-10-2013 às 12:09.
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Não entendi seu raciocínio. Se não dava pro PSDB bater no governo, porque eles escolheram o cara truculento, ao invés do que tinha bom relacionamento com o governo? Eu acho que o Aécio poderia ter feito muito bem em 2010 o que o Eduardo Campos tá tentando fazer hoje. Aquele discurso do "somos oposição, mas nem tanto".
E quando eu falei em melhor quadro, eu quis dizer em termos eleitorais. Apesar de eu vestar longe de achar o Alckmin essa maravilha que você acha.
E o Aécio foi líder do PSDB na Câmara e depois Presidente da Câmara no segundo mandato do FHC. E, pelo que eu lembro, com um bom destaque. Como senador ele tá bem apagado mesmo,mas ele não queria se candidatar ao Senado, só o fez por imposição do partido.
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Eu não estou falando em termos do que me agrada ou do que eu acho correto, @Dellbono. Eu tô falando em termos do que ganha eleição. Em 2010, o PSDB perdeu a grande oportunidade de explorar isso colocando um candidato carismático e conciliador pra brigar com a Dilma, que sempre foi vista como durona, tecnocrata e sem carisma. Preferiu colocar um candidato com um perfil semelhante ao do adversário e perdeu feio. E continua pagando o preço.
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O Serra não bateu no governo, pelo contrário tudo o que o governo fazia ele prometia fazer 10x. Prometia ampliar o bolsa família a níveis absurdos, aumentar o salário-mínimo a níveis absurdos, gerar uma quantidade infinita de empregos e por aí vai. Foi uma das campanhas presidenciais mais demagógicas da história.
A truculência ele usou na campanha de baixaria e difamação. Colocou a questão moral no centro do debate e partiu pra desqualificação da adversária. Passou metade da campanha discutindo questões morais irrelevantes pra colar na Dilma a imagem de abortista, gayzista, terrorista etc. Teve também uma jogada meio "a la Regina Duarte" pra tentar convencer o povo de que a Dilma era uma pessoa com passado obscuro e em quem não se podia confiar, então também era uma campanha de medo. Pra coroar, no momento mais épico fingiu ser agredido por uma bolinha de papel e fez uma tomografia ou algo assim. LOL
Enfim, uma das campanhas mais baixas da história. Como o debate foi desviado ele não precisava bater no governo e quando era chamado a dizer o que faria pelo país oferecia dose tripla da fórmula petista.
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Eu não acho o Alckmin nenhuma maravilha, tenho divergências inconciliáveis que imagino não precisar expor aqui, mas o considero um homem sério e decente que se esforça pra fazer coisas boas dentro da sua ótica de enxergar a administração. Não é um oportunista como o Serra. O Serra só vê trampolim em qualquer cargo que ocupe. Foi assim no ministério da saúde, na Prefeitura e no Governo de São Paulo. O único compromisso do Serra é com o objetivo da vida dele.
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Entendi.
Apenas acho que o Aécio não carrega e disposição necessária pra romper, ao menos em parte, com o fisiologismo, justamente porque é conciliador demais.
Falta a oposição também uma agenda clara, com propostas factíveis. A sensação que tenho é que todos os candidatos representam mais do mesmo.
Infelizmente não vejo no Brasil nenhum candidato com popularidade e força para uma ruptura, ainda que pequena, do modus operandi na gestão pública , nas relações com os partidos e com o Congresso Nacional.
A última grande força, com respaldo popular, que ocupou o poder com esta possibilidade foi o Lula e , infelizmente, só fez reforçar as práticas tradicionais da velha política, incensando e reforçando ainda mais os poderes dos grandes caciques.
Diante deste quadro, e da falta de opções, eu considero o Alckimin um quadro muito mais viável e melhor, eleitoral e administrativamente, que o Aécio Neves.
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Agora eu entendi, mas eu acho que o PSDB tinha outra linha bem mais viável, que era tentar quebrar a polaridade PT x PSDB mostrando que o Aécio como o governador que se dava bem com o Lula e foi bem sucedido, e que o PT herdou um legado que era, na verdade, do PSDB (não que eu concorde com os argumentos, mas era uma linha bem razoável, IMO). E ainda tinha o plus de confrontar o Aécio, que era neto do Tancredo, boa-praça, conciliador, político há décadas, com a Dilma que era antipática e o "poste" do Lula.
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