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PebaVermelho
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ekalil
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PebaVermelho
Se há alguma diferença entre ambas talvez seja porque a Veja é mais desavergonhada, meu novo avatar comprova isso.
E qdo a capa eh similar, mas tem o Lula no lugar do Aecio, como postaram alguns posts acima, como fica sua "prova"?
Vamos então responder a sua pergunta. Bem, acho que as capas a que você fez referência são essas duas. Vou analisar ambas:
CAPA 1
Bizarro você dizer que essa capa é elogiosa. Eu só não me dei ao trabalho de responder na hora que vi porque era o Dellbono. Essa capa tem em destaque os dizeres "o candidato operário" e contém o Lula com expressão facial grave, o punho cerrado e erguido com um fundo em vermelho contendo uma estrela. Aí é como se estivesse escrito em linguagem gráfica: o candidato comunista. Considerando o público leitor da Revista Veja e a época histórica da edição (pouco tempo depois da dissolução da URSS), é óbvio que a capa assusta o eleitor brasileiro.
CAPA 2
Essa capa sim é positiva, é inegável. Nela se vê o Lula sorrindo segurando a bandeira brasileira em um fundo azul. É uma imagem suave que transmite a ideia de unidade nacional, e não de um partido ou uma ideologia.
Em destaque está escrito "triunfo histórico" e mais acima "o primeiro presidente de origem popular". Como eu disse, é uma capa favorável. Eu só não sei se você atentou pra um detalhe: esta é uma edição especial, que vai as bancas logo depois que o presidente é eleito. É óbvio que ela vai ser elogiosa, sempre será. Aqui existe uma estratégia comercial da editora. Sempre que um novo presidente é eleito as revistas mandam às bancas uma edição especial contendo seu perfil. O clima é sempre de otimismo na população e essas edições costumam vender MUITO mais do que as outras. Se a Veja logo depois da eleição mete uma capa std dela esculhambando o presidente eleito e com aquelas fotos que só ela tem onde o Lula aparece com os olhos vermelhos e semblante demoníaco ninguém vai comprar, porque quem vai pras bancas depois da eleições pra comprar a revista quer ver um perfil positivo do presidente, porque em geral são pessoas que estão tomadas por esse clima de otimismo. A própria expressão "o primeiro presidente de origem popular", ainda que real, tem um claro apelo comercial. A estratégia aqui é vender exemplares a qualquer custo, nada mais do que isso. Pode ter certeza que nas edições seguintes a revista foi retomando seu tom de sempre.