Eu vou responder a esta aqui apenas por finalidades pedagógicas, para que outros usuários registrem o método do mestre @Alvinho, Deus dos neurônios excessivos.
- A tentativa é de usar a falácia, que neste caso tem nome pomposo, inclusive citado aqui, de
"Argumentum ad hominem".
E que bicho seria esse, ou essa falácia?
Simples, cria-se diante de um contexto um panorama quase de incontestabilidade, como foi o caso da afirmação:
a sua opinião é que a partir do momento que uma mulher encosta a língua na buceta de outra mulher ela perde a capacidade de "traçar políticas de mulheres quando adentrar em assuntos eminentemente femininos."
Ou seja, a tentativa é a de desmoralizar a argumentação do oponente quando se "conclui sobre o valor da proposição sem examinar seu conteúdo" conforme já citei aqui.
É só verificar minhas afirmações, frutos de minha opinião, que se verá que eu quis dizer uma coisa, uma proposição, e ele, o mestre, vai lá, extraí aquilo que lhe parece que soará bombástico, ou caso fora do contexto contraditório, e arma a arapuca dele hehe. O nome desse comportamento inclusive é catalogado: chama-se pirronismo.
O método é:
- O autor X afirma a proposição P;
- Há alguma característica negativa em X;
- Logo, a proposição P é falsa.
Desconstruindo, já que estou com tempo:
- Fion afirmou que lésbica não serve para a secretaria;
- Segundo fion, se uma mulher encostar a língua na buceta de outra, trata-se de uma lésbica (generaliza-se/falseia-se/descontextualiza-se para dar tons dramáticos ao argumento),
- Portanto, Fion é um burro que não sabe o que diz e a opinião de Fion não é válida.
As citações em terceira pessoa ocorreram para fins explicativos.
Voltando ao método, é mais ou menos assim:
Imagine que sócrates tivesse emitido uma opinião forte sobre um determinado assunto, e tal atitude tivesse gerado um post meu com o seguinte texto:
- Sócrates tem toda a integridade física e emocional para emitir tal opinião.
Isso aí e também uma mera opinião. Entende-se que eu concordo que sócrates possa opinar. Entende-se que eu considero a integridade emocional de sócrates. E entende-se que, daí que a porca torce o rabo, entende-se que a integridade física de sócrates, afirmada em minha opinião, são as compleições físicas do mesmo que importam no ato de emitir uma opinião. Se ele tivesse o cérebro lesado por drogas, por exemplo, ele não teria integridade física para emitir opinião nenhuma.
Então dentro da frase existe este pequeno universo de pré-entendimentos.
Entretanto, o que faria nosso herói? simples, descobriria no google algum defeito físico em sócrates, a falta de um dedo mindinho do pé esquerdo, por exemplo, e postaria algo como:
- Você fala tanta besteira que afirmou que sócrates tem integridade física e no entanto ele não tem PARTE DO PÉ!
e em cima disto ele iria morrer argumentando. E é por isso que não entro nas tentativas de polemizar dele. Não é que ele seja ruim, ou má pessoa, longe disso. Ele só é pirrônico.
Em tempo: anos atrás FHC chegava do exílio e foi logo entrevistado pela playboy. Na entrevista afirmou que era a favor de descriminalizar as drogas. Após algum tempo ele concorreu à prefeitura de São Paulo contra Jânio Quadros, que não se furtava de chorar lágrimas de esguicho nos comícios afirmando "se eleito for, meu oponente irá colocar maconha no pastel da merenda das criancinhas".
É por aí, lol.