""Citação:
Pô, Fonteles, foi mal, mas o ponto do texto não é esse, e nem foi esse o ponto que o texto atribuiu à Marilena Chauí. A tese que o texto atribui à Chauí é que a esses comportamentos citados no início são sintomas da "ascensão conservadora em SP" e que têm "base numa violência historicamente cristalizada que opera com base na discriminação e preconceito de classe, sexo, religião, profissão e raça. Que naturaliza as diferenças. Que não reconhece a humanidade do outro. Que confunde o exercício da consciência, da liberdade e da responsabilidade com um conjunto de regulamento típico das empresas e suas horas marcadas e regras de comportamento. E se assenta sobre as “características mais alarmantes” do neoliberalismo".Citação:
Essa passagem é apenas a introdução ao ponto. O ponto não é esse.Citação:
"A fiilósofa Marilena Chauí provocou risos na plateia ao contar o estranhamento de uma amiga sobre o comportamento de parte dos habitantes da maior cidade do País. A amiga dizia custar a entender como pessoas tão hospitaleiras e civilizadas na vida doméstica se transformavam em “feras indomáveis” quando entravam em espaços compartilhados, como o trânsito ou as filas do banco.Citação:
Não tem NADA a ver com questões de discussões. Da onde vc tirou isso? Esse não é o ponto do texto. Até pq a discussão é algo muito democrático.Citação:
Primeiro porque discussão não é antidemocrática ou violenta (vá lá, tem nego fresco que acha que discussão é violência verbal, o que, IMO, é uma bobagem sem tamanho). Pelo contrário, discussão é altamente democrática. E muitas vezes é importantíssima para reprimir comportamentos antissociais. O brasileiro, na verdade, é muito manso. Se não tivesse vergonha de apontar o dedo pra quem faz merda, muitos desse comportamentos antissociais cotidianos acabariam rapidamente. Um exemplo: em São Paulo, se nego fecha um cruzamento, ele vai tomar esporro de tudo quanto é lado. Resultado: ninguém fecha cruzamento mais. Aqui em BH, quase ninguém xinga, e muitas vezes o cara que fecha o cruzamento ainda reclama que quem levantou a voz contra ele é mal educado. Resultado: todo mundo fecha cruzamento.Citação:
Segundo porque asa discussões são originadas da falta de educação, ética e civilidade. Nessa parte, eu até concordo parcialmente com você, porque a falta de ética tem alguma relação com "a confusão do espaço público e privado". Mas isso não tem absolutamente nada a ver com conservadorismo e nem "tem base numa violência historicamente cristalizada que opera com base na discriminação e preconceito de classe, sexo, religião, profissão e raça". Essa conclusões são a epítome do antolho ideológico. É igual marxista antolhado que quer explicar porque o ovo endurece quando cozinha por meio da luta de classes.
A violência está em não saber distinguir o espaço público do espaço privado. E isso quem faz são os reacionários. E isso é antidemocrático, e etc.
É fato. Quem já acompanhou os bate-bocas diários protagonizados em disputas fratricidas pelas faixas preferenciais, barbeiragens no trânsito ou um simples carrinho de supermercado sabe do que a filósofa está falando."
Você tem certeza que VOCÊ leu o texto, Fonteles?
E foi mal, mas os comportamentos que o texto cita são praticados por nego de esquerda, de direita, velho, novo, preto, amarelo, gordo, magro, gay, hétero, e não têm NADA a ver com ideologia.
Sim, os comportamentos antidemocráticos são realizados por todos. Eu concordo contigo.
O ponto é que todos estão sendo reacionários à ideia democrática de preenchimento do espaço público. E agora eu entendi o que o Nacth escreveu. E ele está certo. Estamos preferindo correr para o espaço privado, o que é algo bastante complicado para uma democracia, o sistema de governo que justamente cria condições para uma vida pública bastante rica entre os cidadãos.
O que é bullshit. Essa cultura da malandragem, do jeitinho, do "farinha pouca meu pirão primeiro" existe desde que o Brasil é Brasil.
Vou pegar a conversa no meio, então desculpa se eu viajar aqui.
Mas em se tratando da cidade de são paulo, essa descrição se encaixa bem, principalmente na gestão do kassab que tirou a população de espaço público.
Ela é racista, classista e até eventualmente sexista, na medida que vc percebe que os espaços públicos são completamente diferente dos espaços privados. Vc vai pra um lugar publico e ve todo tipo de gente, vai pra um lugar privado e percebe claramente que é um grupo bem específico que frequenta.
Alias se vc comparar a mentalidade de quem frequenta espaço público, com quem frequenta espaço privado vc vai ver que "farinha pouca meu pirão primeiro" não é uma filosofia de quem frequenta espaço público.