O Conselho administrativo obviamente não cuida de coisas operacionais e nem do dia a dia da empresa, mas são eles que determinam pra lado a empresa vai estrategicamente. Dessa forma, em uma decisão tão importante como a compra de uma empresa, a palavra final é deles.
É claro que, na prática, a gente tem conselhos mais e menos atuantes.
Em alguns casos, como parece ser o da Dilma, o presidente do conselho é tipo uma rainha da Inglaterra que não apita nada. Só tá lá por formalidades.
De qualquer maneira, isso não tira a responsabilidade do cargo, ainda mais quando essa pessoa acumula o cargo de. Ministro.
Tinha lido do celular, mas como não teve quote acabei esquecendo de responder.
Eu não tô falando que tira a reponsa do cargo. É claro que o conselho e o governo também têm culpa, até porque são eles quem loteiam essas diretorias entre a base aliada.
O que eu disse é que o discurso da Dilma tinha fundamento sim. É óbvio que se o cara apresenta o resumo executivo omitiu informações importantes, que poderiam alterar a decisão do conselho, esse cara falou e interferiu na decisão tomada. E o fato de o processo inteiro estar disponível não interfere nesse fato, porque não é praxe (e nem me parece viável) que os conselheiros estudem todos esses processos detalhadamente. Pra isso servem os diretores executivos.
"
Postado originalmente por Picinin
E também não acho que a participação do conselho nesse caso seja prova de incompetência dos conselheiros. Aceitar esse raciocínio seria admitir que não só a Dilma, mas também o Jorge Gerdau e o Fábio Barbosa (executivos muito bem conceituados no mercado) também são incompetentes.
Concordo.
A incompetência da Dilma se mostrou ao não demitir todos que fizeram a lambança, a presidir a sessão do conselho que elogiou oficialmente o diretor que teria omitido fatos importantes no memorial do negócio, e em só demitir este diretor 06 anos depois em que estava claríssimo, inclusive pra ela, o tamanho da lambança.
Pense no seu escritório de advocacia e imagine:
Um processo importante , sob os seus cuidados:
A- Seu estagiário não protocola um recurso e você perde o prazo e esconde de você este fato.
Não dá pra dizer que você é diretamente culpado. Correto?
B- Você descobre o tamanho da lambança e tenta consertar, mas não demite o estagiário.
C- Infelizmente não consegue consertar e seu escritório toma um mega prejuízo.
Ainda assim mantém o estagiário.
D- Revoltado o cliente entra com uma representação contra você na OAB.
Você se defende dizendo que não teve culpa.
O cliente o acusa de omissão e diz que você sequer demitiu o estagiário, que continua firme e forte ao seu lado no escritório. Apenas mudou de setor.
E- A OAB pede explicações a você.
Desesperado, você culpa o estagiário e o demite "sumariamente" 06 anos após o ocorrido.
Você é um cara inteligente e tenho certeza que não agiria assim na gestão do seu escritório.
Uma presidente da república que conduz desta forma a gestão da maior empresa do país foi, no mínimo, incompetente e omissa.
Mesmo sem dolo, vale lembrar que a lei de improbidade administrativa prevê a modalidade culposa.
Nessa discussão aí eu acho que o Irineu tá errado. Não existe um movimento conservador no Brasil, nem mesmo dentro do segmento evangélico. Para constatar isso basta verificar que o Silas Malafaia não tem o controle político nem da própria Assembleia de Deus.
O conservadorismo/reacionarismo no Brasil não é organizado e o que aparece dele pro público é um caldo que envolve lunáticos como Jair Bolsonaro e Olavo de Carvalho; histéricos da mídia que buscam audiência como Rachel Sheherazade e Luiz Carlos Prates; artistas e pseudo-artistas como Lobão e Roger Inútil; pseudo-humoristas como Danilo Gentili; pseudo-intelectuais como Rodrigo Constantino; lideranças evangélicas com mais mídia do que influência política em suas denominações, como Malafaia e Feliciano e algumas subcelebridades do facebook.
A coesão dessa turma é tão precária que o ponto de encontro deles é o YouTube e grande parte da audiência é de gente da esquerda que assiste com fins humorísticos.
Acho que o seu raciocínio está deslocado. Ainda que o conservadorismo reacionário seja bem desorganizado, como vc corretamente expôs, não acho que seja correto afirmar que inexiste um movimento conservador. Existe, ao contrário do que vc colocou, uma ascensão conservadora no Brasil que vem se consolidando como uma reação aos programas sociais do PT. Inclusive, a Marilena Chauí, juntamente com o Singer e Safatle, explicam como aquela se dá.
O que acontece é que o conservadorismo no Brasil é muito reacionário, e se eles querem ter alguma credibilidade eles deveriam pensar mais no que é democracia (para não vir com aberrações do tipo "democracia é o governo da maioria", como o Bolsonaro adora falar).
Se essa análise da Marilena Chauí citada no texto realmente existe, nessa ela se superou... Uma das teses mais idiotas que eu li nos últimos anos.
O Conselho administrativo obviamente não cuida de coisas operacionais e nem do dia a dia da empresa, mas são eles que determinam pra lado a empresa vai estrategicamente. Dessa forma, em uma decisão tão importante como a compra de uma empresa, a palavra final é deles.
É claro que, na prática, a gente tem conselhos mais e menos atuantes.
Em alguns casos, como parece ser o da Dilma, o presidente do conselho é tipo uma rainha da Inglaterra que não apita nada. Só tá lá por formalidades.
De qualquer maneira, isso não tira a responsabilidade do cargo, ainda mais quando essa pessoa acumula o cargo de. Ministro.
Tinha lido do celular, mas como não teve quote acabei esquecendo de responder.
Eu não tô falando que tira a reponsa do cargo. É claro que o conselho e o governo também têm culpa, até porque são eles quem loteiam essas diretorias entre a base aliada.
O que eu disse é que o discurso da Dilma tinha fundamento sim. É óbvio que se o cara apresenta o resumo executivo omitiu informações importantes, que poderiam alterar a decisão do conselho, esse cara falou e interferiu na decisão tomada. E o fato de o processo inteiro estar disponível não interfere nesse fato, porque não é praxe (e nem me parece viável) que os conselheiros estudem todos esses processos detalhadamente. Pra isso servem os diretores executivos.
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Postado originalmente por Picinin
E também não acho que a participação do conselho nesse caso seja prova de incompetência dos conselheiros. Aceitar esse raciocínio seria admitir que não só a Dilma, mas também o Jorge Gerdau e o Fábio Barbosa (executivos muito bem conceituados no mercado) também são incompetentes.
Concordo.
A incompetência da Dilma se mostrou ao não demitir todos que fizeram a lambança, a presidir a sessão do conselho que elogiou oficialmente o diretor que teria omitido fatos importantes no memorial do negócio, e em só demitir este diretor 06 anos depois em que estava claríssimo, inclusive pra ela, o tamanho da lambança.
Pense no seu escritório de advocacia e imagine:
Um processo importante , sob os seus cuidados:
A- Seu estagiário não protocola um recurso e você perde o prazo e esconde de você este fato.
Não dá pra dizer que você é diretamente culpado. Correto?
B- Você descobre o tamanho da lambança e tenta consertar, mas não demite o estagiário.
C- Infelizmente não consegue consertar e seu escritório toma um mega prejuízo.
Ainda assim mantém o estagiário.
D- Revoltado o cliente entra com uma representação contra você na OAB.
Você se defende dizendo que não teve culpa.
O cliente o acusa de omissão e diz que você sequer demitiu o estagiário, que continua firme e forte ao seu lado no escritório. Apenas mudou de setor.
E- A OAB pede explicações a você.
Desesperado, você culpa o estagiário e o demite "sumariamente" 06 anos após o ocorrido.
Você é um cara inteligente e tenho certeza que não agiria assim na gestão do seu escritório.
Uma presidente da república que conduz desta forma a gestão da maior empresa do país foi, no mínimo, incompetente e omissa.
Mesmo sem dolo, vale lembrar que a lei de improbidade administrativa prevê a modalidade culposa.
O problema é quando o estagiário aí é o filho do principal cliente, que sustenta o escritório... Como parece que era o caso.;
Como eu disse aqui, não tô aqui defendendo a gestão da Petro. A discussão começou porque eu falei que tavam distorcendo a declaração da Dilma. O que ela falou é verdade, o responsável pelo negócio fez uma cagada monumental e não deu destaque a duas cláusulas fundamentais para a análise do negócio na sua exposição. Isso, obviamente, não exime o Conselho, o Presidente da Patro ou o governo das consequências da cagada.