Segundo Krugman, economias emergentes, como a brasileira, têm se mostrado mais resilientes. Com o fim do problema de dívida externa, o Brasil tem menos exposição ao câmbio, tem mais estabilidade, com a inflação sob controle e a política fiscal mais responsável. As corporações brasileiras, por meio de entidades offshore, tomaram muito empréstimo externo no valor de 300 bilhões de dólares, que é menos de 15% do PIB, lembrou, o que também não preocupa. “O Brasil exporta primariamente commodities e vai sofrer com a desaceleração da China. Não estamos falando de catástrofe, mas algo que pode ser manejável.”
O que preocupa é a China, disse Krugman, “mesmo porque as estatísticas não são totalmente confiáveis”. “Este país não vai crescer às mesmas taxas, os investimentos serão reduzidos", alertou ao fazer um diagnóstico da China e, consequentemente, do Brasil. "A China precisa mudar a proporção entre investimento e consumo. Já o Brasil está se saindo muito bem”, concluiu.