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Fonteles
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Picinin
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Fonteles
Tá, eu te dou uma resposta detalhada se vc me apresentar uma crítica de verdade. Acho a proposição justa.
Eu mesmo tenho críticas a dicotomia proprietário dos meios de produção x aquele que vende sua força de trabalho para sobreviver, mas normalmente quem critica não faz ideia sobre a divisão de classes.
Você mesmo já fez a crítica...
Como é que se divide as classes sociais, então, se escolaridade, renda, profissão ou padrões de consumo são insuficientes? Qual seria o fator relevante. Eu posso me enquadrar em determinada classe por um critério, e na classe oposta por outro critério.
A tentativa de separar a sociedade atual em classes é um reducionismo óbvio, além de uma inutilidade. A ideia de luta de classes sempre foi reducionista, o que sempre ocorreu foi conflito de interesses entre os indivíduos, e é pra isso que a sociedade se organizou politicamente no Estado.
Atualmente, então, ela é completamente inútil, a não ser pra uma retórica ideológica.
Mas infelizmente existe o antolho marxista... Aí se cria,por exemplo, a tal classe média, que tá longe de ser uma classe social, é só uma suposta ideologia oposta que não tem rosto, nem corpo. É só uma muleta pra sustentar a retórica.
Vc acha que a sociedade não é separada em classes? E pq é um reducionismo separar a sociedade em classes? E a diferença existente entre o bilionário e o miserável? É abstrata demais, ou, melhor, não existe?
A ideia da "luta de classes" é muito boa, na verdade. Se trouxermos essa noção do século XIX para as democracias de massas do século XXI, vc passa entender que a luta por expansão de direitos é a luta da democracia. Exige-se novos e cada vez mais novos direitos, justamente porque existe uma luta. Uma luta entre aqueles que pleiteiam direitos, e aqueles que concedem direitos. A lógica do poder explica o "pleitear" direitos e o "conceder" direitos.