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ekalil
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Picinin
Mas a situação do Temer não é tão confortável. O dinheiro pra emendas tá acabando e tem mais denúncias por vir. Além disso, a maioria dele no Congresso vem decaindo; o PSB já tá pulando fora, o apoio do PSDB é mais frágil, e o próprio Maia já deu sinal de que pode pular fora se a situação piorar. Qualquer derrota em votação irá minar a confiança do mercado na capacidade do Temer de governar. Fora as possíveis delações novas, especialmente do Funaro.
Mas ao mesmo tempo as eleições se aproximam rapidamente né? Não vai rolar impeachment em ano de eleição imo.
A proximidade do fim do mandato favorece o Temer, e é isso que ele está tentando fazer: ganhar tempo. Mas por outro lado, o Maia já se colocou como opção para dar continuidade ao programa de reformas. Se o mercado e os próprios políticos perceberem que o Temer não tem mais força pra aprovar as reformas, e que o Maia é uma opção viável, a coisa pode mudar de figura muito rapidamente. Eu acredito, por exemplo, que PSDB e DEM podem, mudar de lado de um dia pro outro. E o baixo clero, que constitui grande parte da base do Temer, também é muito volúvel.
Outra aspecto que não vi ninguém comentar é que, aceita uma eventual segunda denúncia, o Temer é afastado por 180 dias. Mas, caso o processo não seja julgado nesse intervalo, ele retoma o cargo. Só que o julgamento de denúncia por crime comum é jurídico, no STF, e eu não sei se o STF conseguiria julgar o processo nesse prazo. Óbvio que seria péssimo pro país afastar o Temer por 6 meses para que depois ele voltasse e governasse pelo resto do mandado. Não sei como essa questão está sendo avaliada nos bastidores.