Última edição por Fonteles; 03-08-2017 às 10:38.
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O problema nunca foi corrupção. Rolou o mensalão e o Lula foi reeleito e ainda conseguiu eleger um poste na eleição seguinte. E a própria Dilma se reelegeu mesmo depois de ter estourado a delação do Paulo Roberto Costa.
O problema é sempre a economia e a falta de apoio político, que normalmente andam juntas.
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Eixo de poder muda e DEM ganha força: PSDB, mesmo que não perca postos no Ministério, sai muito menor do episódio
A vitória de Michel Temer na Câmara ontem, com maior facilidade que o melhor dos prognósticos ouvidos até a véspera, deve dar algum fôlego para o governo tentar implementar uma agenda mínima que lhe permita sair das cordas – sem, no entanto, melhorar a popularidade.
Da mesma maneira, deverá deslocar o eixo de poder dentro da aliança que dá suporte ao governo: o PSDB, mesmo que não perca postos no Ministério, sai muito menor do episódio, e o DEM e partidos do chamado Centrão ganham força.
Os tucanos são, ao lado de Rodrigo Janot, os maiores derrotados com o desfecho de ontem. O PSDB fez um papel ridículo desde a eclosão do escândalo JBS. Primeiro, porque ele enredou seu presidente, Aécio Neves (MG), de maneira tão cabal quanto o próprio Temer. A partir daí o que se viu foi um partido incapaz de tomar qualquer decisão minimamente coerente: sair ou ficar no governo, votar a favor ou contra a denúncia eram questões que requeriam respostas “sim” ou “não”, mas o PSDB não conseguiu balbuciar nem sequer um “talvez”.
O resultado do mico é que o PSDB se mostrou irrelevante para o resultado. Nem conseguiu determinar a vitória de Temer nem seria capaz de levar à sua derrota. Ainda que mantenha ministérios, a sigla terá reduzida sua capacidade de influenciar a agenda do governo e a articulação política para 2018.
No outro lado do espectro, ganham peso no arranjo que sustentará o impopular governo Temer o DEM – que chegou a ter 21 deputados na travessia do deserto dos governos do PT e pode chegar a mais de 50 – e os partidos do Centrão, que haviam ficado órfãos sem Eduardo Cunha, mas foram adotados pelo presidente, à base de fisiologia.
Um vencedor individual, além de Temer, é Rodrigo Maia. O presidente da Câmara poderia ter ajudado a derrubar Temer, mas se mostrou leal e ajudou a costurar a maioria na Câmara e o quórum. Com isso, se credencia como fiador da reforma da Previdência possível (que deve ser bastante desidratada) e como articulador para a sucessão de 2018.
http://politica.estadao.com.br/notic...ca,70001922082
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Estou realmente bastante impressionado com o tanto de gente que está criticando o Bolsonaro por ele ter votado contrariamente ao Temer. Não é à toa que a população brasileira não realizou protestos ontem: os petistas/CUT/MST avaliam que o Temer fritando no governo é uma situação positiva para as eleições de 2018 e a direita entende que o Temer deve ficar no governo para operar a "retomada" do crescimento econômico (que ainda é muito incipiente e incerta, mas pelo jeito que falam parece que estamos diante de um milagre de tigre asiático).
É o que uma analista que eu esqueci o nome falou, o Temer ganhou a batalha por três motivos: emendas parlamentares, conhecimento de como o toma lá, dá cá funciona no CN, e o desinteresse da população.
Em outra feita, eu li que quase metade dos assinantes da Folha acham que Temer não deve cair. Complicado. Isso só condiz com o que o Picinin falou.
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Mas a situação do Temer não é tão confortável. O dinheiro pra emendas tá acabando e tem mais denúncias por vir. Além disso, a maioria dele no Congresso vem decaindo; o PSB já tá pulando fora, o apoio do PSDB é mais frágil, e o próprio Maia já deu sinal de que pode pular fora se a situação piorar. Qualquer derrota em votação irá minar a confiança do mercado na capacidade do Temer de governar. Fora as possíveis delações novas, especialmente do Funaro.
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"No curto prazo, a quebra será pela perda da estabilidade fiscal, porque operadores do mercado financeiro não vão tolerar a quebra fiscal. A ninguém interessa isso. Mas (essa estabilidade fiscal) é uma dificuldade para Temer, porque, para se sustentar legalmente, esse governo tem de esgarçar a questão fiscal, ser leniente, promover anistias. Esse condomínio governista tem um preço. Não há amigos ali. É a cultura permanente que vem sendo reposta. O plano B é o sucessor, Rodrigo Maia. É possível que, na segunda ou terceira denúncia de Janot, se elites desertarem do governo Temer por um quadro de degradação fiscal e paralisia das reformas, por que mantê-lo? Se for possível colocar outra peça que assuma com compromisso de tentar recolocar o carro nos trilhos, tal como se pretendeu com a derrubada da Dilma. Foi pra isso que ela foi derrubada. Ninguém hoje com meio neurônio pode acreditar que Dilma foi derrubada por pedalada fiscal."
Renato Lessa.
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Não duvidem de um cara que foi flagado por gravações e imagens de seu pau mandado recebendo grana e mesmo assim conseguiu se livrar.
Não é depoimento de delator e provas indiciárias que vai derrubar.
Questão econômica se não resolve com Temer muito menos com outros, esse é o pensamento de geral.
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