Cara, só o gekin defende o PT/Lula incondicionalmente aqui nesse tópico.
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O problema nunca foi corrupção. Rolou o mensalão e o Lula foi reeleito e ainda conseguiu eleger um poste na eleição seguinte. E a própria Dilma se reelegeu mesmo depois de ter estourado a delação do Paulo Roberto Costa.
O problema é sempre a economia e a falta de apoio político, que normalmente andam juntas.
Eixo de poder muda e DEM ganha força: PSDB, mesmo que não perca postos no Ministério, sai muito menor do episódio
A vitória de Michel Temer na Câmara ontem, com maior facilidade que o melhor dos prognósticos ouvidos até a véspera, deve dar algum fôlego para o governo tentar implementar uma agenda mínima que lhe permita sair das cordas – sem, no entanto, melhorar a popularidade.
Da mesma maneira, deverá deslocar o eixo de poder dentro da aliança que dá suporte ao governo: o PSDB, mesmo que não perca postos no Ministério, sai muito menor do episódio, e o DEM e partidos do chamado Centrão ganham força.
Os tucanos são, ao lado de Rodrigo Janot, os maiores derrotados com o desfecho de ontem. O PSDB fez um papel ridículo desde a eclosão do escândalo JBS. Primeiro, porque ele enredou seu presidente, Aécio Neves (MG), de maneira tão cabal quanto o próprio Temer. A partir daí o que se viu foi um partido incapaz de tomar qualquer decisão minimamente coerente: sair ou ficar no governo, votar a favor ou contra a denúncia eram questões que requeriam respostas “sim” ou “não”, mas o PSDB não conseguiu balbuciar nem sequer um “talvez”.
O resultado do mico é que o PSDB se mostrou irrelevante para o resultado. Nem conseguiu determinar a vitória de Temer nem seria capaz de levar à sua derrota. Ainda que mantenha ministérios, a sigla terá reduzida sua capacidade de influenciar a agenda do governo e a articulação política para 2018.
No outro lado do espectro, ganham peso no arranjo que sustentará o impopular governo Temer o DEM – que chegou a ter 21 deputados na travessia do deserto dos governos do PT e pode chegar a mais de 50 – e os partidos do Centrão, que haviam ficado órfãos sem Eduardo Cunha, mas foram adotados pelo presidente, à base de fisiologia.
Um vencedor individual, além de Temer, é Rodrigo Maia. O presidente da Câmara poderia ter ajudado a derrubar Temer, mas se mostrou leal e ajudou a costurar a maioria na Câmara e o quórum. Com isso, se credencia como fiador da reforma da Previdência possível (que deve ser bastante desidratada) e como articulador para a sucessão de 2018.
http://politica.estadao.com.br/notic...ca,70001922082
Estou realmente bastante impressionado com o tanto de gente que está criticando o Bolsonaro por ele ter votado contrariamente ao Temer. Não é à toa que a população brasileira não realizou protestos ontem: os petistas/CUT/MST avaliam que o Temer fritando no governo é uma situação positiva para as eleições de 2018 e a direita entende que o Temer deve ficar no governo para operar a "retomada" do crescimento econômico (que ainda é muito incipiente e incerta, mas pelo jeito que falam parece que estamos diante de um milagre de tigre asiático).
É o que uma analista que eu esqueci o nome falou, o Temer ganhou a batalha por três motivos: emendas parlamentares, conhecimento de como o toma lá, dá cá funciona no CN, e o desinteresse da população.
Em outra feita, eu li que quase metade dos assinantes da Folha acham que Temer não deve cair. Complicado. Isso só condiz com o que o Picinin falou.
Mas a situação do Temer não é tão confortável. O dinheiro pra emendas tá acabando e tem mais denúncias por vir. Além disso, a maioria dele no Congresso vem decaindo; o PSB já tá pulando fora, o apoio do PSDB é mais frágil, e o próprio Maia já deu sinal de que pode pular fora se a situação piorar. Qualquer derrota em votação irá minar a confiança do mercado na capacidade do Temer de governar. Fora as possíveis delações novas, especialmente do Funaro.
"No curto prazo, a quebra será pela perda da estabilidade fiscal, porque operadores do mercado financeiro não vão tolerar a quebra fiscal. A ninguém interessa isso. Mas (essa estabilidade fiscal) é uma dificuldade para Temer, porque, para se sustentar legalmente, esse governo tem de esgarçar a questão fiscal, ser leniente, promover anistias. Esse condomínio governista tem um preço. Não há amigos ali. É a cultura permanente que vem sendo reposta. O plano B é o sucessor, Rodrigo Maia. É possível que, na segunda ou terceira denúncia de Janot, se elites desertarem do governo Temer por um quadro de degradação fiscal e paralisia das reformas, por que mantê-lo? Se for possível colocar outra peça que assuma com compromisso de tentar recolocar o carro nos trilhos, tal como se pretendeu com a derrubada da Dilma. Foi pra isso que ela foi derrubada. Ninguém hoje com meio neurônio pode acreditar que Dilma foi derrubada por pedalada fiscal."
Renato Lessa.
Não duvidem de um cara que foi flagado por gravações e imagens de seu pau mandado recebendo grana e mesmo assim conseguiu se livrar.
Não é depoimento de delator e provas indiciárias que vai derrubar.
Questão econômica se não resolve com Temer muito menos com outros, esse é o pensamento de geral.