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Picinin

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ekalil

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Fonteles
Eu acho que a sua pergunta é um pouco capciosa, mas eu vou responder mesmo assim. Se eu fosse o administrador público, eu realizaria um comitê interdisciplinar e interorganizacional para tentar resolver o problema. Eu parto do pressuposto de que ninguém virá com uma ideia mirabolante inovadora suficientemente boa para apagar décadas de pesquisa que diversos órgãos e organizações vêm realizando. Portanto, o que eu faria seria ouvir e executar o que esses centros indicariam ser o correto fazer.
E nenhum centro de pesquisa e órgão público independente corroborou o que o Dória fez.
Sim, mas se eu não me engano, o plano do Doria segue mais ou menos essa linha. O problema é que que no papel é mto mais fácil que na prática, como a maioria das coisas na vida.
O que me espanta um pouco é todo esse extremo cuidado com os viciados. Ok, são pessoas doentes, dependentes químicos. Mas se eu sou viciado em cocaina e junto um grupo de amigos pra cheirar num lugar público provavelmente vou me fuder e não vai aparecer ninguém pra me defender.
Eu sou leigo em direito, mas não entendo pq internar um cara que tá nessa condição "na marra" é algo tão absurdo. Logicamente não é a coisa mais bonita do mundo, mas praticamente qualquer coisa vai ajudar o cara, já que pior do que isso é difícil.
Eu não tô tão por dentro desse assunto, mas pelo que foi noticiado, havia um plano que vinha sendo feito há meses, e que iria começar a ser o implementado agora. Esse plano o foi discutido com MP, defensoria, CREMESP e ONGs que atuam na área, e previa várias ações. Reforçar as unidades de saúde e assistência para atender os viciados que quisessem ajuda, desocupação gradual dos imóveis e realocação dos moradores da cracolândia, etc. Aí o Dória veio, botou retroescavadeira pra derrubar sem dar prazo pra desocupar e atropelou todo mundo.
Ou seja, não é que a questão seja de fácil resolução ou que o plano não tenha dado certo, o Dória sabotou o plano e passou por cima de todo mundo. Cagada monstruosa em todos os sentidos.
E é absurdo internar à força porque o cara é dono da vida dele. Se ele quiser passar seus dias fumando pedra, ouvindo sertanejo universitário, lendo Brasil 247 ou mises.org, é problema dele. Além do que, cria um precedente perigoso, porque pessoas plenamente capazes podem ser desprovidas dos seus bens e sua liberdade com base em elementos muito
frágeis.