O "espetáculo midiático" que chocou parte da TucanoPress ontem era nada menos do que o dia-a-dia do governo FHC.
O famigerado procurador Luiz Francisco de Souza, autor do livro "Socialismo, uma utopia cristã" (!), e seu companheiro Guilherme Schelb, encontravam "roubos" e "escândalos" no governo tucano praticamente todos os dias, o que era recebido com festa pelos petistas da política e do jornalismo.
Busquem nos arquivos digitais dos grandes jornais do país os nomes "Luiz Francisco" e "Guilherme Schelb" para entender um pouco do clima da política brasileira nos anos 90, a década que recebeu o país economicamente destruído e devolveu com moeda estável, inflação controlada e a inserção de milhões de brasileiros no mercado de consumo.
A diferença mais importante entre os citados acima e Deltan Dallagnol é que as denúncias dos primeiros serviam basicamente para a construção de narrativas do PT na imprensa e nos palanques, o que levou ambos a sofrerem processos e censuras do próprio MP.
Em relação ao trabalho de Deltan Dallagnol, não existe um único bípede que duvide que o triplex do Guarujá seja uma prova cabal, mesmo que ínfima perto do que se roubou no total, de como o PT e seu líder tratavam o dinheiro público.