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DiegoSestito
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cabocla
"Ditadura militar: por que seu professor maconheiro conta uma história e o seu avô trabalhador conta outra."
Meu avô era tenente coronel do exército na época, e me contava a mesma história que o meu professor.
Vou fazer uma brag aqui e colocar uma história interessante pra galera.
Meu bisavô era general do exército na época do golpe, ele comandava o 5˚ exército (PR e SC), era completamente contra a ditadura militar e foi um dos que tentou barrar o golpe. Foi acusado de traição pelo exército e logo após o golpe entregou o cargo de general.
Aqui tem um trecho de uma matéria que cita ele (Silvino Castor da Nóbrega):
"Sem disparar um único tiro, os militares golpistas rapidamente conseguiram dominar a situação no Paraná. Conti lembra que a pessoa que poderia frustrar os militares revoltosos era o general Silvino Castor da Nóbrega, comandante da 5ª Região Militar no Paraná, que apoiava Jango.
No dia 31 de março de 1964, o general voltava para Curitiba em um avião da Força Aérea Brasileira de uma reunião com o chefe da Casa Militar, general Assis Brasil, que tentava conter os militares golpistas. Segundo o ex-secretário de Segurança, o general teve sua rota de vôo alterada para não aterrissar em Curitiba. “O piloto do avião recebeu ordens de um tenente que era ligado a nós, que havia recebido ordens para levar o comandante (Silvino da Nóbrega) a Porto Alegre.” Conti afirma que foi dito a Silvino da Nóbrega que a neblina impedia a aterrissagem. “Quando ele chegou no Rio Grande, já estava tudo dominado.”
O pesquisador José Carlos Dutra, que estudou o golpe militar no Paraná, afirma que o general Silvino da Nóbrega tentou organizar uma resistência dando ordens aos batalhões de Blumenau e Joinville para que se deslocassem na direção de São Paulo. “Tal ordem não foi cumprida e o general foi destituído do comando, acusado de apoiar os comunistas. Respondeu a inquérito policial-militar e, posteriormente, foi transferido para a reserva remunerada”, diz Dutra, em um de seus estudos.
Segundo ele, apesar de o Paraná não estar no centro dos acontecimentos, por pouco não houve luta armada no estado. “Devido aos fatos relacionados ao comandante da 5ª Região Militar (...), o comandante do 2º Exército determinou o deslocamento de tropas paulistas em direção a Curitiba pela Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), prevendo a possibilidade de confronto com as tropas do general Silvino e considerando, também, ser passagem obrigatória de tropas que poderiam vir do Rio Grande do Sul”, afirma Dutra. O conflito, porém, não ocorreu."
Quem quiser ler a matéria completa, tem aqui:
Ney Braga conspirou contra Jango em 1964, diz general da reserva | Vida Pública | Gazeta do Povo
PS. Ele não era comunista!!