O impeachment é votado, então a rigor qualquer um só cai por falta de apoio político. Não creio que seja muito diferente nas constituições de outros países. O meu ponto é que o mecanismo só deveria ser utilizado quando o crime fosse bem caracterizado e acima de tudo ligado a uma conduta pessoal do presidente. Deveria existir mais responsabilidade por parte dos agentes políticos para a deflagração do processo.Citação:
eu também acho uma merda isso, mas infelizmente esse é o modelo que foi criado pela CF88. Ou alguém acha que o Collor caiu porque era mais bandido que o resto, e não por falta de apoio político?Citação:
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Cara, você não entende que nada disso importa pro impeachment?Citação:
Eu entendo isso. Tb acho q ele quer ver o circo pegar fogo. E devem reclamar dele usar o processo politicamente.Citação:
Qualquer fato que provoque abalos nesse momento influencia o impeachment. A crítica sobre o Moro diz respeito a ele estar claramente se esforçando para produzir fatos políticos. Se a Lava Jato já influenciaria o impeachment normalmente, isso ocorre com muito mais força pelo modo como esse juiz passou a conduzir o processo nas últimas semanas.Citação:
Posso ter me expressado mal. Eu quis dizer que n vejo pq a direita e esquerda ficarem debatendo se foi ilegal ou nao a escuta, principalmente por não ter crime nenhum nela. A escuta já vazou, é irreversível.Citação:
Tá de brincadeira, né?Citação:
Eu não entendo pq se discute tanto a legalidade de algumas operações da Lava Jato (no meio jurídico entendo, mas nessas guerrinhas de facebook n). Nem pra direita que defende nem pra esquerda que ataca.
A relevância disso é jurídica e será decidida no processo. Decisões jurídicas não precisam ter apoio popular, então ngn deveria se manifestar a favor/contra o Moro.
A ilegalidade das escutas não deve servir de argumento pra defender Lula e Dilma. A legalidade tb n os torna criminosos.
No final das contas, o processo que na prática é político é o de impeachment.
Vc acha a legalidade ou ilegalidade dela relevante pro impeachment?
Mas n vejo como a ilegalidade da escuta pode ser uma defesa da Dilma. A defesa da Dilma é de que não há fundamento pro impeachment.
N havendo crime nas ligações, n entendo como a legalidade da escuta pode ajudar os anti-Dilma. Eles devem defender que já há fundamento pro impeachment.
Eu acho que essa discussão só ta fugindo a discussão real: Há ou não há fundamento pro impeachment. Essa resposta ao meu ver passa longe desse grampo.
O povo não sabe o que é crime de responsabilidade, mal entende como o impeachment funciona para além de mandar embora o presidente. Aliás, a grande maioria dos parlamentares que vão votar também não tem muita noção.
O que importa pro impeachment é que o PMDB tá caindo fora do Governo, que a Presidente tem altíssima rejeição, que o vice tá conspirando com força, que a OAB entrou no bonde, que a mídia tá botando pra foder, que o Moro tem sangue nos olhos, que os coxinhas encheram as ruas. Isso é o que importa.
Na minha opinião não existe crime de responsabilidade. Mas e daí? Não sou eu que vou votar no Senado e as pessoas com alguma capacidade de avaliação sobre o quadro jurídico terão pouca influência nesse momento. A OAB influencia mais porque é grife.
A única coisa que conta em favor da Dilma nesse momento é que ela não roubou e quem não é realista racional sabe disso.
Sim, é isso. Só que impeachment não pode virar moda no Brasil pra governo ruim, né?Citação:
Foi isso que eu quis dizer num dos meus posts nos últimos dias. No final das contas o impeachment é um processo muito mais político que jurídico. Em outras palavras, se a sociedade "decidir" que o governo não se sustenta, encontram algum motivo pra levar o processo adiante e a Dilma cai. Por outro lado, se a sociedade acha que o presidente deve ficar, ele escapa ileso mesmo com indícios contra.
Essa "decisão" da sociedade não sai do nada e é influenciada por uma porrada de coisas, desde crise econômica a influência da mídia.
Eu sou veementemente contrário a qualquer impeachment que não leve em conta um ato pessoal e muito bem caracterizado do presidente.