62280LikesEssa história vai longe ainda.Postado originalmente por DiegoSestito
Aproveitando o assunto, alguém aqui defende a "doação" empresarial aos partidos políticos?
Essa história vai longe ainda.
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É só o mercado se regulando
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Eu queria entender o fenômeno não só do funk, mas do contexto sexual musical que tenho a impressão, nasceu na periferia. Isso não é exclusividade da periferia, é importante frisar isso. Homem agarrando mulher bêbada a força, acontece em balada de playboy também, a rodo.
Fui em algumas baladas na favela recentemente, inclusive num fluxo e a parada pra quem é de fora é aterrorizante, as três vezes que a Renata foi comigo ela ficou em choque, eu fiquei em choque quando vi uma mina de uns doze anos fumando e bebendo e outra vez quando uma mina que aparentava uns 15 anos dançando e olhando pra mim.
A conclusão que eu cheguei é que não adianta querer tentar entender o que rola lá pela óptica da classe média, as aspirações são outras, o estilo de vida é outro completamente diferente, tinha vezes que eu olhava a parada e pensava que eu estava em um filme, queria muito ter fotografado lá, até estava com a câmera no carro, mas meu irmão que cola lá direto achou melhor não descer com uma câmera do nada lá.
Agora algumas coisas são interessantes de se notar, lá o estado é mínimo, não tem polícia (o que não significa que não seja seguro, o pcc comanda a parada e nego que dá mancada num fluxo não tem muito pra onde correr) o comércio é livre, lá não se respeita a lei, porque o estado simplesmente não chega lá. O tráfico rola solto, porque a droga é proibida, simples.
Eu acho puxado alguém do alto do conforto da sua tela de 50 polegadas, ar condicionado, varanda, dentro de um condomínio fechado, tecer qualquer comentário em tom de julgamento sobre uma realidade que ele simplesmente não conhece. Continuo sem opinião formada, não sou a favor de se proibir as paradas, acho hipócrita, pra dizer o mínimo, quem crítica a parada, mas fuma seu beque e participa de festas que são muito parecidas na essência, com a diferença de serem realizadas em ambientes fechados.
Os pais tem total responsabilidades pelos menores de idade que frequentam esses lugares.
Sobre a música em si, não da pra saber o que é, mas o funk tem uma parada que deixa todo mundo meio louco, especialmente as mulheres. Toca funk em casamento pra vc ver o alvoroço que é de mulher correndo pra pista, eu tenho certeza que muita mãe de família, se estivesse em um ambiente que ela considera seguro, mesmo que fosse no motel com o marido e tivesse a oportunidade de se jogar na parada sem ser julgada como vagabunda, ia soltar a franga no negócio.
Pra resumir esse tl;dr, pra mim aquilo é o auge da liberdade na nossa sociedade, sem um julgamento moral (eu não acredito em moral absoluta, o que é imoral pra mim, pode não ser pra vc e versa vice) parecido com o de quem vive dentro de um mundo completamente diferente.
Não foi um passeio agradável, não gostaria que minha filha/filho frequentasse essa parada, pelo menos até ela/ele ter discernimento suficiente pra entender que essa gozolândia toda tem consequências, mas tão pouco me vejo no direito de julgar, sem ter crescido num ambiente como esse, especialmente agora que eu flerto com a ideia de um estado menor.
A maioria das pessoas que frequentam os fluxos, não são bem recebidas fora das favelas, seja pela roupa, ou pela maneira de falar ou especialmente pela cor da pele. Nego fica discursando ai, mas se a filha aparecer em casa com um neguinho de boné de aba reta, o cara não vai nem querer saber como a filha conheceu e se aproximou de um ~maloqueiro~ ele só vai fazer tudo o que estiver ao alcance dele pra evitar que a filha se relacione com um moleque de periferia.
Adolescente de classe média também faz sexo e usa droga, só não faz isso no meio da rua.
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@JoseIrineu hoje eu assisti uma dupla sertaneja raiz no programa do Jô.
Essa dupla é raiz mesma.
Tinham uma carreira com mais de 30 anos.
A entrevista quase toda rolou em torno dessa questao do sexo na experiencia deles.
Eles eram simples.
Um dos cantores falou que perdeu o cabaco pra uma porca (animal mesmo).
Eles cantaram sua musica de trabalho atual que tratava de um boi com tinha o nome de bilau e todas as mulheres queriam te-lo.
Acontece que tanto as estorias deles, quanto a musica, nao tinham nada a ver com essa bizarrice que rola nesses bailes funks.
A musica, mesmo que tratando desse tema, com esses termos, e muitas figuras de linguagem de duplo sentido, eu nao achei vulgar.
Parecia mais uma coisa cultural mesmo.
Tinha uma ironia maliciosa que com certeza é antiga e faz parte da realidade deles.
Entao, pegando o barco dessa sua discussao, essa questao da sexualidade é bem antiga até na musica.
A musica caipira tem isso demais.
A questao é que é completamente diferente do que existe hoje, desde a "boquinha na garrafa".
Hoje em dia o duplo sentido nao é duplo sentido.
É sentido unico e objetivo mesmo.
Eu acho isso deprimente.
Essas pessoas nao estao agindo por liberdade.
Elas agem por pura transgressao.
Acontece que essa "transgressao" nem eh trangressao mesma.
É apenas banalidade, vulgaridade, perda total de sentido ...
Elas acabam se machucando sem perceber.
Nao existe um sentido nas acoes delas.
Quem aje por liberdade sempre tem um sentido na sua acao.
A transgressao tambem tem um sentido.
Até uma orgia sexual tem um sentido.
Eu, sinceramente, nao consigo ver sentido nenhum no que essas pessoas fazem.
Nao existe nada na cabeca delas.
Nenhum valor, por mais anti-tradicional e desconhecido que pode ser.
Ninguem lá ta construindo um outro valor.
Quando Niezstche criticava os valores tradicionais da sociedade, ele sempre tinha em mente que necessariamente outros valores deviam ser colocados ou criados.
Por mais que ninguem pudesse compreender melhor esses novos valores, sendo eles nobres ou nao, valores sempre existirao.
Agora me diz, qual o valor que essa galera tem?
Nenhum!
Nao há trangressao, nao há liberdade e respeito do uso do corpo ... nao há nada.
É tudo puro niilismo.
É tudo urgente e efemero.
Ah!
Cara, até hoje eu nao consegui entender o que voce viu de interessante no funk ostentacao e no Mc Guime.
Eu nao consigo ver nada de interessante naquilo.
Nada ali muda alguma coisa.
Nada ali propoe mudar.
É tudo pura musica comercial.
Nada ali é artistico.
Nada ali é uma construcao de valores.
Nada ali conseguiu apreender algo da natureza das pessoas que mudasse a nossa forma de ver o mundo.
Algum insight de alguma ideia nova que ninguem ainda compreendeu.
Resumindo: nada ali é arte.
A arte sempre tem essa caracteristica fundamental: uma coisa nova que ainda nao foi compreendida, é dificil de ser explicada, e constitui fundamentalmente a nossa realidade.
No funk ostentacao nao existe nada disso.
É facil demais explicar o "conceito" por traz desse movimento.
Faz tempo que o consumismo que existe na nossa sociedade.
Usar ele nao é algo novo e nem genial.
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brasil eh uma piada mesmo, devolve logo pros indios e pede desculpa vai
mesma data, td igualzinho, so muda q um a origem eh ai e outra eh aqui, mas eh a msm rota
alemanha-brasil a partir d 200$ tendo voos diretos a partir d 340
brasil-alemanha a partir d 900$ , voo direto a partir de 1200
https://flic.kr/p/y9nQT7
vamoooo brasil
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nao da mais pra editar
se eu coloco o voo dia de semana cai pra 168$ aqui, no brasil nem altera nada kkk
kralho 160doletas um voo europa/brasil ida e volta, me belisca
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Que donk hahahaahaha
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Que contorcionismo retórico, hein, Irineu.
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É a famosa meia verdade. Qualquer pessoa fala o que quiser baseado numa meia verdade.
Eu acho que muita coisa que o Irineu escreveu é mais ou menos correto. No entanto, não dá para falar da beleza e autonomia da cultura funk - expressão legítima da periferia - para atenuar o uso de drogas e bebidas por adolescentes, a realização de festas em locais e horários inapropriados, a vulgarização dos meninos e menina, etc. Isso tudo tem que ser combatido.
Essa cultura é refém do descaso estatal e social. O funk eu defendo. Não o abandono, o crime, o vício na juventude, a vulgarização de meninos e meninas (que tb tem aos montes com os playboys).
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topico errado.
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