Sim, mas de qq forma fica esquisito.
Edit: não tinha lido o resto dos posts e percebi que fui ingênuo na análise.
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Correto, mas a gente tb não pode radicalizar o cálculo frio do economicismo, pois não estamos tratando de coisas, mas sim de pessoas. Se não, era melhor impor uma escravidão, pq reduz ainda mais os "gastos" da empresa.
Por isso que eu acho que é importante equilibrar a justa vontade de lucrar em cima de uma atividade empresarial e os aspecto humano dos fatores envolvidos. É preciso que o salários dos trabalhadores sejam, no mínimo, aptos para uma sobrevivência digna, sob pena do caos se instaurar na sociedade. É isso que o alvinho tá argumentando. Pq se não tem essa garantia, o Estado vai ter que cobrar imposto alto para suprir essas necessidades, ou então, se se manter omisso, ocorrerá a marginalização desses trabalhadores e a criminalidade vai subir muito (a pobreza não induz a criminalidade, mas a desigualdade social sim, vide EUA, BR, MEX), ocorrerão favelizações e a consequente degradação do ambiente, etc.
Estou falando apenas teoricamente, não sei como que é a realidade dos trabalhadores do Wallmart. To confiando no que o Alvinho tá nos passando. Até pq se ele estiver equivocado é pq tá tudo perdido msm, :D
Tenho consciência disso. Se eu tivesse nos EUA eu seria democrata, leria diariamente o NYT, moraria no leste, faria chacota do Kansas, assistira The Tonight Show starring Jimmy Fallon, nunca ligaria na FOXNEWS, and so on. :D. Eu gosto da visão dos democratas de lá, simplificadamente falando, pq eles aliam questões de direito humanos, visões progressistas e sociais com os da defesa do livre mercado e Wall Street (ao contrário dos republicanos que contam com o apoio da indústria bélica e petrolífera, super protecionistas, e são os nossos evangélicos e bancada da bala de lá).
A rigor eu sou social-democrata. Gosto das ideias de centro-esquerda do PSDB, mas não gosto de seus políticos. PT não rola mais. Mas tb não vou pedir impítima da Dilma na paulista, rs, sou favorável a terceirização, mas não a redução da maioridade penal - apenas para alguns casos que não vou discutir aqui, etc, etc, etc. sou o cara do direitos humanos, mas não curto os bolivarianismos que se avizinham por aí...and so on.
#chupa @ekalil passando por super radical :p
So pra trazer mais informações pra discussão:
o Walmart emprega 2.2 milhões de pessoas e tem perto de 12 mil lojas.
É conhecida nos EUA por ter sempre os melhores preços.
Como o riccio falou, opera num mercado de baixa diferenciação, volume alto e margem baixa. Esse valor absurdo da empresa (e consequente riqueza da familia) é pq ela é monstruosa e não pq ela tem uma margem de lucro muito alta.
Existem outros redes de supermercados que seguiram estratégias diferentes. Pagam mais pro seu funcionário, tem lojas mais arrumadinhas e vendem mais caro. Aí a margem é um pouco maior e não tem a ambição de ter o tamanho do Walmart.
E, finalmente, é uma ignorância pegar uma empresa desse tipo pra crucificar. A Amazon, por exemplo, pode oferecer salários melhores mas emprega infinitamente menos gente e vai, eventualmente, substituir o Walmart pq tem um modelo mais eficiente. Por essa ótica, ela é ainda mais fdp, já que rouba mercado do Walmart e não emprega essa galera. E aí? Vamos crucificar a Amazon tb?
Tem vários exemplos de empresas com margem bem altas, tipo Microsoft e Apple. Aí o mesmo Bill Gates que foi um fdp por cobrar um absurdo no Windows ou no office é o cara que doa bilhões pra promover cura de doenças. Enfim, ficar nessa de "a empresa é má e devia abrir mão de lucro pelo bem da sociedade" é uma puta balela.
Eu não sei se posso falar em nome dos outros, mas no meu caso isso tá completamente fora de cogitação. Pra mim essa luta do mundo atual não é uma luta esquerda vs. direita e sim submissão vs. liberdade.
Isso vai além do âmbito econômico. Inclui trabalho forçado, legalização das drogas, direitos da comunidade LGBT, pesquisas genéticas, legalização do aborto, etc.
Isso inclui tanto lutas que são consideradas de esquerda quanto lutas que são consideradas de direita. No final ambos estão errados em muitas posições. Quem tá certo em 99% dos casos é o ponto de vista da liberdade. É o que maximiza o ganho individual e da sociedade.
Então escravidão é o maior dos males e deve ser combatido antes de todos os outros. Ditadura, seja de esquerda ou de direita, idem.
Se existisse escravidão ou ditadura no Brasil hoje eu seria o primeiro a protestar. A questão é que a violação do direito individual brasileiro hoje acontece de uma forma mais requintada, mais sutil, uma forma que consegue convencer até muitos inteligentes que na verdade visa defender o ser humano: que é o inchaço estatal e desvio silencioso de verba pública.
É tóxico, mas mais difícil de se sentir diretamente. Uma morte por falta de comida ou tratamento médico adequado causada pelo desvio/corrupção/inflação não se sente diretamente da mesma forma que uma morte por tortura política. Nem parece que o corruptor matou a pessoa ao administrar erroneamente o dinheiro público - mas no final o resultado é esse.
Dentre as opcões que o cara de 5° percentil, não-qualificado, tem essa é a que ele considera melhor. O problema é que esse cara tem dificuldade como um todo em prover valor pra humanidade (tanto é que a Amazon o substituiu por tecnologia). O vilão não é o Walmart. O vilão é a falta de valorização que existe em relação à mão de obra pouco qualificada no mundo. Você tá atacando o problema errado. Se fechasse o Walmart e confiscasse a fortuna da família Walton como faria um déspota há 500 anos o problema seria resolvido? Pelo contrário, esses trabalhadores só tariam mais ferrados, com menos opção de trabalho e tendo que pagar mais caros pelos produtos essenciais que precisam.
Eu concordo relativamente contigo. O Wallmart é a única opção que esse trabalhador tem.
Mas e aí? Como vamos valorizar e refinar o trabalho desse cara?
Bom, primeiro que o cara é livre para ser "analfabeto" e desqualificado. Mas e se ele deseja se qualificar, mas não tem um apoio, uma família, amigos... uma sociedade que lhe dê suporte? Bom, liberais, gostam de individualismos. Vamos abandonar o cara então? Ou ajudá-lo, gastar do nosso bolso, e investir na valorização desse trabalhador? Olhe que, de repente, esse cara pode ser um baita investimento, viu? Pode achar a cura da Aids! Já pensou? Mas às vezes por causa de um psicológico fraco e uma falta de ajuda esse cara é um caixa de supermercado... Assim, se ele quer ser caixa, não tá afim de estudar, gg, deixa ele operando ali, que já ajuda ele e a sociedade. Já tá legal. Mas e se ele quer ser o próximo Einstein? Bora investir nesse cara, asap, diria eu.