Quando eu vejo economista falando em correlação, eu só me lembro dessa entrevista:
https://www.youtube.com/watch?v=nSHWuWt76bk
O matemático da entrevista diz que o modelo de metas de inflação utilizado no Brasil é pura economia vodu.
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Quando eu vejo economista falando em correlação, eu só me lembro dessa entrevista:
https://www.youtube.com/watch?v=nSHWuWt76bk
O matemático da entrevista diz que o modelo de metas de inflação utilizado no Brasil é pura economia vodu.
Quanta bobagem ideológica, com jeitinho brasileiro.
Até os heterodoxos de fora defendem um regime de metas, ninguém tem ideia melhor de política monetária. Quem ataca o regime de metas nunca propõe nada, somente quer desqualificar o sistema atual com interesses ideológicos. Eu gostaria que esses gênios começassem a fazer propostas para serem confrontadas com as práticas atuais.
Além do mais, ninguém na prática trata os cálculos como algo exato. Você tem um modelo estatístico, que utiliza técnicas estatisticas, científicas, para tentar modelar um fenômeno. Quem diz que um modelo desses não serve pra absolutamente nada é um completo boçal. O modelo é auxiliar. Qualquer economista sério sabe disso, é ninguém defende o contrário. Não é à toa que mesmo a decisão de fixar taxa de juros é consensual, tomada por um comitê e não calculada por um computador. O modelo computacional serve para te dar um referência dentro do modelo que você possui. É óbvio que o modelo não é fechado, há revisão.
E na prática, os bancos centrais observam a resposta das variáveis a uma mudança de juros, pois sabe-se que o modelo tem limitações, como qualquer modelo estatístico. A base de qualquer modelo estatistico é tentar achar variáveis que explicam um modelo, reconhecendo a presença de um erro, um resíduo.
O mais engraçado é que qualquer bom economista percebe o tamanho da bobagem que esses caras estão falando, mas eles têm a desonestidade intelectual de usar o prestígio acadêmico do cara para vender pro leigo que é tudo uma grande bobagem. E o leigo compra o argumento de autoridade.
Ficou um pouco confuso mesmo, o que eu quis dizer é o seguinte: Você tem uma relação de correlação entre variável X e Y. Essa relação por si só, não pode ser utilizada como argumento até que você mostre que existe uma relação de causalidade entre as variáveis, ou seja, que a variável X causa o efeito Y ou vice-versa. Não adianta postar uma correlação, por mais perfeita que ela seja, e não demonstrar que essa relação não se da por coincidência e nem por um causa de um conjunto de causa complexa.
Lucro da Petrobrás em ano de eleição:
http://imagens.globoradio.globo.com/...co_270x167.png
O principal problema, IMO, eh que a lei coloca todo empregado no mesmo patamar. Pode ser que um metalurgico esteja numa situacao desfavoravel com relacao ao seu empregador, mas isso nao se aplica pra profissionais mais qualificados, por exemplo. Eu cansei de ver gente com proposta de varias empresas onde ocorria exatamente o contrario, o empregado eh quem tem vantagens sobre o empregador na negociacao. So que, no Brasil, a imensa maioria desses casos corre da CLT, usando PJ ou fazendo um catrupe pra colocar o cara como socio.
Outro problema eh que vc parte do pressuposto de que o empregador sempre quer explorar ao maximo o empregado. Essa eh outra generalizacao meio boba, pq eh obvio que existem diversos tipos de empregadores. Especialmente nos tempos atuais, qualquer empreendedor com um pouco mais de visao nao vai se preocupar em tirar beneficios do empregado, desde que ele seja produtivo. O cara quer um funcionario bom e esta disposto a pagar mais por isso, seja em termos de salarios, seja concedendo beneficios que vao alem dos basicos. O proprio Riccio deu o exemplo ai, falando que prefere pagar 200 pra um cara produtivo do que 100 pra um cara meia boca. Vc acha que um cara como o Riccio eh um mesquinho que quer sugar o seu funcionario o maximo possivel? Apesar de conhece-lo pouco, eu duvido mto disso. Acho que ele ta disposto a pagar bem e conceder beneficios pra um cara bom no que faz e esse contrato deveria ser feitos pelas duas partes apenas, sem necessidade de intervencao do governo.
Eh claro que nem tudo sao flores e existem setores e empresas onde o empregador vai ter mais poder e, muitos deles, abusariam disso caso nao existisse regulamentacao. Digo muitos deles pq as empresas mais espertas ja perceberam que essa estrategia eh -ev e que, no longo prazo, eh melhor pra empresa tratar bem seus funcionarios. Nesses casos, onde o trabalhador eh menos qualificado e facilmente substituivel, eu realmente nao consigo afirmar com certeza qual seria a melhor maneira de lidar com isso.
Enfim, resumindo, IMO a relacao eh mto menos desigual do que vc (e boa parte do mundo) acha, principalmente quando a qualificacao do empregado eh maior. Nao eh a toa que empresas saem no tapa pra conseguir atrair os melhores profissionais. O que desanima mesmo eh ver qta gente tem essa imagem pessima do empresario, achando que ele eh um porco capitalista que so quer explorar seus funcionarios ao maximo sem pensar em mais nada. A palavra chave eh produtividade, e quando ela eh colocada em foco, todos esses outros detalhes ficam mto menores.
Tudo se resume em oferta e demanda. Nos setores onde existe mais oferta(empregados) de que demanda(empregadores), os empregadores podem exigir melhores cláusulas contratuais. Onde ocorre o oposto, os empregadores precisam oferecer melhores cláusulas pra que o trabalhador queira trabalhar na sua empresa. Então mesmo não estando em igualdade, a falta de oferta obriga o empregador a pagar melhor e dar melhores condições.
O efeito das regulamentação não é o esperado e acaba diminuindo o número de empregadores e aumentando os dos assalariados. Dessa forma cria-se um ciclo vicioso.
Nos setores menos produtivos esse efeito é maior já que o salário mínimo é o principal vilão.
Eu acho mais triste ainda você lamentar que os outros não torcem pro seu "time". Parece que já foi cientificamente provado que regulação é ruim e desregulação é bom, e, portanto, quem discorda de você é ignorante. E o pior é que você já deixou claro que não entende nada do assunto.
BTW, o argumento da migração é absolutamente falacioso, por diversos motivos. Ninguém migra pensando em ir pra onde haja menos regulação das relações de trabalho. As pessoas migram pra lugares mais ricos e desenvolvidos. E existem exemplos de países ricos e desenvolvidos com maior e menor regulação das relações de trabalho.
Ah, e eu sou a favor da flexibilização da legislação trabalhista brasileira. E concordo como Riccio que os encargos trabalhistas são piores do que os direitos trabalhistas propriamente ditos. Se dependesse de mim, acabava a Justiça do Trabalho e esse nosso sindicalismo pelego. Getúlio Vargas já atrasou o Brasil por tempo demais.
Cada um vai ficar triste com coisas diferentes, ne? :)
Eh claro que nao foi e nem vai ser cientificamente comprovado. O que me deixa triste eh a mentadlidade mesmo, a cultura.
Como ja falei antes, eu entendo esse discurso pro lado de protecionismo e regulamentacao quando vem de alguem mais velho, que viveu outra epoca. Mas quando vem de alguem de 20 e poucos anos, da tal geracao Z, eh meio assustador pra mim. Nao eh questao de ignorancia, mas de mentalidade mesmo.