[Política] - O andamento e as decisões de nossos governantes

[ekalil]

Uma questão: Vcs não enxergam contradições no programa de governo de Aécio? Em suas políticas sociais e afirmativas, eu encontrei alguns dispositivos muito interessantes, como, a mero título exemplificativo, a defesa de setores vulneráveis como LGBT, idosos, negros, deficientes, quilombolas, índios, ciganos, etc, bem como o investimento em políticas públicas que a garanta. No entanto, percebe-se algumas características estranhas, no mais das vezes, à promoção de tais projetos, principalmente quando avaliamos a sua proposta de enxugamento do Estado, autonomia do BC, etc. O que vcs acham disso? Eu pergunto isso pq entre Aécio e Marina, estou pendendo à candidatura do tucano.

Acho que se olhar os programas de governo de todos, vai encontrar coisas parecidas. Eu nao acho que seja necessariamente uma contradicao, mas programa de governo eh tudo assim, ne? O cara vai querer agradar (ou pelo menos nao desagradar) todo mundo. Fala que vai ser austero e, ao mesmo tempo, melhorar o social. Acho que tem isso em todos.

[andremcosta]

Uma questão: Vcs não enxergam contradições no programa de governo de Aécio? Em suas políticas sociais e afirmativas, eu encontrei alguns dispositivos muito interessantes, como, a mero título exemplificativo, a defesa de setores vulneráveis como LGBT, idosos, negros, deficientes, quilombolas, índios, ciganos, etc, bem como o investimento em políticas públicas que a garanta. No entanto, percebe-se algumas características estranhas, no mais das vezes, à promoção de tais projetos, principalmente quando avaliamos a sua proposta de enxugamento do Estado, autonomia do BC, etc. O que vcs acham disso? Eu pergunto isso pq entre Aécio e Marina, estou pendendo à candidatura do tucano.

Autonomia do BC não tem nenhuma relação com isso. O papel técnico principal do BC na nossa economia hoje, motivo pelo qual se defende a autonomia, é cumprir as metas do regime de inflação.

Cumprir meta de inflação que o GOVERNO FEDERAL estipula, temos que lembrar.

Não consigo enxergar aonde isso se relaciona com ações afirmativas.


Quanto ao enxugamento sim. Controlar o gasto público gera diminuição de recursos pra gastar com tudo. O problema é que nossa crise atual é fruto de gasto público descontrolado. É preciso definir prioridades, e é melhor gastar um pouco menos com as contas controladas do que gastar um dinheiro que não tem pra gastar. Algo interessante é acabar com o sistema de desonerações atual. Ele custa 60-80 bilhões por ano, que é justamente o superavit primário que o governo não consegue cumprir, e só beneficia lobistas.

[Fonteles]

Uma questão: Vcs não enxergam contradições no programa de governo de Aécio? Em suas políticas sociais e afirmativas, eu encontrei alguns dispositivos muito interessantes, como, a mero título exemplificativo, a defesa de setores vulneráveis como LGBT, idosos, negros, deficientes, quilombolas, índios, ciganos, etc, bem como o investimento em políticas públicas que a garanta. No entanto, percebe-se algumas características estranhas, no mais das vezes, à promoção de tais projetos, principalmente quando avaliamos a sua proposta de enxugamento do Estado, autonomia do BC, etc. O que vcs acham disso? Eu pergunto isso pq entre Aécio e Marina, estou pendendo à candidatura do tucano.

Autonomia do BC não tem nenhuma relação com isso. O papel técnico principal do BC na nossa economia hoje, motivo pelo qual se defende a autonomia, é cumprir as metas do regime de inflação.

Cumprir meta de inflação que o GOVERNO FEDERAL estipula, temos que lembrar.

Não consigo enxergar aonde isso se relaciona com ações afirmativas.


Quanto ao enxugamento sim. Controlar o gasto público gera diminuição de recursos pra gastar com tudo. O problema é que nossa crise atual é fruto de gasto público descontrolado. É preciso definir prioridades, e é melhor gastar um pouco menos com as contas controladas do que gastar um dinheiro que não tem pra gastar. Algo interessante é acabar com o sistema de desonerações atual. Ele custa 60-80 bilhões por ano, que é justamente o superavit primário que o governo não consegue cumprir, e só beneficia lobistas.

Tem evidente relação, pois a proposta de autonomia do BC advém dos economistas da USP (dentre eles podemos incluir, também, o petista Mercadante) que flertam com o programa neoliberal de aumento da independência dos mercados em relação ao governo e Estado e com a redução dos gastos públicos com programas sociais. Diante disso, a autonomia do BC, isoladamente, pode nos levar ao seu pensamento. No entanto, se considerarmos que tal projeto se encontra harmonizado com um de fundo maior, percebemos a relação que existe entre a aludida autonomia e a diminuição das ações afirmativas. Mas, repito, somente se observa a relação "autonomia BC x Ações Afirmativas" se atentarmos para o que vem junto com os projetos de autonomia do BC, a saber, as bandeiras do neoliberalismo.

[andremcosta]

Uma questão: Vcs não enxergam contradições no programa de governo de Aécio? Em suas políticas sociais e afirmativas, eu encontrei alguns dispositivos muito interessantes, como, a mero título exemplificativo, a defesa de setores vulneráveis como LGBT, idosos, negros, deficientes, quilombolas, índios, ciganos, etc, bem como o investimento em políticas públicas que a garanta. No entanto, percebe-se algumas características estranhas, no mais das vezes, à promoção de tais projetos, principalmente quando avaliamos a sua proposta de enxugamento do Estado, autonomia do BC, etc. O que vcs acham disso? Eu pergunto isso pq entre Aécio e Marina, estou pendendo à candidatura do tucano.

Autonomia do BC não tem nenhuma relação com isso. O papel técnico principal do BC na nossa economia hoje, motivo pelo qual se defende a autonomia, é cumprir as metas do regime de inflação.

Cumprir meta de inflação que o GOVERNO FEDERAL estipula, temos que lembrar.

Não consigo enxergar aonde isso se relaciona com ações afirmativas.


Quanto ao enxugamento sim. Controlar o gasto público gera diminuição de recursos pra gastar com tudo. O problema é que nossa crise atual é fruto de gasto público descontrolado. É preciso definir prioridades, e é melhor gastar um pouco menos com as contas controladas do que gastar um dinheiro que não tem pra gastar. Algo interessante é acabar com o sistema de desonerações atual. Ele custa 60-80 bilhões por ano, que é justamente o superavit primário que o governo não consegue cumprir, e só beneficia lobistas.

Tem evidente relação, pois a proposta de autonomia do BC advém dos economistas da USP (dentre eles podemos incluir, também, o petista Mercadante) que flertam com o programa neoliberal de aumento da independência dos mercados em relação ao governo e Estado e com a redução dos gastos públicos com programas sociais. Diante disso, a autonomia do BC, isoladamente, pode nos levar ao seu pensamento. No entanto, se considerarmos que tal projeto se encontra harmonizado com um de fundo maior, percebemos a relação que existe entre a aludida autonomia e a diminuição das ações afirmativas. Mas, repito, somente se observa a relação "autonomia BC x Ações Afirmativas" se atentarmos para o que vem junto com os projetos de autonomia do BC, a saber, as bandeiras do neoliberalismo.

Sem nenhuma ofensa, isso é bobagem da grossa.

Autonomia do BC não tem nenhuma relação com neoliberalismo, ainda que neoliberais defendam essa autonomia. Autonomia do BC tem relação com democracia e transparência.

Como eu disse, o governo federal define as metas de inflação e o BC tem a obrigação legal de tentar cumprir essas metas. O BC não pode decidir se quer ou não cumprir, decide somente os meios.

O governo do PT sugere que o BC deve ter autonomia operacional, mas nem isso respeita.

A decisão política é a meta de inflação. Definir uma meta de inflação e não buscá-la é mentir pra população e faltar com transparência.

[andremcosta]

Uma questão: Vcs não enxergam contradições no programa de governo de Aécio? Em suas políticas sociais e afirmativas, eu encontrei alguns dispositivos muito interessantes, como, a mero título exemplificativo, a defesa de setores vulneráveis como LGBT, idosos, negros, deficientes, quilombolas, índios, ciganos, etc, bem como o investimento em políticas públicas que a garanta. No entanto, percebe-se algumas características estranhas, no mais das vezes, à promoção de tais projetos, principalmente quando avaliamos a sua proposta de enxugamento do Estado, autonomia do BC, etc. O que vcs acham disso? Eu pergunto isso pq entre Aécio e Marina, estou pendendo à candidatura do tucano.

Autonomia do BC não tem nenhuma relação com isso. O papel técnico principal do BC na nossa economia hoje, motivo pelo qual se defende a autonomia, é cumprir as metas do regime de inflação.

Cumprir meta de inflação que o GOVERNO FEDERAL estipula, temos que lembrar.

Não consigo enxergar aonde isso se relaciona com ações afirmativas.


Quanto ao enxugamento sim. Controlar o gasto público gera diminuição de recursos pra gastar com tudo. O problema é que nossa crise atual é fruto de gasto público descontrolado. É preciso definir prioridades, e é melhor gastar um pouco menos com as contas controladas do que gastar um dinheiro que não tem pra gastar. Algo interessante é acabar com o sistema de desonerações atual. Ele custa 60-80 bilhões por ano, que é justamente o superavit primário que o governo não consegue cumprir, e só beneficia lobistas.

Tem evidente relação, pois a proposta de autonomia do BC advém dos economistas da USP (dentre eles podemos incluir, também, o petista Mercadante) que flertam com o programa neoliberal de aumento da independência dos mercados em relação ao governo e Estado e com a redução dos gastos públicos com programas sociais. Diante disso, a autonomia do BC, isoladamente, pode nos levar ao seu pensamento. No entanto, se considerarmos que tal projeto se encontra harmonizado com um de fundo maior, percebemos a relação que existe entre a aludida autonomia e a diminuição das ações afirmativas. Mas, repito, somente se observa a relação "autonomia BC x Ações Afirmativas" se atentarmos para o que vem junto com os projetos de autonomia do BC, a saber, as bandeiras do neoliberalismo.

Não tem quase nenhum economista da USP hoje com esse prestígio todo. E a USP não tem tendência neoliberal. Eu não consigo lembrar de nenhum economista da USP que defenda corte de gastos com programas sociais, com exceção talvez do Macedo, que saiu de lá faz muito tempo.

[Fonteles]

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Uma questão: Vcs não enxergam contradições no programa de governo de Aécio? Em suas políticas sociais e afirmativas, eu encontrei alguns dispositivos muito interessantes, como, a mero título exemplificativo, a defesa de setores vulneráveis como LGBT, idosos, negros, deficientes, quilombolas, índios, ciganos, etc, bem como o investimento em políticas públicas que a garanta. No entanto, percebe-se algumas características estranhas, no mais das vezes, à promoção de tais projetos, principalmente quando avaliamos a sua proposta de enxugamento do Estado, autonomia do BC, etc. O que vcs acham disso? Eu pergunto isso pq entre Aécio e Marina, estou pendendo à candidatura do tucano.

Autonomia do BC não tem nenhuma relação com isso. O papel técnico principal do BC na nossa economia hoje, motivo pelo qual se defende a autonomia, é cumprir as metas do regime de inflação.

Cumprir meta de inflação que o GOVERNO FEDERAL estipula, temos que lembrar.

Não consigo enxergar aonde isso se relaciona com ações afirmativas.


Quanto ao enxugamento sim. Controlar o gasto público gera diminuição de recursos pra gastar com tudo. O problema é que nossa crise atual é fruto de gasto público descontrolado. É preciso definir prioridades, e é melhor gastar um pouco menos com as contas controladas do que gastar um dinheiro que não tem pra gastar. Algo interessante é acabar com o sistema de desonerações atual. Ele custa 60-80 bilhões por ano, que é justamente o superavit primário que o governo não consegue cumprir, e só beneficia lobistas.

Tem evidente relação, pois a proposta de autonomia do BC advém dos economistas da USP (dentre eles podemos incluir, também, o petista Mercadante) que flertam com o programa neoliberal de aumento da independência dos mercados em relação ao governo e Estado e com a redução dos gastos públicos com programas sociais. Diante disso, a autonomia do BC, isoladamente, pode nos levar ao seu pensamento. No entanto, se considerarmos que tal projeto se encontra harmonizado com um de fundo maior, percebemos a relação que existe entre a aludida autonomia e a diminuição das ações afirmativas. Mas, repito, somente se observa a relação "autonomia BC x Ações Afirmativas" se atentarmos para o que vem junto com os projetos de autonomia do BC, a saber, as bandeiras do neoliberalismo.

Sem nenhuma ofensa, isso é bobagem da grossa.

Autonomia do BC não tem nenhuma relação com neoliberalismo, ainda que neoliberais defendam essa autonomia. Autonomia do BC tem relação com democracia e transparência.

Como eu disse, o governo federal define as metas de inflação e o BC tem a obrigação legal de tentar cumprir essas metas. O BC não pode decidir se quer ou não cumprir, decide somente os meios.

O governo do PT sugere que o BC deve ter autonomia operacional, mas nem isso respeita.

A decisão política é a meta de inflação. Definir uma meta de inflação e não buscá-la é mentir pra população e faltar com transparência.

"

Obrigado pela explicação.

De qualquer forma não fui eu quem disse isso. Ao ler a seguinte notícia:

Única presidenciável negra, Marina sofre resistência entre afrodescendentes - BBC Brasil - NotÃ*cias

Deparei-me com a seguinte observação do presidente da Associação Brasileira dos Pesquisadores Negros:

"Somos [os negros] os mais miseráveis entre os miseráveis no Brasil", afirma Cardoso. "Será que o Estado enxuto que ela promete, de caráter neoliberal, com Banco Central independente, vai conseguir financiar nossas políticas sociais? Os negros dependem muito dessas iniciativas, elas custam mais de R$ 12 bilhões ao governo e são mal vistas pelas oligarquias", diz o professor.

Obviamente que o comentário não se refere ao Aécio, mas acredito que você consiga contextualizá-lo.

[Fonteles]

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Uma questão: Vcs não enxergam contradições no programa de governo de Aécio? Em suas políticas sociais e afirmativas, eu encontrei alguns dispositivos muito interessantes, como, a mero título exemplificativo, a defesa de setores vulneráveis como LGBT, idosos, negros, deficientes, quilombolas, índios, ciganos, etc, bem como o investimento em políticas públicas que a garanta. No entanto, percebe-se algumas características estranhas, no mais das vezes, à promoção de tais projetos, principalmente quando avaliamos a sua proposta de enxugamento do Estado, autonomia do BC, etc. O que vcs acham disso? Eu pergunto isso pq entre Aécio e Marina, estou pendendo à candidatura do tucano.

Autonomia do BC não tem nenhuma relação com isso. O papel técnico principal do BC na nossa economia hoje, motivo pelo qual se defende a autonomia, é cumprir as metas do regime de inflação.

Cumprir meta de inflação que o GOVERNO FEDERAL estipula, temos que lembrar.

Não consigo enxergar aonde isso se relaciona com ações afirmativas.


Quanto ao enxugamento sim. Controlar o gasto público gera diminuição de recursos pra gastar com tudo. O problema é que nossa crise atual é fruto de gasto público descontrolado. É preciso definir prioridades, e é melhor gastar um pouco menos com as contas controladas do que gastar um dinheiro que não tem pra gastar. Algo interessante é acabar com o sistema de desonerações atual. Ele custa 60-80 bilhões por ano, que é justamente o superavit primário que o governo não consegue cumprir, e só beneficia lobistas.

Tem evidente relação, pois a proposta de autonomia do BC advém dos economistas da USP (dentre eles podemos incluir, também, o petista Mercadante) que flertam com o programa neoliberal de aumento da independência dos mercados em relação ao governo e Estado e com a redução dos gastos públicos com programas sociais. Diante disso, a autonomia do BC, isoladamente, pode nos levar ao seu pensamento. No entanto, se considerarmos que tal projeto se encontra harmonizado com um de fundo maior, percebemos a relação que existe entre a aludida autonomia e a diminuição das ações afirmativas. Mas, repito, somente se observa a relação "autonomia BC x Ações Afirmativas" se atentarmos para o que vem junto com os projetos de autonomia do BC, a saber, as bandeiras do neoliberalismo.

Não tem quase nenhum economista da USP hoje com esse prestígio todo. E a USP não tem tendência neoliberal. Eu não consigo lembrar de nenhum economista da USP que defenda corte de gastos com programas sociais, com exceção talvez do Macedo, que saiu de lá faz muito tempo.

"

Você não consegue lembrar de nenhum, pq eu me referi aos economistas uspianos de meados da década de 90.

[andremcosta]

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Uma questão: Vcs não enxergam contradições no programa de governo de Aécio? Em suas políticas sociais e afirmativas, eu encontrei alguns dispositivos muito interessantes, como, a mero título exemplificativo, a defesa de setores vulneráveis como LGBT, idosos, negros, deficientes, quilombolas, índios, ciganos, etc, bem como o investimento em políticas públicas que a garanta. No entanto, percebe-se algumas características estranhas, no mais das vezes, à promoção de tais projetos, principalmente quando avaliamos a sua proposta de enxugamento do Estado, autonomia do BC, etc. O que vcs acham disso? Eu pergunto isso pq entre Aécio e Marina, estou pendendo à candidatura do tucano.

Autonomia do BC não tem nenhuma relação com isso. O papel técnico principal do BC na nossa economia hoje, motivo pelo qual se defende a autonomia, é cumprir as metas do regime de inflação.

Cumprir meta de inflação que o GOVERNO FEDERAL estipula, temos que lembrar.

Não consigo enxergar aonde isso se relaciona com ações afirmativas.


Quanto ao enxugamento sim. Controlar o gasto público gera diminuição de recursos pra gastar com tudo. O problema é que nossa crise atual é fruto de gasto público descontrolado. É preciso definir prioridades, e é melhor gastar um pouco menos com as contas controladas do que gastar um dinheiro que não tem pra gastar. Algo interessante é acabar com o sistema de desonerações atual. Ele custa 60-80 bilhões por ano, que é justamente o superavit primário que o governo não consegue cumprir, e só beneficia lobistas.

Tem evidente relação, pois a proposta de autonomia do BC advém dos economistas da USP (dentre eles podemos incluir, também, o petista Mercadante) que flertam com o programa neoliberal de aumento da independência dos mercados em relação ao governo e Estado e com a redução dos gastos públicos com programas sociais. Diante disso, a autonomia do BC, isoladamente, pode nos levar ao seu pensamento. No entanto, se considerarmos que tal projeto se encontra harmonizado com um de fundo maior, percebemos a relação que existe entre a aludida autonomia e a diminuição das ações afirmativas. Mas, repito, somente se observa a relação "autonomia BC x Ações Afirmativas" se atentarmos para o que vem junto com os projetos de autonomia do BC, a saber, as bandeiras do neoliberalismo.

Sem nenhuma ofensa, isso é bobagem da grossa.

Autonomia do BC não tem nenhuma relação com neoliberalismo, ainda que neoliberais defendam essa autonomia. Autonomia do BC tem relação com democracia e transparência.

Como eu disse, o governo federal define as metas de inflação e o BC tem a obrigação legal de tentar cumprir essas metas. O BC não pode decidir se quer ou não cumprir, decide somente os meios.

O governo do PT sugere que o BC deve ter autonomia operacional, mas nem isso respeita.

A decisão política é a meta de inflação. Definir uma meta de inflação e não buscá-la é mentir pra população e faltar com transparência.

"

Obrigado pela explicação.

De qualquer forma não fui eu quem disse isso. Ao ler a seguinte notícia:

Única presidenciável negra, Marina sofre resistência entre afrodescendentes - BBC Brasil - NotÃ*cias

Deparei-me com a seguinte observação do presidente da Associação Brasileira dos Pesquisadores Negros:

"Somos [os negros] os mais miseráveis entre os miseráveis no Brasil", afirma Cardoso. "Será que o Estado enxuto que ela promete, de caráter neoliberal, com Banco Central independente, vai conseguir financiar nossas políticas sociais? Os negros dependem muito dessas iniciativas, elas custam mais de R$ 12 bilhões ao governo e são mal vistas pelas oligarquias", diz o professor.

Obviamente que o comentário não se refere ao Aécio, mas acredito que você consiga contextualizá-lo.

Entendo.

Bom, em primeiro lugar o cara é mal informado e parcial. 12 milhões é troco de pinga pro orçamento federal hoje, e ninguém quer mexer nisso. A equipe econômica do Aécio já deixou claro que não quer cortar gastos, mas segurar a expansão, o que já é suficiente pra fazer um ajuste ao longo do tempo, porque você reduz gasto/PIB. Além disso, os programas sociais geraram tanto voto pro governo atual, que ninguém vai ser atrever a fazer economia nesse ponto. Praticamente ninguém mais defende cortes com gastos sociais, principalmente os relacionados a pobreza extrema.

O ponto do BC é desinformação mesmo. Um Banco Central protege a política monetária de influências políticas. Isso é extremamente saudável. Ele vai atuar buscando cumprir a meta de inflação, seja presidente o Levy Fidelix, a Luciana Genro ou Eduardo Jorge.

Tentar sugerir que qualquer governante vai acabar com os gastos sociais atuais, que nem são excessivos, é terrorismo político de baixo nível.

[gekinganger]

mas as metas de inflação não seria algo temporário?

[andremcosta]

mas as metas de inflação não seria algo temporário?

Não entendi sua pergunta.

Caso se refira ao regime de metas de inflação, não, é permanente. Há um consenso (até entre a maioria dos heterodoxos, incluindo Mantega) de que um regime de metas de inflação é necessário para o crescimento de longo prazo. Na verdade, o consenso é que estabilidade de preços em um nível razoavelmente baixo é um pré-requisito para qualquer país que queira crescimento de longo prazo, com investimento e ganho de produtividade.

Caso se refira às metas fixadas, sim. São temporárias e estabelecidas pelo governo federal.