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Fonteles
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ekalil
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Fonteles
Acontece que o presente modelo econômico é monetarista, e se baseia em recomendações do mercado financeiro mundial (FMI, OMC, BM) no qual o cerne de tal modelo, não é brincadeira, está fundado na premissa que o conflito monetário entre as nações gera desenvolvimento.
O modelo desenvolvimentista credita ao Estado as iniciativas de intervenção em setores chaves da economia para que o desenvolvimento se dê de maneira acelerada. O BNDES, por exemplo, age, através dos interesses estatais, como uma canal de deslocamento de recursos públicos num dado setor.
Já o modelo monetarista, atualmente em voga no Brasil, ao contrário, se baseia em manter alguns elementos econômicos estáveis, como a inflação, de modo que o próprio sistema econômico proporcione desenvolvimento.
Acontece que isso não está gerando desenvolvimento. Eu já postei aqui que um estudo da ONU PROVOU por A+B que o neoliberalismo garante a concentração de renda nos países centrais. ESTÁ COMPROVADO QUE OS PAÍSES PERIFÉRICOS ESTÃO TRANSFERINDO SUAS RIQUEZAS PARA OS PAÍSES CENTRAIS!!!(se quiserem eu posto novamente o link);
Pq transferem riquezas? Pq a noção de superávit primário só existe para se garantir o pagamento de dívidas, que nascem com as elevadas taxas de juros, para se manter equilibrada a inflação. Essas taxas de juros deixam o mercado financeiro internacional rico, a despeito do desenvolvimento nacional
Se estivéssemos alinhados a um modelo desenvolvimentista a gente iria revisar esses juros, e deixar de pagar o que entenderíamos por abusivos, de modo a desenvolver a industria nacional
Nossa industria é ineficiente e inexiste, pq a Administração Pública não tem dinheiro para investir. Daí a gente só fica produzindo commodities e não desenvolvemos alta tecnologia.
Sick
Sim cara, mas vc consegue entender que a opcao a isso teria grandes chances de ter um resultado ainda pior, jogando fora a estabilidade conquistada ao londo de tantos anos?
Qual vc acha que seria a reacao dos investidores se o Brasil romper com o tripe? Vc acha que nao deveriamos nem pensar nisso e nao nos importamos com a opiniao deles? Vc acha vale a pena ir pra esse
gamble?
Claro que não ekalil. Nós somos um país soberano ou não? Ah não né? São os investidores que são os soberanos da história. Isso não pode ser admitido. Vc deseja passar o resto da vida pagando juros?
Para que o déficit habitacional, logística, industrial, de transporte, educacional, de saúde, de infra estrutura...etc a gente tem que ter dinheiro mas os caras são sanguessugas.
E que mané estabilidade é essa? Faz tempo que vc não vem ao Brasil, pelo jeito. A estabilidade é dos bancos internacionais, pois a nossa ecnomia está tudo, menos estável
Daí quando o Brizola falou que a merda da equipe economica do Lula é a mesma coisa da do FHC ngm acreditou. Tudo neoliberal. Por ngm leva a sério o PT, na ampla frente de esquerda.
Para uma mudança programática de governo, estabelecendo como prioridade real o ataque a esses problemas – que entre outras vantagens elevaria a competitividade sistêmica do país -, seria necessário libertar o importante mecanismo da dívida pública dos interesses que hoje a aprisionam.
Desde os anos 1990, quando o Brasil começou a trilhar o caminho da abertura financeira, da abertura comercial e das privatizações a dívida pública passou a ser uma peça-chave para a estabilidade macroeconômica de interesse dos bancos, das multinacionais. O custo desta “estabilidade” para o país e para os trabalhadores é elevadíssimo, mas, em geral, não compreendido pela população.
Apesar, por exemplo, da propaganda que procurava legitimar as privatizações das estatais, no auge do governo FHC, prometer mais investimentos do Estado nas áreas sociais, na infraestrutura logística, além de serviços de melhor qualidade, tarifas mais baixas e redução da dívida pública, o que temos hoje? Serviços privatizados, com qualidade precária, tarifas elevadas, crise de financiamento na saúde e na educação e um aumento vertiginoso do endividamento público.
QUE ESTABILIDADE É ESSA QUE EU NÃO CONHEÇO?
A dívida pública em títulos – principal instrumento de financiamento do governo – correspondia a algo em torno de 10% do PIB, ao final do governo Itamar e início do mandato de FHC. Hoje, essa dívida ultrapassa o valor correspondente a 60 % do PIB. Mais grave: pela forma como a dívida pública é gerida, quase a metade do Orçamento Geral da União, anualmente, é consumida com o pagamento de juros e amortizações relativos a essa dívida, que não para de crescer, mesmo com o esforço do propalado “superávit primário”, que desde 1999 é realizado, sob o pretexto de se “reduzir a dívida pública”.
Portanto, reorientar os investimentos públicos para as reais necessidades da população, além de fortalecer as bases dinâmicas de uma economia sob controle nacional, com empresas nacionais e estatais, implicaria, inicialmente, profundas mudanças na ordem macroeconômica, em especial no tripé composto pelas políticas cambial, monetária e fiscal.
O crescimento da dívida pública está intimamente ligado aos custos que a política e o regime cambial que temos impõem. Tanto o regime de câmbio quase fixo, no início do Plano Real, quanto o regime de câmbio semiflutuante, adotado a partir de 1999, subordinam a política monetária a adotar juros reais muito elevados, pois o objetivo é manter o câmbio valorizado, como instrumento espúrio e artificial de controle da inflação.
De fato, a única “conquista” ou “vantagem” que a hegemonia política que se forjou a partir do Plano Real pode apresentar nesses longos anos foi a dita “vitória contra a inflação”. Outras vantagens mais recentes, como a expansão do crédito, estiveram relacionadas às condições de endividamento de grandes empresas no exterior – especialmente, bancos e multinacionais –, com taxas de juros muito baixas e alta rentabilidade garantida internamente, pelas altas taxas de juros vigentes no mercado doméstico. Essas empresas – concentradoras de renda e riqueza – são as grandes beneficiárias desse esquema de endividamento externo e concessão de empréstimos/financiamentos internos, com elevadas taxas de juros.
A alternativa colocada pelo próprio governo será reabrir as discussões com os setores interessados, buscando ouvi-los, no intuito de respondê-los com mais concessões de vantagens e garantias de um negócio sem riscos e de lucratividade elevada e sem incertezas. É o exemplo claro de um Estado totalmente dominado pelo capital.
Não estaria na hora de se inverter essa tendência? Não está mais do que passada a hora do Estado, com a elevada carga de impostos paga pelos trabalhadores, assumir tarefas e investimentos necessários à garantia de um melhor padrão de vida aos brasileiros? O que impediria o Estado assumir diretamente os investimentos e a gestão das políticas sociais e de infraestrutura, essenciais ao bem estar das maiorias? Por que o Estado e suas empresas – submetidas a forte controle social – não poderiam construir, gerir e manter atividades essenciais ao interesse social?
tl;iri