3787LikesComo leigo, eu nunca consegui entender a lógica de um Deus bom e misericordioso deixar que pessoas fossem pro inferno (tortura eterna) após a morte.Postado originalmente por $argento.com
Nem nós humanos aceitamos penas de torturas prolongadas.
Como leigo, eu nunca consegui entender a lógica de um Deus bom e misericordioso deixar que pessoas fossem pro inferno (tortura eterna) após a morte.
Nem nós humanos aceitamos penas de torturas prolongadas.
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Porque a interpretação do texto está incoerente. Assunto complexo e muito complicado. @Kleber
A separação dos livros por capítulos e versículos, incumbindo ensinamentos de pensadores da época, tornou o que temos hoje, um monte de preguiçoso. Não estou dizendo que os escritos são uma farsa, mas muitas interpretações sim.
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Eu poderia topar um tópico a parte, junto com a comunidade judaica, filósofos e ...
Mas sem debater, anjos, "maça", filhos de deus com o dos homens, dinossauros, anjo caído, demônio. Algo referente ao escritos e interpretação.
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Vou tentar explicar com palavras simples o por que ateus em geral pensam de maneira mais racional do que religiosos. É ÓBVIO que existem ateus que são ateus simplesmente por rebeldia ou revolta com a vida e é ÓBVIO que existem inúmeros religiosos que acreditam na ciência, mas vou explicar a experiência de se tornar ateu no Brasil na prática para quem nunca passou por isso.
Tudo começa quando você nasce e é batizado, sem ninguém te perguntar qual religião você quer seguir. Você cresce um pouco e lá pelos 12 anos dizem que você tem que fazer primeira comunhão, você freqüenta as aulas de catecismo, aprende vários tipos de rezas, mandamentos, ensinamentos, músicas e alguns valores que eu considero ótimos para qualquer um. Você aprende sobre a vida de Jesus Cristo e o que ela representa, aprende histórias sobre Moisés, Adão e Eva, Abraão e mais uma porrada de coisa. Você acredita nisso tudo como se fosse verdade absoluta e ninguém que você conhece ousa a discordar.
Chega a quinta série do ensino fundamental, você já ouviu falar dos dinossauros e como eles foram extintos. Aí chega seu professor de ciências, ou biologia e te conta a história de um homem chamado Charles Darwin. Ele conta que Darwin desenvolveu um estudo científico que meio que contradiz o que você aprendeu no catecismo, você fica sabendo que o seu código genético é muito parecido com o de um chimpanzé e que vocês tem ancestrais em comum, muito no passado, mas a evolução fez cada um tomar rumos diferentes em algum ponto. Nas aulas de história, você aprende que o Homo Sapiens não veio do barro, ele é a evolução do "homem das cavernas". Você começa a se questionar se realmente Deus criou Adão e Eva e se aquela história for mentira, será que o resto também não é?
Aí chega a hora que sua cabeça explode, a hora que você fica sabendo da teoria do Big Bang, uma explosão monstruosa que criou tudo o que existe no Universo. No começo você pensa, não, isso não pode ser verdade, é ridículo, como pode ter tudo isso surgido de uma explosão? Como tudo o que existe podia estar concentrado em um único ponto? Você começa a se interessar por essa história, começa a assistir Discovery Channel, começa a pesquisar sobre o Big Bang e começa a ver como os cientistas chegaram a essa conclusão. Você acha incrível, como podem existir pessoas tão inteligentes a esse ponto. Como 500 anos atrás conseguiram dar o ponta pé inicial para essas descobertas. Aí você acaba descobrindo que esse ponta pé inicial foi dado por pessoas que desafiaram a toda poderosa igreja católica, a igreja em que você foi criado, você descobre que a igreja prendia e matava esses cientistas fantásticos, que mesmo sem recursos, estavam certos. Você fica muito puto com isso. Como a mesma instituição que te ensinou tanta coisa podia fazer aquelas coisas? Você começa a pensar cada vez mais e mais sobre isso, começa a entender que a Bíblia não foi escrita por Deus e sim por homens, começa a entender que a igreja católica foi e talvez seja até hoje a instituição mais poderosa e rica do planeta. Nesse ponto você começa a questionar seriamente a existência de Deus, e depois que você pensa bastante você começa a não acreditar mais em Deus e sim na ciência, a ciência vira o seu Deus, o método científico são os seus mandamentos e você para de acreditar nas coisas que não tenham explicação, você simplesmente coloca essas coisas sem explicação em 2 colunas, plausíveis e não plausíveis. Aquela história de que tudo é possível, basta ter fé, você vê que não passa da maior balela de todas, se as leis da física não permitirem, nem Deus e nem o Diabo vão fazer acontecer.
Depois de tudo isso, você resolve compartilhar seus pensamentos com algumas pessoas próximas a você, começa com seus melhores amigos e familiares. Eu tive a sorte de ser compreendido pelas pessoas mais próximas, mas tem gente que não tem a mesma sorte. Então depois das minhas idéias fazerem sentido para essas pessoas, foi a hora de começar a dar meu ponto de vista sempre que surgia o assunto religião. Acho que todo mundo consegue imaginar o que eu ouvia. Coisas do tipo: Nossa, como alguém pode não acreditar em Deus? Quem não tem fé, não tem nada. Eu tenho pena de quem não tem fé. Quem não acredita em Deus é capaz de fazer coisas horríveis. As pessoas associando crimes bizarros a falta de Deus no coração.
Ou seja, depois de estudar pra caralho esse assunto e discutir ele com muita gente, eu percebi que existe uma regra que funciona muito bem para mais de 90% dos casos. Quanto mais religiosa a pessoa, mais ela me achava um idiota por não acreditar em Deus e o inverso também era verdadeiro. As pessoas mais religiosas são as que acham que a teoria da evolução é só uma teoria, acham que dinossauros não existiram, acham absurdo o Universo ter surgido de uma explosão. E são elas que levam ao pé da letra a história de Adão e Eva, Moisés abrindo o Mar Vermelho, Noé colocando toda a fauna mundial dentro de uma arca.
Tenho certeza que tirando os revoltadinhos sem causa, TODOS os ateus passaram por uma história bem parecida com essa que eu contei aqui, e é por isso que nós ateus costumamos colocar a religião e a ciência em lados opostos em qualquer discussão. Mas isso não significa que achamos que todo religioso ignora a ciência e nem que todo ateu é um cientista.
TL DR
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@RRetired quantos anos vc tem? Vc fala ateus brasileiros?
Tirando as escolas que tem como doutrina o ensino religioso, seja cristão, espírita, candomblé, muito difícil nos dias atuais (BRASIL) seguir essa linha. Ensinamentos Apostólico Romano perdeu espaço para o modismo gospel. Tanto que os parlamentares religiosos cristãos, tentam novamente resgatar esses ensinos.
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Na verdade para minha educação infantil (tenho 30 anos), foi maior ausência de religião do que hoje, que procuro aprofundar-me um pouco mais. RELIGIÃO - Não o culto em si, os estudos mais afinco das suas civilizações.
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Desculpe-me, mas tenho que informar que isso é um pensamento pequeno, diante de uma complexidade dessa natureza.
Como nosso país foi colonizado por portugueses, adotamos a sua religião.
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Gostei quando você falou que nem tudo é possível, as leis da física não permitem. Serve de ambiguidade.
Ninguém é obrigado acreditar toda fauna em uma arca, mas também não da para retirar da humanidade, história de uma civilização e seus deus, que diga o Egito por exemplo. Alguém aqui já visitou as pirâmides egípcias?
Última edição por afsalagoas; 18-06-2014 às 13:10.
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Esse primeiro parágrafo mereceria uma elaboração bem forte por trás tb, pq a princípio soa como uma afirmação bastante vazia.
Anyway, quanto ao ponto da discussão, fiquei curioso pra ver o argumento completo. Sua sinopse serviu pra aguçar a curiosidade, mas permaneceu sem revelar muito.Vai entrar mesmo na lista de coisas pra ler.
Btw acho bem importante essa diferença que vc esclareceu para o Yves. Mesmo que o problema do mal chegasse a ser resolvido do ponto de vista filosófico, o que eu continuo achando muito difícil, imo ele ainda seria muito mais complicado de se resolver dentro da teologia cristã.
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Nice post RRetired.
Mas vou te falar que meu caminho foi meio diferente. Eu me afastei da religião estudando a própria religião, e um pouco de filosofia, pra mim a curiosidade em saber mais sobre a ciência só veio mais tarde. Daí pra frente sim, o meu fascínio com a compreensão de como as coisas de fato funcionavam foi bem semelhante ao seu.
Imo duas coisas são notáveis pra quem se aprofunda no estudo de religiões uma é a ausência de base sólida pra confirmar as suposições feitas (o que não é um problema caso vc tenha fé) e a segunda é a impossibilidade de diferenciar pq a sua religião tem mais coerência do que a dos demais religiosos que discordam dela.
Meu primeiro passo em direção ao questionamento constante das coisas acho que foi esse, perceber que todas as religiões faziam sentido dentro de seu próprio conjunto de premissas. Embora a maioria possua contradições bem óbvias, e em geral sejam incompatíveis entre si, todas são igualmente convincentes desde que vc não exija nenhuma evidência.
Desnecessário dizer que começar a entender como supostas experiências religiosas funcionam sem a necessidade de auxílio sobrenatural foi o prego no caixão das religiões pra mim. Mas já falamos sobre isso.
Lembrei desse vídeo enquanto escrevia esse post:
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@zombie - Você estudava qual área ou qual religião? --->>>>
Fico aqui tentando ver onde me encaixo. Só eu, que não teve tanta interferência religiosa assim na educação infantil. Tenho 30 anos. Como gostaria de saber a opinião da juventude, 18 ~ 25 anos. Porque no meu ponto de vista, adolescência atual, ta nem aí para RELIGIÃO.
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Tb estou prestes a fazer 30. Sou de família cristã e meu pai vendia livros religiosos como um side job, então sempre tinha muito material de leitura em casa. Eu gosto muito de ler e tinha meus motivos pra me interessar pelo sobrenatural, então devorava tudo que eu conseguia.
O principal era teologia cristã, mas tinha muita coisa espírita também. Filosofia (não religiosa) e outras religiões vinham meio em segundo plano, mas sempre tinha alguma coisa.
A filosofia chegou a me afetar um pouco, Nietzsche e Kant foram possivelmente os maiores aha moments pra mim dentro dela. Mas a maior parte das conclusões anti-religião surgiram de forma espontânea na minha mente percebendo a ausência de consistência das religiões tanto na defesa de seus argumentos quanto nas críticas a outras crenças.
Não li nada dos ateus famosos que geralmente a galera cita por aqui, tipo Dawkings e Sagan, embora tenha algum interesse pelos trechos que já ouvi. As vezes deve parecer que eu estou sempre lendo material religioso, pelas coisas que eu cito em discussões por aqui, mas a verdade é que raramente paro pra ler qualquer coisa nesse sentido. Tenho é muito conhecimento "inútil" acumulado dessa época mesmo.
Hoje gosto bastante de me atualizar sobre física, biologia, neurociência, etc. Acho uma pena, e falo por experiência própria, que nego perca tanto tempo lendo e aprendendo sobre fantasias quando o universo real é tão mais interessante e cheio de surpresas.
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Ateus são mais racionais do que religiosos e aí sua cabeça explode quando descobre que uma tal teoria do big Ben, etc. Mas tudo isso sem saber que a tal teoria do big Ben vem da cabeça de um religioso que era padre e muito menos que a teoria do big Ben sepultou a teoria em que os ateus famosos e admiráveis (Bertrand Russell, i. e.) creditavam que era a teoria do universo estacionário.
Blz.
Última edição por $argento.com; 18-06-2014 às 16:00.
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O problema é saber o limite entre o real e o imaginário...Tb estou prestes a fazer 30. Sou de família cristã e meu pai vendia livros religiosos como um side job, então sempre tinha muito material de leitura em casa. Eu gosto muito de ler e tinha meus motivos pra me interessar pelo sobrenatural, então devorava tudo que eu conseguia.
O principal era teologia cristã, mas tinha muita coisa espírita também. Filosofia (não religiosa) e outras religiões vinham meio em segundo plano, mas sempre tinha alguma coisa.
A filosofia chegou a me afetar um pouco, Nietzsche e Kant foram possivelmente os maiores aha moments pra mim dentro dela. Mas a maior parte das conclusões anti-religião surgiram de forma espontânea na minha mente percebendo a ausência de consistência das religiões tanto na defesa de seus argumentos quanto nas críticas a outras crenças.
Não li nada dos ateus famosos que geralmente a galera cita por aqui, tipo Dawkings e Sagan, embora tenha algum interesse pelos trechos que já ouvi. As vezes deve parecer que eu estou sempre lendo material religioso, pelas coisas que eu cito em discussões por aqui, mas a verdade é que raramente paro pra ler qualquer coisa nesse sentido. Tenho é muito conhecimento "inútil" acumulado dessa época mesmo.
Hoje gosto bastante de me atualizar sobre física, biologia, neurociência, etc. Acho uma pena, e falo por experiência própria, que nego perca tanto tempo lendo e aprendendo sobre fantasias quando o universo real é tão mais interessante e cheio de surpresas.
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