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Tópico: E aí, já conheceu um viciado de perto?

  1. #71
    Grinder
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    23/02/17
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    Citação Postado originalmente por HerculesHS Ver Post
    Eu como dealer a 7 anos, praticamente no mesmo clube. Conheço todos os parceiros da cidade, tem um ou outro viciado sim mas esse tipo de jogador dura pouco, até mesmo porque o cara é obrigado a parar de jogar. Se não fica devendo a vida.(a não ser que ele seja muito rico e perder 1k~2k por session) Mas geralmente não são viciados somente no poker, isso já vem de outros jogos antes mesmo de conhecer o poker.
    Perdoe-me antecipado. O mundo do pôquer é tão grande que um "clube", seja ele qual for não pode ser uma base, parâmetro de análise.

    Outro grande problema desse tópico é associar que são apenas viciados os que perdem muita grana isso é um erro.
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  2. #72
    World Class Avatar de luigibr
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    25/11/09
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    Lol @ 2.8% de viciados no poker.
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  3. #73
    Grinder
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    23/02/17
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    Citação Postado originalmente por luigibr Ver Post
    Lol @ 2.8% de viciados no poker.
    Pois é. Fiquei na dúvida se é com Rake ou sem Rake.

    O Dealer disse que tem viciado e esse tipo de jogador dura pouco. Fiquei imaginando o que acontecem com eles?

    1 - Quebraram?
    2- Perceberam a realidade e resolveram dá um stop?
    3- Com tanta vergonha, migraram para outro lugar?
    4 - Segundo afirmação do mesmo: "não são viciados somente no pôquer", descobriram outros? Bets online, cuspe a distância?
    5 - Suicidaram?

    KD - O meu Big Hit. Sempre o que tem mais ficha vence all-in pf?

    Quantos A tem nesse jogo, sempre bate o A. Vou passar um blefão nesse spot, all-in no river com AIR, ele vai foldar. All-in, time bank em ação, vilão utilizando o time bank 44,41, 38, ... 26 ele vai foldar, tem que foldar, 21,15, esse spot é importante para mim, são 30bbs, 14 da FOLD logo, 11, 8, 6, 4, acaba tempo, 3, 2, 1 Vilão Call. Como pode esse Call, 2nd Pair em uma board dessa, com K high e str river, omgggggggggg que Donkey...
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  4. #74
    World Class Avatar de luigibr
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    Citação Postado originalmente por PKR-NA Ver Post
    Citação Postado originalmente por luigibr Ver Post
    Lol @ 2.8% de viciados no poker.
    Pois é. Fiquei na dúvida se é com Rake ou sem Rake.

    O Dealer disse que tem viciado e esse tipo de jogador dura pouco. Fiquei imaginando o que acontecem com eles?

    1 - Quebraram?
    2- Perceberam a realidade e resolveram dá um stop?
    3- Com tanta vergonha, migraram para outro lugar?
    4 - Segundo afirmação do mesmo: "não são viciados somente no pôquer", descobriram outros? Bets online, cuspe a distância?
    5 - Suicidaram?

    KD - O meu Big Hit. Sempre o que tem mais ficha vence all-in pf?

    Quantos A tem nesse jogo, sempre bate o A. Vou passar um blefão nesse spot, all-in no river com AIR, ele vai foldar. All-in, time bank em ação, vilão utilizando o time bank 44,41, 38, ... 26 ele vai foldar, tem que foldar, 21,15, esse spot é importante para mim, são 30bbs, 14 da FOLD logo, 11, 8, 6, 4, acaba tempo, 3, 2, 1 Vilão Call. Como pode esse Call, 2nd Pair em uma board dessa, com K high e str river, omgggggggggg que Donkey...
    IMO, é muito difícil de visualmente saber quem é viciado ou não, especialmente porque não há parâmetro confiável para isso. Não dá para comparar com bebida, porque beber só dá lucro pro dono do boteco. É uma atividade que envolve dinheiro, então o parâmetro não pode ser o mesmo.

    Existem jogadores muito lucrativos que são viciados, são workaholics, trabalham com o poker por 12, 14 horas por dia, dormem pouco, comem mal, e não fazem nada além de jogar. Esses caras não são necessariamente prejudicados monetariamente pelo vício, mas não significa que é vício.

    Por outro lado, tem tiozão rico que queima grana nos clubes, e não é por isso que é viciado. Pra um cara que ganha 50, 100 mil por mês, gastar 5 jogando poker não dá nada. Da mesma forma que tem gente que gosta de ir ao futebolzinho com os amigos no fim de semana, o tiozão rico gosta de jogar conversa fora, beber e tacar ficha na mesa. Não é necessariamente um vício.

    Analisando algumas diretrizes de estudos psicológicos, os elementos do vício considerados incluem: envolvimento no comportamento para atingir efeitos de apetite, preocupação com o comportamento (seja da pessoa, seja dos que estão próximos a ela), satisfação temporária, perda de controle e o sofrimento de consequências negativas.

    Além disso, há que se diferenciar vício de compulsão. Compulsão pode dar origem ao vício, mas, analisando no curto prazo, as duas coisas podem se confundir.

    Vício é geralmente algo visto pela literatura da área como um processo, algo que se desenvolve com o tempo.

    Exemplificando o que falei, alguém se engaja no comportamento viciante pela questão de apetite. Esse apetite pode ser forma de reduzir a dor, aumentar a sensação de bem-estar e excitação, ou até mesmo uma fantasia. Há o apetite hedonista, que é o que envolve drogas, sexo e jogos, e há o apetite positivo, que nem sempre é visto como vício, mas o é, e que envolve ajudar compulsivamente alguém, vício em compras, em trabalho, sexo ou exercícios. Além disso, há quem se vicie em uma atividade por querer fantasiar-se excessivamente em outra realidade ou para esquecer dos problemas. Usando o poker como exemplo, se jogar poker faz você esquecer do seu chefe e dos problemas no casamento, ou te faz se sentir um gângster nova-iorquino, é o começo desse comportamento.

    A preocupação com o comportamento se dá pelo fato de alguns viciados se sentirem diferentes do resto das pessoas, podendo ser caracterizado como uma leve sensação de desconforto, solidão, impaciência ou até mesmo a sensação de se estar incompleto, e precisando preencher esse vazio com algo.

    O terceiro elemento, a satisfação temporária, é aquele que mais costuma ajudar na hora de definir um vício. Depois de um envolvimento agudo com o objeto do vício, uma sensação de alívio e bem-estar se sucede, mas que logo dá lugar à necessidade de se engajar novamente naquela atividade. No período em que a pessoa não está envolvida na atividade em que é viciada, ela tem uma sensação de distração, não conseguindo pensar ou se focar em nada. Para piorar, de acordo com o Modelo de Incentivo Motivacional, atividades não viciantes tendem a não oferecer o mesmo alívio que as viciantes.

    A perda de controle é o estágio mais pronunciado, e é aquele que demora mais a aparecer no processo de vício. A pessoa nesse estágio pode até querer parar com o comportamento viciado, mas ela não consegue. Ela se sente compelida a continuar, deixando até mesmo de se cuidar ou de se preocupar com outros que são importantes a ela, pelo simples fato de que o vício está no comando. Para piorar, viciados tendem a ter uma memória ainda mais seletiva que a maioria das pessoas, lembrando-se fortemente dos momentos positivos vividos com o vício do que dos negativos. Assim sendo, um viciado em jogo vai se lembrar da vez em que ganhou uma boa grana jogando, e vai se esquecer de todas as outras vezes nas quais perdeu ainda mais.

    O último aspecto, onde as consequências negativas são mais pronunciadas, é o ponto no qual a vida da pessoa gira em torno do vício. Enquanto que nos estágios anteriores, ainda há algum tipo de gratificação pelo vício, a pessoa nesse último aspecto só experimenta os fatores negativos. Ela tem desconforto físico, sua aprovação social está no fundo do poço, perdas financeiras se acumulam e a autoestima da pessoa já era. Com isso, cada ínfima parcela de gratificação instantânea serve como uma boia temporária, que impede, na opinião do viciado, um afundamento maior.

    A última coisa nesse sentido é a diferenciação entre compulsão e vício. A compulsão geralmente tem cinco aspectos principais: desejo espontâneo de fazer determinada coisa, uma sensação temporária de se estar fora do controle, conflito psicológico referente ao comportamento imprudente, "aceitar menos" para atingir os mesmos fins e a ignora das consequências negativas.

    A grande diferença na psiquê de compulsão e vício é que a compulsão não gera a sensação de prazer e satisfação que o vício causa. Alguém compulsivo por lavar as mãos, por exemplo, pode sentir uma diminuição no nível de ansiedade ao fazer isso, mas não sente prazer e gratificação ao fazê-lo. Além disso, no vício, a mente não questiona as atitudes, e certamente, não aceita menos. Se você é viciado em álcool, dificilmente vai aceitar beber só uma latinha de cerveja ou uma garrafa de Smirnoff Ice e se contentar com isso. Sendo viciado em jogar poker, por exemplo, não é uma mesinha de Sit and Go que vai satisfazer sua vontade. E se é fumante, não basta dar duas tragadas e jogar o cigarro fora. Você precisa de mais, e sua mente vai buscar sempre justificar de forma positiva a necessidade desse mais.

    Mesmo no estágio em que a pessoa já presencia as consequências negativas do vício, ela ainda tem a gratificação e a satisfação instantâneas. É como uma masturbação, na qual, mesmo a pessoa se sentindo feia e indesejada, ela ainda tem aquela sensação de prazer, mesmo que temporária, depois do ato. No caso de uma compulsão, a sensação é de alívio, não de prazer.

    Sei que escrevi demais, e a maioria vai brincar de tl;dr, mas acho que esse é um assunto sério, que ultrapassa as barreiras do poker e deste fórum, e que tem repercussões na vida. Nem todo vício é negativo ou traz consequências negativas aparentes, e essa distinção é importante.
    Afasia and hexawobz like this.
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  5. #75
    Grinder
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    Concordo! Li todo o texto.

    Eu até postei em algumas páginas anterior, que não tem problema nenhum em jogar pôquer, ser um vencedor, conseguir metas sensacionais, isso é dedicação.

    Se quiser conferir: aqui

    Para mim o maior problema é querer vender uma imagem produtiva, que só tem o lado bom da história e apenas 3% é o ruim, aí não.

    É de inteira responsabilidade os mais experientes no assunto, passar, esclarecer essa informação para os mais novos, mas... De onde provém o lucro?

    Eu apostaria minhas fichas, mesmo restando alguns outs para conseguir o mesmo que o % de fracassados, derrotados, humilhados e por último os viciados, sobressai e muito o outro lado da moeda. Óbvio que tratando o assunto como de cunho profissional.

    Sem falar que a cada ano que passa as coisas ficam mais apertada para os Reg´s Winners, com as mudanças proposta.
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  6. #76
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    Citação Postado originalmente por lukanicos Ver Post
    uma vez um alcoólatra conversando comigo me disse que pra sabermos se uma pessoa é alcoólatra existem 3 perguntas a serem respondidas com "sim" ou "não". Se nessas 3 perguntas, duas respostas forem "sim", a pessoa é considerada alcoólatra. São elas: você bebe sozinho? você bebe de manhã? você bebe todos os dias?

    quais perguntas seriam ok pra se fazer a pessoas q jogam poker pra saber se ela é viciada ou não? é importante salientar que o vício não ta presente só em quem perde grandes quantias e etc
    bebo sozinho mas não de manhã.
    bebo na praia de manhã com os amigos.
    não bebo todos os dias.

    e não sou viciado..muito pelo contrário.
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  7. #77
    Amador
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    lendo esse tópico lembro dessa declaração do grande jogador Daniel Colman, interessante maneira como ele expôs e o momento da carreira em que ele estava

    @mrgr33n13
    Não devo explicações a ninguém, mas vou dar uma…

    Primeiro, não devo nada ao poker. Tive a sorte de me beneficiar financeiramente deste jogo, mas joguei o bastante para ver o lado feio deste mundo. Não é um jogo onde os profissionais estão sempre felizes, vivendo uma vida plena. Ter um trabalho onde você é refém da variância pode ser insanamente estressante e pode levar a muitos hábitos ruins. Nunca, em um milhão de anos, recomendaria a alguém tentar ser um jogador profissional de poker.

    Também não é um jogo em que os amadores estão sempre felizes por perder dinheiro em nome do entretenimento. Os perdedores perdem mais nesse jogo do que os ganhadores ganham. E muito desse dinheiro eles não poderiam gastar. Claro, está tudo bem, se alguém é burro o suficiente pra jogar com dinheiro que ele não poderia perder, o problema é dele. Mas não acho isso. No mundo perfeito, os mercados são feitos de consumidores bem informados fazendo transações racionais. Infelizmente, na realidade não é assim. Os mercados são baseados em anúncios que tentam mexer com os impulsos das pessoas e que visam suas fraquezas, para que tomem decisões irracionais. Entendo que alguém queira jogar poker e tenha livre arbítrio pra isso, mas não concordo com a publicidade do jogo, assim como não concordo com publicidade de álcool e cigarros.

    Me incomoda que as pessoas se preocupem tanto com o bem estar do poker. Poker é um jogo que tem um lado negativo forte sobre as pessoas que jogam. Tanto financeiramente, quanto emocionalmente.

    Sobre promover a mim mesmo, acho que as conquistas individuais deveriam ser raramente comemoradas. Não farei parte disso por outros, e não gostaria que fizessem isso por mim. Se você quer saber porque nossa sociedade é tão obcecada pelo sucesso de indivíduos e pelo ego exagerado, não é por acaso. Se você faz com que as pessoas pensem que o melhor é “ganhar bem e pensar só em si mesmo”, então elas passam a ignorar a vida em sociedade, o que é bom para os sistemas de poder. Também serve para distrair as pessoas e para elas pensarem em assuntos menos importantes.

    Este é apenas o meu ponto de vista. E sim, eu sei que isso é conflitante. Eu ganho muito nesse jogo que atinge as fraquezas das pessoas. Eu adoro o jogo, amo a parte estratégica dele, mas vejo como um jogo sombrio.

    Ficarei feliz em ler opiniões das pessoas que podem me convencer de outros pontos de vista.


    Daniel Colman atual campeão do Big One for One Drop
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  8. #78
    Table Captain Avatar de Mandracon
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    Imagina esse cara na downswing, deve ser pior q a tpm da minha mulher
    senvolvejao likes this.
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  9. #79
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    Eu tenho a seguinte opinião:

    - Se a pessoa não precisa do dinheiro do Poker para sustentar a família, mas mesmo assim joga todos os dias mais de 3 a 4 horas não tem como falar que o cara não é viciado, Lógico que é. A questão é se este vicio atrapalha a vida social e financeira da pessoa.

    - Infelizmente a mídia do Poker tem aquela quase sagrada máxima que Bankroll e volume é o sucesso no Poker. E todos sabemos que não é. Se o cara for ruim pode ter 500 bi de Bankroll e 15 horas de jogo com 15 telas que vai ser negativo do mesmo jeito.

    Muita gente começa jogando achando que vai ser profissional e ficar rico e pode acabar ficando viciado, se não atrapalhar a vida nem financeiramente ou socialmente não vejo nada de errado nisso.
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  10. #80
    Professional Avatar de DonM4RCO
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    Mas isso não é só no poker, o que não falta é pessoas com "sonhos", e outras tantas aproveitando disso e vendendo ilusões.

    Já a questão de perdas, um cara pode ir no clube para jogar freeroll e gastar 200 conto com rebuys e add-on, já que a meta é se divertir blefando e gambleando, isso seria um vicio ? Se ele fosse rico poderia ? não seria vicio da mesma forma ou é apenas diversão ?

    Eu comecei a jogar poker online, depois de um ano jogando resolvi conhecer o live em um clube, e lembro que foi um choque ver os donkeys cara a cara, você da aquele allin nuts e o cara paga e diz "Você está ganhando né, mas eu preciso ver, call". No começo é estranho, você vendo o cara ali e já sabe que ele é um doador, que está jogando caça-níquel.
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