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Tópico: Entrevista da tia do lilholdem para a CardPlayer (Vale a pena)

  1. #1
    Breakeven
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    Entrevista da tia do lilholdem para a CardPlayer (Vale a pena)




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    GERAL
    “Ele nunca foi o mesmo depois da Black Friday”, diz tia de Chad Batista

    Ex-número 1 do mundo faleceu aos 34 anos

    4/9/2015 15:34:42






    Chad Batista liderou o ranking do PocketFives entre agosto de 2007 e julho de 2008
    Menos de duas semanas após a morte de Chad Batista, com exclusividade, a Card Player conversou com a tia que criou ogrinder, Louise Batista. No bate-papo com o jornalista Brian Pempus, ela falou sobre os altos e baixos do norte-americano, o alcoolismo e como a Black Friday afetou a vida de um dos melhores jogadores de MTTs da história da internet. Confira:

    Brian Pempus: Como a Black Friday afetou de fato a vida do Chad?

    Louise Batista: Afetou ele de todas as formas possíveis. Nós vivíamos na Florida na época, já o Chad ainda morava em Las Vegas. Era como se ele não fosse ele mesmo depois da Balck Friday. Ele se ressentiu pelo fato de que, para continuar jogando no mesmo nível ele teria que se comprometer a jogar ao vivo ou sair dos Estados Unidos, o que o deixaria sem muitas oportunidades de passar algum tempo com a família. Quando aconteceu, foi como se tivessem puxado o tapete dele. Eu acho que ele nunca pensou que algo assim pudesse acontecer. Foi um fato que afetou muitas pessoas, mas, principalmente ele, porque ele não tinha outra profissão, algo para o qual voltar.

    Depois disso, ele deixou Las Vegas e voltou para a Flórida, onde ficou por um ano. De lá ele decidiu ir para o México, porque era um dos únicos países que ele poderia ir dirigindo e ainda levar os cachorros. Ele não iria a lugar nenhum sem aqueles cachorros. Porém, o México foi um inferno.

    BP: Por que ele não gostava de lá?

    LB: O México não era, de jeito nenhum, um bom lugar. Ele perdeu tudo inúmeras vezes. É um país corrupto e nem um pouco seguro para alguém pesando 50 kg, encharcado de suor e com dois cachorros. Basicamente, era como se ele estivesse andando com um alvo em suas costas. Depois de 10 meses ele já havia abusado da “hospitalidade” do País. Ele deu o fora de lá.

    BP: O que aconteceu depois que ele saiu do México?

    LB: Ele foi para Oceanside, na Califórnia, e ficou lá por um tempo, uma vez que lá ele podia jogar no Cassino Cemerce. Chad morou na costa oeste por uns cinco meses, e depois acabou voltando para Las Vegas.

    BP: Você acredita que todas essas mudanças contribuíram para a depressão?

    LB: Sim. Poker ao vivo não era para o Chad. Ele não gostava da multidão e nunca jogou poker para se tornar uma celebridade. Chad queria muito ficar com seus parentes e, por um tempo, minha família e eu nos mudamos para Vegas. Nós moramos juntos em Las Vegas e depois fomos para Henderson. O problema é que ter tantas pessoas sob um mesmo teto, cada uma com sua opinião, e o Chad era muito estourado e tinha uma personalidade muito forte, era difícil. Nós acabamos concluindo que aquilo não era para a gente. O Chad se mudou para um lugar só dele e nós voltamos para a Flórida.

    BP: Ele tinha muito dinheiro preso nos sites de poker extintos depois da Black Friday?

    LB: Sim, ele perdeu muito dinheiro ali. O Chad nunca teve paciência para lidar com aquilo (tentar conseguir o dinheiro de volta). Aquele era o meu trabalho. Para conseguir de volta o dinheiro era necessário fornecer uma grande quantidade de informações. Eles exigiam um monte de documentos e eu lhes passei tudo aquilo que podia.

    Nós tivemos que fazer um acordo (para o dinheiro do Full Tilt), como várias pessoas fizeram, porque nós não tínhamos como provar (quanto dinheiro tinha na conta dele).

    Tivemos que receber apenas uma porcentagem do que ele tinha. Foi um pesadelo. Tudo foi resolvido, mas nós tivemos que aceitar o que eles nos deram. Ele teve que esperar, e a sorte era que tinha algum dinheiro para conseguir se manter.

    BP: O que você acha que tinha no poker que combinava tanto com ele?

    LB: Para ser sincera, tudo o que Chad fazia ele sempre fazia bem. Ele jogou futebol quando criança, e, muita gente não sabe, mas ele era um excelente jogador de boliche.

    Ele também jogava sinuca. O fato de ele ser um garoto de ensino médio acostumado a jogar boliche contra adultos contribuiu muito para ele abandonar a escola. Ele jogava torneios em que tinha que ficar acordado a noite inteira e depois ele não queria ir para a escola. Nós costumávamos brigar por isso. Quando ele conheceu o poker, o boliche ficou em segundo plano. O Chad sempre foi um péssimo perdedor; ele não aceitava ficar com a medalha de prata. Ele queria ganhar. O jeito agressivo dele vinha do pensamento de que ele não tinha nada a perder e tudo a ganhar. Ele realmente não ligava a mínima; ele dava um call se ele quisesse fazer. Ele tinha paixão pelo jogo. Ele era ótimo em ler as pessoas. Na cabeça dele ele conseguia de alguma forma descobrir o que você tinha, e ele poderia estar sem nada nas mãos.

    BP: Você gostaria que algumas das coisas boas que foram ditas sobre ele nas redes sociais tivessem sido ditas com mais frequência quando ele estava vivo?

    LB: Não, porque isso não mudaria nada. O Chad viveu a vida nos termos dele desde o início. Ele nunca jogou poker para ganhar um bracelete. Sempre foi pelo jogo, pelo dinheiro, pelo retorno financeiro. Nunca pelos títulos. Em uma de suas maiores premiações ele ficou em segundo de propósito (depois do acordo), porque ele não queria uma maior atenção.

    BP: Você pode falar sobre outras dificuldades que ele teve durante a vida?

    LB: Ele não teve uma educação normal, com papai, mamãe e irmãozinhos. Minha irmã também lutou contra as drogas e o álcool. Quando minha irmã morreu, eu fiquei com a guarda permanente do Chad, e nós o criamos junto com meus dois meninos. Ele nunca conseguiu compreender de verdade o motivo de tudo aquilo acontecer com ele. Ele tinha esse lado obscuro que sempre tomava conta. O poker foi uma escolha interessante. Eu disse a ele que ele havia escolhido algo difícil para fazer profissionalmente. Para uma pessoa com depressão os altos e baixos do poker são duros. Você precisa ser alguém verdadeiramente estável para aceitar as perdas. Você não consegue ganhar todas as vezes.

    BP: Ele amou o poker até o momento em que faleceu?

    LB: Uma de nossas últimas conversas foi sobre ele jogar um torneio no Arizona, e ele levar os cachorros na viagem. Ele amava os jogos online e odiava os jogos ao vivo.

    Eu acho que, no fim, o poker deixou um gosto amargo na boca dele, mas ele percebeu que tinha que fazer uma escolha. O que mais ele poderia fazer? Ele tinha dias em que realmente queria jogar e dias em que não queria sequer tocar no assunto.

    BP: Foram ditas algumas coisas na Internet sobre como e por que ele faleceu. Você poderia falar sobre isso e talvez esclarecer algumas informações incorretas que foram divulgadas?

    LB: Antes de tudo, é necessário esclarecer duas coisas que foram ditas antes mesmo dele falecer: Chad nunca esteve na prisão (nunca foi condenado por um crime), ele passou um tempo na Coutny Jail (detido enquanto aguardava julgamento ou cumprindo uma pena curta), mas nunca na prisão; além disso o Chad abandou a escola no 2º ano do ensino médio e não na sétima série. Essas são duas mentiras que circulam por aí como fatos. A real causa de sua morte foi falência do fígado e dos rins. O Chad desmaiou e teve uma hemorragia no cérebro. Isso aconteceu devido ao consumo excessivo de álcool. Chad bebeu a tal ponto que seu corpo se desligou. Ele era tão pequeno, então não teve muito o que ser feito. Ele meio que jogou a toalha e desistiu. Ele sofria e o álcool era sua válvula de escape. No fim das contas o álcool ganhou...

    Ele era especial para muita gente, então se isso conseguir fazer alguém parar de beber, tudo isso não terá sido por nada.

    BP: Pelo que você acha que a comunidade do poker deve e irá se lembrar dele?

    LB: Para mim e minha família, nós gostaríamos que eles se lembrassem de Chad como o jovem com a língua afiada, jogo agressivo e coração de ouro. Ou você o amava ou o odiava, não havia meio termo.

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  2. #2
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    O Lula tá preso, BABACA.
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    "nós gostaríamos que eles se lembrassem de Chad como o jovem de língua afiada, jogo agressivo e coração de ouro.

    Nice imagem, cardplayer.
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