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Tive o prazer de conhecer o Sergio Prado e aprecio de verdade a criação de qualquer ranking desde que feito com compromisso e respeito com os critérios estabelecidos, e já deu pra perceber que foi 100% a intenção dele quando criou a lista. Acho muito bom esse tipo de iniciativa, até por que a lógica é que todos nós que vivemos do poker vamos ganhar com isso, com mais nomes sendo divulgados etc... mas é uma tarefa muito difícil e quase fantasiosa de conseguir escolher os nomes certos, principalmente sem que muitos não se sintam injustiçados...
Na verdade o que eu quero falar não é nem do ranking, por que pra mim, se o caju que é um dos jogadores que na minha opinião tem potencial pra entrar na lista, ou se o zé das coves figuram na lista, isso simplesmente não faz diferença pra maioria, e se eu não concordo com a tal lista que os selecionados entendedores de poker construíram, eu só posso achar isso no mínimo divertido e torcer para que o poker cresça e que mais empregos sejam criados, e consequentemente eu possa exercer por mais tempo a coisa que eu mais amo fazer, que é jogar poker, que deve ser o sentimento que parte dos jogadores sentem pelo jogo.
Pra mim vale muito mais ter respeito principalmente como ser humano e depois como jogador de pessoas que eu respeito e entendem do jogo como o Diogenes, Kako, bueno etc... do que participar de qualquer ranking. Alias, se tem uma coisa que destrói completamente um jogador é ele ficar ocupando sua cabeça com essas besteiras off poker, imo. O que eu guardo na minha memoria e que eu não quero nunca esquecer, foi a época em que eu menos me senti jogador e humano no sentido da humildade, foi o período em que o pessoal que nem me conhecia vinha falar comigo, admirando e dizendo que eu era bom jogador, e talz... sendo que eu olho pra trás e vejo como eles estavam enganados a meu respeito e como eu de certa forma me sabotava em parte acreditando naquela baboseira, e como aquilo por um momento me atrasou do que realmente importa. De vez em quando eu até me pego pensando em quantos amigos interessantes eu deixei de fazer por ficar pensando em competição...
Eu sou extremamente competitivo e doente pelo que eu faço até hoje, mas eu tento competir SÓ comigo mesmo, tenho muita curiosidade e quero muito saber qual é o meu limite, chegar no meu máximo, mesmo que eu não consiga ser o melhor do mundo, acho que vou ficar muito satisfeito quando isso acontecer, por que no final o que importa mesmo é se eu estou feliz ou não, realizado ou não, e meu objetivo não pode depender da opinião de uma outra pessoa. Saber quem é o melhor da minha modalidade serve no máximo pra ter como ‘’parâmetro’’ e ver que talvez eu possa fazer melhor.
Agora eu fico pensando que doentio é achar que a felicidade só vai chegar quando todo mundo me reconhecer como um dos melhores e estiver na ‘’tal lista’’ dos 10 melhores. É sick por que é impossível alguém compreender o quanto você deu o sangue pelo seu objetivo, ou exatamente em qual nível você realmente figura entre os jogadores. Isso inclusive é o que me deixa com pé atrás com alguns jogadores que estão se sentindo completamente injustiçados, pq parece que é a última esperança deles terem o tão sonhado reconhecimento, sendo que se esses caras realmente se acham muito bons é só ter paciência e confiar no processo, pois se você está empenhado 150% pra alguma coisa naturalmente os resultados aparecem e um dia você entra em alguma lista dessas aí...
O que eu quero dizer é que, não interessa o que os outros acham, se você é, ou está entre os melhores ou não, pq se você não for realmente o melhor ou não estiver fazendo tudo pra ser, não significa absolutamente nada, só que sua reputação é boa.
É igual o tópico da Angelina Julie, que teve gente que preferia que os outros soubessem que foi pra cama com ela do que realmente ir pra cama com ela. Enquanto você ficar pensando no que os outros pensam de você, vc só vai andar em círculos e nunca vai chegar no objetivo principal que é ser feliz.
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Postado originalmente por JoseIrineu
