pessoal,
eu tenho tentado melhorar a minha capacidade de leitura de maos (na verdade acho que estou tentando iniciá-la! ehehhe) e encontrei esse artigo do 2p2 que eu achei mto bom pra qm ta comecando; eu traduzi pra mim, mas vou deixá-lo aqui para o caso de mais alguem precisar
o original está em Hand Reading Made Simple - by Andrew Brokos, podem corrigir qqer erro de traducao, por favor; em alguns casos eu nao achei como traduzir perfeitamente, entao deixei o original em ingles junto
abs
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Simplificando Leitura de Mãos
por Andrew Brokos
Para os não iniciados, leitura de mãos pode parecer uma habilidade quase mística do poker. Usando um incompreensível sexto sentido, os melhores jogadores de poker do mundo decifram as cartas ocultas de seus oponentes e então fazem calls e blefes de tirar o fôlego (mind-boggling).
Apesar de leitura de mãos poder parecer um talento supernatural além do alcance de meros mortais, na verdade é exatamente o contrário. Leitura de mãos é uma ciência fundada na lógica dedutiva. Jogadores de poker observam dados sobre como um adversário está jogando, comparam esses dados com suas experiências passadas para formar suposições de como aquele adversário vai jogar no futuro, e então usa essas suposições para interpretar suas ações e restringir o range do oponente.
Experiência, é claro, não pode ser ensinada. Eu posso, no entanto, sugerir algumas suposições gerais a se fazer sobre um adversário. Delas, eu derivo um método simplificado para determinar, se não a mão exata, pelo menos uma idéia de sua força, que é frequentemente tudo o que se precisa pra tomar sua decisão.
Suposições Gerais
Há algumas suposições básicas acerca do jogo de seus adversários que precisam ser verdadeiras para meu método simplificado de leitura de mãos funcionar. Elas não são absolutas, mas quanto mais precisamente elas descreverem o jogo de um adversário, mais eficiente será esse método.
A primeira é que seu adversário não faz thin value bets. Em outras palavras, ele só vai apostar por valor se estiver relativamente certo de que tem a melhor mão e de que você vai pagar com sua mão pior. Não há um distinção clara (clear standard) para quando uma aposta é uma “thin” value bet, mas quanto mais tímido for o seu adversário, mas eficaz será essa técnica de leitura de mãos.
A segunda suposição chave é que seu adversário não vai transformar sua mão feita (made hand) em blefe. Se ele acredita que há uma chance de ganhar no showdown, ele quer ver o showdown barato ao inves de tentar fazê-lo foldar. Se ele blefar, é porque acha que tem poucas ou nenhuma chance de ganhar a mão de outra maneira.
A terceira e última suposição chave é que seu adversário não vai buscar um draw com odds terrivelmente ruins. Ele pode não ter odds diretos se houver implied odds ou uma chance de blefar mais tarde, mas ele não vai, por exemplo, dar call em uma aposta do tamanho do pote e um terço do stack efetivo com um gutshot draw sem showdown value.
Somente você pode dizer o quanto essas suposições se enquadram no jogo de um adversário em particular, ou de seus adversários em geral. Minha experiência diz que elas se aplicam razoavelmente bem para a maior parte dos jogadores online de no-limit hold’em em small e middle stakes, certamente bem o suficiente para que o método de leitura de mãos a seguir seja eficaz.
Método para Categorizar Mãos
A idéia por traz dessa técnica simplificada de leitura de mãos não é colocar seu adversário em duas cartas exatas, mas reduzir as possibilidades de sua mão para uma das três seguintes categorias:
Mãos Monstro- Essas são as mãos em que seu adversário que jogar um pote grande. Isso não quer dizer que ele vai apostar ou dar raise a cada oportunidade –alguns jogadores adoram fazer slowplay –, significa que ele está confidante de que sua mão é a melhor e há várias mãos piores que pagarão suas apostas.
Mãos de Showdown- Nesses casos, seu adversário acredita que tem a melhor mão, mas não está tentando aumentar o pote. Jogadores geralmente praticam pot control com essas mãos, dando check quando podem e call quando precisar. Alguns podem fazer apostas pequenas como blocking bets ou para “ver onde estão”.
Mãos de Draw ou Blefe- Mãos de draw são aquelas que precisam melhorar ou blefar para haver chances razoáveis de ganhar o pote. Isso não se refere apenas a draws óbvios como flush draw com quatro cartas de mesmo naipe mas qualquer mão que não tenha ainda muito ou qualquer valor de showdown. Dependendo do estilo de jogo do jogador e da força do draw, eles podem buscar o draw mais ou menos agressivamente (… players may play drawing hands fast or slow).
Mais uma vez, não há termos absolutos para isso. Não há um critério claro para o que é uma “thin” value bet ou quão forte é uma mão para se transformar em blefe. Mas quanto mais seu adversário segue essas distinções, e a maioria mais ou menos segue, mais eficientemente você consegue categorizar sua mão.
Mesmo que essas categorias sejam amplas, elas podem guiá-lo bem como jogar sua mão. Eliminando-se apenas uma dessas categorias, que seja, do range so seu adversário pode transformar um call em um fold.
Exemplo 1: Ele Tem um Monstro
Você está no button, todos foldam até você em um jogo da NL200. Você abre para $6 com AKo e o big blind dá call. Até aqui, parece que ele provavelmente não tem um monstro, se não ele teria dado reraise. Você coloca ele em uma mão de draw, talvez um suited connector, ou uma mão de showdown, algo como um pocket pair baixo ou Axs fraco.
A flop parece que foi bom pra você: K89r. Seu adversário da check, você aposta $10 no pote de $13, e ele dá call. Continua não havendo muitas possibilidades do seu adversário ter um monstro. Você acha que ele teria foldado K8 e K9 no pre-flop e dado reraise AA e KK, então você só está preocupado com 88, 99 e 98. Não há muitas possibilidades de draw: as únicas que você consegue imaginá-lo jogando são JT e 76. Você considera que a probabilidade maior é que seu oponente tem alguma mão de showdown, como Kx fraco ou pares baixos.
O turn é T. Seu adversário dá check e você também. Essa carta pode ter melhorado a mão do seu adversário, mas na verdade você está mais preocupado que ele folde qualquer coisa pior do que o seu par se você apostar de novo.
O river é um inofensivo 2. No entanto, o seu adversário surpreende com uma aposta do tamanho do pote de $33. Alguns jogadores se sentem obrigados a dar call aqui, já que têm top pair, top kicker e sentem que induziram um blefe dando check behind no turn. Mas com que frequência o big blind tem uma mão que precisa blefar?
Lembre-se que estávamos colocando-o em uma mão de showdown, ainda com possibilidades menores de mãos de draw ou monstro jogadas devagar (slowplayed). Essa aposta no river, no entanto, elimina a categoria de mãos de showdown. Por que ele apostaria o pote com uma mão que ele quer chegar no showdown de forma barata? Pode ser razoável apostar um K pior por valor, mas você entende que neste caso ele estaria fazendo uma aposta menor.
Isso quer dizer que as mãos de draw e mãos monstro, até então uma parte pequena de seu range, tornaram-se suas mãos mais prováveis. Mas lembre-se como haviam poucos draws possíveis, apenas 76 e JT. A primeira virou um straight, a segunda virou segundo par e agora tem valor de showdown. Logo, somente um monstro, provavelmente um set jogado devagar, um straight ou dois pares formados, faz sentido. Foldar é correto.
Exemplo 2: Ele Não Pode Ter um Monstro
O button abre para $6 em um jogo NL200. Ele tem $400 de stack, e você o tem coberto. Você dá call com 98s. O flop vira K76r. Você dá check, ele aposta $8, você dá raise para $25 como semi-blefe. Ele dá call. Infelizmente isso não dá muita informação sobre as categorias possíveis de sua mão. Ele daria call com qualquer par 66+, logo uma mão de showdown é bem possível. Esse também seria um momento natural para jogar um monstro devagar, então sets são possíveis. Seu adversário pode dar call até mesmo com mão de draw fracas como gutshots ou Ax (a maioria das quais estão na sua frente, mas provavelmente não é assim que ele está pensando) torcendo para pegar o pote mais pra frente.
O turn traz um 4 e um possível flush draw, você dá check pronto para desistir de seu draw para quase qualquer aposta. Ele dá check behind. Agora é hora de começar a eliminar categorias de mãos de seu range. Se ele deu call no flop com uma mão de draw, era com intenção de blefar. Você deu a ele a chance, e ele não blefou. Mesmo não sendo completamente impossível, nos parece que ele não estava atrás de um draw.
Ele pode ter um monstro? Esse é um momento bem ruim para jogar devagar. Poucos jogadores negariam uma aposta com um monstro em um pote tão pequeno em relação aos stacks, e só há mais uma street para apostas. Ele teve a oportunidade de aumentar o pote, e ele não a usou. Além disso, temos agora vários draws dos quais ele deveria tentar se proteger.
Parece, portanto, que ele tem uma mão que está tentando chegar ao showdown de forma barata. O river é outro 6, dobrando o board. Você dá outro check, preparado para perder para algo como 97 no showdown. Para sua surpresa, seu oponente aposta $25 no pote de $63.
Nós já havíamos determinado que ele dificilmente teria dado check no turn com dois pares ou melhor. É possível que ele tivesse um par que virou trinca no river, mas sua aposta parece terrivelmente baixa para esse caso, para não dizer que trips nunca são muito prováveis.
Há uma possibilidade ainda de que ele sinte que precisa blefar para levar o pote, mas é mais provável que ele considere que sua mão de showdown, algo como KT, ainda vale mais uma pequena value bet. Em qualquer das duas situações, parece pouco provável que ele queira pagar um bom check/raise. Você dá raise para $125, e ele folda.
Conclusão
Perceba como em nenhum dos dois exemplos nós colocamos nosso adversário em uma mão exata. No segundo exemplo, nós nem sabíamos que categoria de mão ele tinha. Tudo o que sabíamos é que ele não podia ter um tipo de mão.
Deduzir a mão de um adversário até o naipe é um ótimo truque que pode impressionar público de televisão e intimidar outros jogadores. Mas é raramente essencial para tomar boas decisões contra jogadores que não são os mais sofisticados. Aprender a categorizar as possíveis mãos de seus oponentes é um método simples e eficaz para melhorar sua tomada de decisão.
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