Ela era linda. Perfeita. Ao perceber que todos eram agraciados com poderosíssimas armas ao entrar no espelho, Cervantes imaginou que também chegaria a sua vez de colocar a mão em uma nova arma. Mas aquilo era mais do que ele esperava. Potente, imponente, avassaladora e foda pra caralho (Cervantes só conseguiu pensar neste último conceito). A desconfiança de possuir apenas uma bala foi substituída por euforia ao notar que era uma munição infinita, pois voltava ao atirador assim que acertasse o alvo! “HÁ!” A bala de pura matéria vermelha foi a cereja do bolo - tenebrosos eram os efeitos da vermelhidão para aqueles que não era abençoados pela tempestade rubra.
Ele pegou seu velho mosquete, falou algumas palavras de agradecimento, e substituiu pela nova arma, colocando o mosquete dentro do baú.
“Vou chamá-la de.....PANDORA ESCARLATE!”
Esse equipamento seria sua porta de entrada para os contos e lendas que varreriam Arton inteira. Todos conheceriam Cervantes e sua Pandora Escarlate. E temeriam.
Como se acordasse de um torpor delicioso, Cervantes foi até o segundo baú e rapidamente pegou seu conteúdo, alocando em algum bolso de seu casaco. Era hora de voltar para testar seu novo brinquedo...e acabar com a perdição que assolava seus amigos.