MaisEv Epic Campaign 1 ItC Topic: PbF Tormenta RPG

[Gëda]

Gëda não consegue se conter diante do pequeno ser que saíra do espelho: "Torv?", murmura o elfo, admirado pela diferença nada sutil entre o indivíduo que entrou e o que saiu. O Torv que conhecia tinha uma aura sombria e o que seus olhos agora viam, despertava simpatia. "Então, assim era o pequeno Torv?!"

Aquela cena não fazia nenhum sentido para o elfo, que ficou perplexo ao ver o halfling implorar a Orlando.
Gëda permaneceu parado, sem saber o que fazer, mas preparado para qualquer incidente. Sua flecha mirava o pé do pequeno ser, caso fosse necessária uma intervenção, afinal, o elfo não sabia exatamente quem era Torv, nem o que entrou, nem o que saiu.

[Joshua]

Cervantes vê o pequeno pulha que saiu do espelho e ri. Sem apresentar ameaças, ele se aproxima novamente e fita o Torv de outrora. Niguem dava bola para os súplicos do ser que havia saido do espelho, muito menos o pirata.

"É...pelo meno você era menos feio! Bom, nem tanto! UAHAHAH!"

[luigibr]

DENTRO DO ESPELHO:

Torv fica paralisado por alguns instantes, segurando o tridente novo na mão (e notando uma aura lefeu saindo do tai-tai), mas ao mesmo tempo preocupado com o que seus companheiros fariam. Ele sabia bem a capacidade que tinha de enganar e conseguir o que queria.

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FORA DO ESPELHO

O halfling Torv ouve com atenção as palavras dos seus companheiros, mas ignora a todos, olhando intensamente para Orlando, e fazendo a cara mais bonitinha de que era capaz, tentando convencê-lo do que queria.

Orlando olha para Torv por uns momentos, antes de piscar, olhar para cima e dizer, com a voz austera:

"As escolhas do Torv fizeram dele quem ele é. Se você está dentro dele, terá de lutar com o que está por fora, e convencê-lo de voltar ao normal. Torv também tem um Desejo, é só usar para isso, se for mesmo o desejo do coração dele. Acredito na ambição do Torv, e acredito que sua função aqui seja tentar evitar que nós sejamos bem-sucedidos em nossa missão. Não cairei nessa. Além disso, Torv gritou que não quer que façamos isso. Não vai nos convencer do contrário."

Dizendo isso, o monge segura seu cajado com força, com as duas mãos, mostrando que não estava para brincadeira.

O pequeno Torv então começa a sorrir... Um sorriso que se esgarça, deixando à mostra uma bocarra, que se transforma num focinho.

De suas mãos, garras surgem. De suas costas, uma longa cauda e duas asas.

Seu sorriso vira uma gargalhada, e ele simplesmente diz:

"Teria sido mais fácil se vocês fizessem o que pedi. Agora, sofram!"

Tudo durou segundos. Antes que pudessem perceber, um sopro de fogo negro voou na direção de vocês, das bocas do pequeno dragão negro, que agora se encontrava no lugar do que era o Torv.

À exceção de Alice, todos foram atingidos pela rajada de fogo negro, que causou queimaduras instantâneas e dor. Orlando conseguiu se esquivar um pouco, para não ser completamente afetado.

[Joshua]

Foi tarde demais quando Cervantes se arrependeu de baixar a guarda e se aproximar de todos. Uma rajada de fogo negro como a noite atingiu eles em cheio.
"AAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH, isto queima!!!"

Cervantes não toleraria mais um ataque destes, puxa seu mosquete e mira.

[TURCI]

Enquanto fica extasiado com a arma, a aura e o tai-tai lefeu, Torv escuta o que está acontecendo fora do espelho e percebe que era hora de sair.

"Era isso que eu temia, infelizmente preciso correr, gostaria de analisar mais essa sala mágica. Vou deixar para admirar a arma no lado de fora."

Sendo assim, o pequeno saiu voando na maior velocidade possível para fora do espelho, após ter pego arma e a chave.

[luigibr]

No exato instante em que Torv atravessa o espelho, sua superfície escurece novamente, e o símbolo desaparece. O Torv dragão desaparece do meio da sala, quando se preparava para outra rajada.

Cervantes, sobressaltado pela súbita movimentação, atira seu mosquete, e a bala atinge Torv saindo do espelho.

Nesse exato instante, a armadura avermelhada se forma ao redor de toda a estrutura corpórea de Torv, uma armadura grotesca e vermelha, que protege seu corpo inteiro e adiciona uma cauda com ferrão.

Torv usa de sua força de vontade para evitar que a cauda ataque Cervantes, que no mesmo instante percebe uma semelhança absurda, novamente, na energia da armadura, como se falasse com uma parte de si que ele procurasse ocultar a todo tempo. Isso deixou-o abalado.

Era hora de avaliar os danos causados pelo clone do pequeno. Fora Alice, que estava ilesa, todos tinham sofrido danos. Quem mais sofreu foi quem era mais frágil dentre todos vocês. Um ganido sofrido cortava o ar, e Pantera se encontrava caída no chão, brigando com forças para levantar, mas com uma séria queimadura dificultando sua respiração. Ela vivia, mas estava em condição crítica.

Gëda teve todo o lado direito do corpo queimado pelas chamas, assim como Hansel, que viu seu antigo machado/violão ser assado, restando apenas as lâminas do machado e o metal que ficava por dentro do cabo, agora incandescentes, as cordas derreteram e queimaram seu braço. A nova arma, porém, estava intacta.

Orlando também sentiu as queimaduras, embora mais leves, em algumas partes do corpo.

O fogo negro queimava mais que fogo. Além do ardume das chamas, era como se parte da alma fosse queimada, e isso doía muito mais do que apenas as chamas.

Segundos depois, acalmando seu ser, Torv consegue ocultar a armadura, controlando-a para voltar a ser apenas a máscara de Valkaria.

[Joshua]

Tenso pelo violência quente que havia sofrido segundos antes, Cervantes não conseguiu diferenciar um Torv de outro e disparou quando o verdadeiro volto à sala. Seu dedo firme pressionou o gatilho, que resultou na explosão do seu mosquete. A bala correu certeira e foi defendida pela armadura quase que celestial de Torv.

"Que porra?" Se perguntou Cervantes. A surpresa não era pela eficácia da armadura, mas por novamente sentir uma ligação com ela. Aquilo incomodava. O que Torv escondia na armadura??

(...)

Cervantes puxa seus potes das dragoas e começa a passar nas suas queimaduras. "Peguem o quanto precisarem pra passar!"

[samuca]

As queimaduras causadas pelo Torv clone haviam sido devastadoras para o grupo, exceto para Alice, que felizmente conseguiu se esquivar a tempo de evitar ser atingida.

Hansel sentia muitas dores, de sorte que até esqueceu do corte em seu queixo. "Mas que merda hein, Torv?! Por que demorou tanto?! E ainda faltam mais quatro de nós entrar no espelho, as perspectivas não são boas! Temos que estar mais atentos! Ah! ótimo Cervantes, obrigado! completou o bardo ao ver que o pirata colocava à disposição do grupo potes de cura.

"Aliás, Torv, que coisa feia e vermelha era essa que lhe cobriu quando Cervantes lhe deu um tiro? Parecia uma armadura inteligente. Sabe, você deveria compartilhar conosco informações que podem evitar que sejamos mortos uma hora dessas!"

Então, vendo o estado de Pantera, Hansel, antes de se curar, auxilia Gëda nos tratos do animal, pois ele estava muito ferido - quase havia morrido em decorrência da baforada. Somente depois utilizou o creme para curar os seus ferimentos.

[samuca]

O bardo ainda ficou triste com a destruição de seu antigo instrumento/arma, o qual foi completamente destruído pelas chamas. Ainda que não fosse mais usá-lo, o objeto ainda tinha um grande valor sentimental e a ideia era levá-lo para casa e guardá-lo como relíquia dos velhos tempos. Restando apenas as lâminas do machado, Hansel resolve deixá-lo na caverna, como um agradecimento pela nova arma que ganhara, essa sim intacta e reluzente, em nada afetada pelo sopro.

"Obrigado, meu velho companheiro!"

[Joshua]

Aproveitando a deixa de Hansel, o pirata emenda o questionamento. "Aye! Torv, que que você tem aí embaixo? Como funciona essa sua armadura?!?!"

A armadura mexia com Cervantes e abalava suas crenças. Mas por que?