LOL. Em menos de 3 páginas lá do tópico de PRISM eu já mudei de ideia.
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Alguém tem que pagar pra pesquisa ser feita. Nada mais justo do que pagar pra ter acesso a ela, não?
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São coisas completamente diferente. Primeiro que quem paga para as pesquisas serem feitas não é quem recebe pela venda de acesso aos artigos. Pesquisas são financiadas por centros de pesquisas, universidades, agências governamentais, empresas que atuam no setor e sei lá mais quem. A venda de acesso aos artigos é feita única e exclusivamente por editoras.
Minha crítica maior é ao negocio sick que se tornou o ramo editorial científico. Hoje, com a facilidade de se criar e divulgar periódicos online, criaram-se milhares de revistas, que atuam em um esquema pay-to-publish.
Publicar um artigo deveria ter o intuito de expor resultados relevantes de um trabalho científico, disponibilizar esse conhecimento para a comunidade. No modelo classicamente proposto, um artigo para ser publicado é avaliado por pares especialistas na área, que atestam a relevância e validade dos artigos.
No modelo atual, move-se muito dinheiro para as editoras e não se atinge nenhum, nem outro resultado. Cobra-se caro para conseguir publicar, e cobra-se caro para acessar os artigos. Publica-se um volume enorme de trabalhos insignificantes que muitas vezes simplesmente não vai atingir visibilidade nenhuma.
Um dado interessante é um artigo de um tempo atrás que saiu de um pesquisador que trabalha bastante com isso (Peter Jacso eu acho) que levantou uma estatística interessante. Não lembro direito os detalhes, mas era algo como 60% dos artigos publicados não recebiam nenhuma citação nos 5 anos seguintes a publicação. Isso é uma métrica interessante da relevância dos trabalhos que andam sendo publicados...
Então por um lado temos as editoras aceitando qualquer coisa para ser publicada, recebendo rios de dinheiro para tal.
Por outro lado temos a dificuldade de acesso a essa informação. Os custos de acesso se tornam vertiginosos, vários estudos de várias universidades mostram o crescimento abusivo dos custos de acessos aos periódicos (Se interessar, busque serial crises, ou library subscription costs, tem bastante notícia e artigo sobre isso).
Enfim, é um assunto bem delicado e que tem gerado bastante discussão há um bom tempo.
O caso da ciência não dá para ser comparado diretamente com outros setores, como o do entretenimento. É um caso a parte, com peculiaridades que precisam ser consideradas e para a qual simplesmente não existe um consenso de como deveria ser. O certo é apenas que o modelo atual tem algumas falhas graves, que não condizem com os objetivos do fazer científico.
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Cara, você não disse que ia deixar o assunto morrer?! Agora "força" o assunto ser retomado porque você disse várias coisas que estão erradas ou não condizem com a realidade
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Outras pessoas se interessaram pelo assunto, postaram mais coisas a respeito e eu dei a minha visão e expus alguns fatos sobre o tema. Se ninguém mais tivesse postado nada, eu não teria falado mais nada.
Agora esse é sim um assunto que existe bastante debate a respeito. Se fosse tão simples como você acha, não seria assim.
Mas nem quero debater nada com você. Dá para ver que vc não está interessado em realmente discutir o assunto.
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na boa, isso que vc falou eh bizarro.
galera acha que argumentacao so serve pra "se ganhar", uma discussao serve pra que seus particicipantes se desenvolvam intelectualmente. eh ok e produtivo ter o lado do ego e da competicao, ter somente esse lado eh prejudicial para todos.
se vc nao ta afim de discutir eh so nao postar, outros podem e devem se interessar.
lol, como se quando alguem errasse e percebesse "perdesse" a discussao. como se mudar de ideia e ter uma possivel evolucao fosse algo negativo.
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lol @Bolengo, não se trata de ganhar/perder... eu não tô questionando a opinião dele sobre a ciência, mercado e etc, e sim os fatos sobre publicação
exatamente por saber que está errado, mesmo não estando interessado, a questão de colaborar com outros para o que vc chamou de "desenvolvam intelectualmente" se torna quase que obrigação... veja só, a discussão poderia se desenvolver por 50 páginas e lá no fim vcs descobrirem que uma das bases factuais da discussão estava errada
mais abaixo vou quotar e explicar os tais fatos
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A maioria dos periódicos científicos são sustentados por universidades, institutos, centros, associações e etc, enfim, instituições acadêmicas e que disponibilizam o material gratuitamente via rede de instituições ou online. As que são pagas podem ser em regime individual ou coletivo, coletivo seria a universidade que você estuda paga um valor X por ano para a publicação e todos os matriculados na instituição podem acessar seu conteúdo
Também existem bancos gratuitos mais globais, como o da Capes Portal .periodicos. CAPES que disponibiliza mais de 21k de revistas (leia-se 21k títulos e não unidades) entre publicações brasileiras e internacionais, pagas (que aqui estão gratuitas) ou gratuitas nativamente
A Organicom, por exemplo, possui versão impressa (paga) e online (gratuita), o valor da impressa é apenas para abater o custo da publicação, assim o dinheiro do instituto se mantém para financiar pesquisas e outras coisas
Exceto por revistas sem qualificação, todas as outras possuem os artigos analisados por pares
A qualificação é outro ponto importante, no mundo acadêmico existe algo chamado "impact factor" que é um índice de define a relevância científica das publicações, nas revistas brasileiras também tem o qualis
O if e o qualis são definidos conforme a quantidade de artigos citados em outros lugares, a titulação de quem submeteu artigo e etc... por isso, no caso da qualis, uma revista qualis C aceita até artigo de graduando e uma A1 só aceita de doutores
Como eu disse antes, o grosso das publicações são de instituições acadêmicas... as pagas representam uma participação pequena, embora algumas das publicações mais importantes sejam do mercado - mas a estruturação é diferente, normalmente eles lucram com publicação de livros e as revistas são o que dão credibilidade para que a editora venda esses livros (caso da Sage, por exemplo)
Btw, NINGUÉM paga para publicar um artigo em revista, como "comprar" o espaço, isso é ilegal... mas também ninguém recebe dinheiro para publicar... o que acontece em alguns casos é que publicações pagas oferecem a possibilidade do autor pagar um valor X e seu artigo ser disponibilizado gratuitamente - é uma questão de escolha do autor, se ele vai arcar com o custo operacional para disponibilizar gratuitamente seu trabalho com um selo de qualidade (if) ou se vai deixar que isso fique nas mãos dos leitores
Essa é uma escolha do autor, ele sempre pode escolher tentar publicar por uma revista que seja 100% gratuita
Agora, quando falamos de livros sim, você está certo... Primeiro que livro não possui index de qualidade como if e qualis, um livro é um livro, ponto final
Dito isso, existem alguns modelos de publicação majoritários... Editoras que pagam para o autor publicar, normalmente são as mais tops como a Sage; Editoras das próprias universidades, que não pagam nada para o autor, mas não cobra nada também; e editoras que cobram do autor, normalmente são editoras sem credibilidade acadêmica e vai cobrar pelo livro o mesmo que cobraria de um autor de ficção ou auto-ajuda, ainda que caiba espaço para o autor lucrar com a venda, mas isso é outro assunto
No caso das editoras renomadas e as das universidades possuem um comitê científico que vai escolher essas obras, na editora comum não existe nenhum processo de avaliação científica
Por isso que em um currículo acadêmico interessa muito mais ter publicado apenas um ou dois artigos em uma revista com if/qualis alto do que 10 artigos em revista com avaliação baixa; ou publicado um livro pela editora da USP ou pela Sage do que 5 pela Editora Feliz
Como falei antes, ia me ater aos fatos... acho que cobri tudo, se ficou algo pelo caminho eu complemento depois
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Btw, por ser um tópico de recomendações, vou deixar uma pra não foder de vez... essa animação é sick boa, vi hoje no cinema: Fantastic Planet (1973) - IMDb
Realizado nos estúdios de animação de Praga, esta produção francesa é um clássico da animação moderna. A história passa-se num planeta longínquo, em que, antes de se revoltarem, os seres humanos são animais de estimação dos donos do poder. O pintor e escritor Roland Topor colaborou na elaboração do filme. “LA PLANÈTE SAUVAGE de René Laloux, marca o início de uma abordagem mais artística e visualmente mais rica, dirigida fundamentalmente a um público mais maduro e culturalmente mais exigente” (Abi Feijó).
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mas pq vc considera obrigacao? ego? hehe
vou me censurar apos este pra nao tangenciar o assunto. posta quem se interessa pelo assunto e pelo debate, so quero deixar claro q eh de meu interesse e de todos os participantes que vc expresse suas ideias, mas o seu outro post eh desencorajante.
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