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Ortega
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Ele foi sim pelo machucado. Ele corre pra beirada do campo, olha para a perna do cara da Ponte, e aí é que parte em direção ao jogador do SP pra dar o vermelho. Não foi infelicidade na hora de escrever a súmula, isso fica bem claro no vídeo, IMO
E discordo completamente. Ele tinha tomado a decisão correta antes (cartão amarelo por jogada temerária), voltou atrás por motivos alheios a regra, e tomou a decisão errada. Errou em dobro.
Poxa, vejo seus posts e eles parecem ser de alguém que entende bastante de futebol, mas serio que vc acha que essa entrada foi pra amarelo?
"Jogo brusco grave Um jogador será culpado de jogo brusco grave se empregar força excessiva ou brutalidade contra adversário no momento de disputar a bola.
Uma entrada que puser em risco a integridade física de um adversário deverá ser punida como jogo brusco grave.
Todo jogador que se atire contra um adversário na disputa da bola, frontalmente, lateralmente ou por trás, utilizando um ou ambos os pés, com uso de uma força excessiva e colocando em risco a integridade física do adversário, será culpado de jogo brusco grave."
Eu sinceramente termino de ler isso e me parece uma citação do lance do Matheus Reis.
Além disso, eu, que não sou grande conhecedor da regra, não vi nada que diga que a gravidade da lesão não possa ser levada em consideração... Obvio que alguns lances acabam tendo quedas feias ou até mesmo lesões que são geradas por algumas torções que não estão diretamente ligadas a entrada do adversário mas algumas ocorrem clara e diretamente devido a violência da entrada, como a do Eduardo da Silva, por exemplo. Então pq isso tb não poderia ser levado em consideração? Ou melhor, pq isso é alheio a regra?
Obs: Se realmente houver algo na regra que diga que isso jamais deve ser levado em consideração... My fault.
Não tem nada na regra que fale expressamente que o resultado não é levado em consideração. Ela é decorrência lógica da leitura do art. 12, já que as definições de jogo brusco grave, jogada violenta ou jogada temerária não falam nada sobre atingir o adversário, ou causar dano ao adversário. Logo, o jogador deve ser punido se cometeu a conduta, independentemente de ter acertado ou não. Se o resultado fosse relevante, o jogador não seria punido caso tentasse se jogar sobre o adversário e não conseguisse, ou teria penas diferentes para a tentativa de agressão e agressão.
Como o @
RKint citou, a questão do resultado vai ser avaliada posteriormente pelo TJD. O árbitro não tem muita opção de punição, é cartão amarelo ou cartão vermelho. Já o tribunal pode ter um sistema de tipos (condutas consideradas ilegais) e penas mais elaborado. A agressão física, por exemplo, é punida com 4 a 12 jogos. Se dela resultar lesão corporal leve, a pena já sore para 8 a 12 jogos. Já se
"o agredido permanecer impossibilitado de praticar a modalidade em consequência da agressão, o agressor poderá continuar suspenso até que o agredido esteja apto a retornar ao treinamento, respeitado o prazo máximo de cento e oitenta dias
Sobre o lance, eu realmente não acho que o jogador do São Paulo deu o carrinho pra acertar o jogador da Ponte. Eu acho que ele tenta ir na bola, mas dá o carrinho de forma temerária e ainda chega atrasado. Mas eu até entendo quem veja de outra forma.
Eu sou defensor de uma arbitragem mais estilo Premiere League. Brasileiro tá acostumado com nosso estilo de arbitragem, que para o jogo o tempo inteiro. Até porque aqui temos a cultura dos milhões de replays, comentaristas de arbitragem. E, com 10 replays em câmera lenta, qualquer lance parece falta. O problema nesse estilo de apitar é que, além de parar demais o jogo, dá muito poder aos juízes. Nego marca falta demais, na maioria das vezes sem um critério claro. Aí fica fácil pra juiz manipular o jogo, seja cozinhando a partida, criando lances de perigo em bola parada, ou mesmo descontrolando emocionalmente um dos times.
IMO, o problema nesse lance foi o juiz simplesmente ignorar um princípio básico da arbitragem. Como eu acho improvável que o juiz estivesse favorecendo de má-fé a Ponte, o erro é uma demonstração de despreparo mesmo.