Cassinos dos Estados Unidos já estão negociando os robôs dealers
A tecnologia empregada nos cassinos de alto nível parece não ter limite. Pelo menos é o que acredita a empresa Paradise Entertainment Ltd, que está preparando uma revolução no atendimento das mesas.
Essa revolução começou em Macau, China, onde robôs com a função de dealers estão sendo implementados em cassinos. A empresa garante que, no futuro, com os investimentos em pesquisa e tecnologia, podem surgir robôs que interajam com o jogador através do nome e de se comunicar em várias línguas.
O protótipo “Min” fez sua estreia no mês passado, em um evento de games na China, despertando o interesse em alguns cassinos norte-americanos, de olho na tecnologia e economia que os robôs podem oferecer. Isso porque grande parte da receita é destinada a encargos trabalhistas e a substituição da mão de obra humana pela máquina geraria corte nos gastos.
A automatização de serviços manuais chamou a atenção do pesquisador Carl Frey, da Universidade de Oxford. Em entrevista para a BBC, ele previu que 1/3 das funções realizadas por humanos podem ser substituídas no futuro com a tecnologia atual.
A declaração é apenas um indício que uma nova era está se aproximando. Jay Chun, presidente da Paradise, afirma já estar negociando os dealers robóticos com diversos compradores.
“No momento, estamos conversando com os compradores no exterior, mas não posso revelar o quanto cada produto custaria neste momento”, disse Chun. “Somos o primeiro fabricante de equipamentos de jogos de azar no mundo que produz um dealer robótico semelhante ao humano.”
Os clientes asiáticos, conhecidos por serem barulhentos e brincalhões nos cassinos, perfil bem diferente do mercado ocidental, parecem não admirar muito a ideia. Os robôs atuais não provocam qualquer tipo de envolvimento do dealer com o jogador e isso pode prejudicar o mercado da Paradise na região.
“Clientes asiáticos estão mais inclinados a apostar em um ambiente barulhento e lotado, preferindo brincadeira com os dealers e outros jogadores do que sentar na frente da máquina e proporcionar pouco ou nenhum envolvimento”, disse o professor associado do centro de ensino de jogos e de investigação do Instituto Politécnico de Macau, Carlos Siu.
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