Para Daniel Negreanu, rake mais alto afasta jogadores profissionais e atrai os amadores
Em entrevista com o jornalista sueco Rikard Åberg, Daniel Negreanu deu uma declaração que está causando grande comoção entre os jogadores profissionais.
Segundo ele, o rake mais alto nos jogos de cash game tem efeitos benéficos para a ecologia do poker, tornando os jogos mais lucrativos.
Considerando a retenção de jogadores, imagine um cara com $200 jogando No-Limit Cash 6-Max $1/$2. Ele vai ser destruído, e muito mais rápido do que seria jogando blackjack por $10 cada mão. E embora essa grana fique com os profissionais, a experiência de jogo dessas pessoas que querem apostar por diversão, seja poker ou qualquer outra coisa… o dinheiro deles vai durar mais em jogos que não são dominados por profissionais.
Nós vimos isso na administração anterior (do PokerStars), antes da Amaya. Eles reduziram o rake nas mesas mais baratas, $0.01/$0.02 e tiveram que reverter essa mudança, porque os jogadores desses limites, que queria apenas se divertir, estavam sendo destroçados por bons jogadores. E se o rake fosse ‘muito alto’, o que sobraria seria apenas jogadores ruins, que já vão perder de qualquer jeito, mas perderão menos por mão do que se estivessem enfrentando profissionais.
Então em muitos jogos em que isso acontece, que o rake é realmente alto e afasta os profissionais que não conseguem bater o rake, mas no geral, para o jogo, seria melhor.(…) Um profissional poderia pensar ‘vou pagar um caminhão de dinheiro em rake, mas vale a pena porque o jogo está muito lucrativo.’
A fala de Negreanu irritou alguns jogadores como Doug “WCGRider” Polk: “Eu estou aliviado. Estava achando que aumentar o rake serviria apenas pra tomar dinheiro dos jogadores!
Já James “Jaylee18” Lee se mostrou revoltado a princípio, mas depois de conversar pessoalmente com Negreanu, mudou de opinião. “Espero que eles (Amaya) estejam trabalhando na direção certa para consertar as falhas do ecossistema. Obrigado Kid Poker, você restaurou um pouco da minha fé.”
Assista abaixo a entrevista abaixo, em inglês (a partir dos 27 minutos):
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