Geraldo Cesar Conta Sua Trajetória nos Torneios Online

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Dono de uma educação ímpar, Geraldo Cesar Neto é uma figura conhecida pelos resultados nos torneios online, com jogo sólido e presença constante nas notícias e gráficos com belos lucros.

Nessa entrevista, Geraldo fala um pouco sobre o início da sua carreira, a opção em abandonar um trabalho estável em um banco para se dedicar ao poker, sempre com uma educação impressionante e sem receio em responder questões mais polêmicas

 

Como você começou a jogar?

Conheci o jogo na faculdade em 2005 e jogava com os amigos em casa nada muito sério porem sempre muito divertido.

E como se tornou algo sério?

Trabalhei por 8 anos num grande banco como analista de sistemas e esse grande banco fez uma junção com outro maior ainda e as promessas feitas no passado não se concretizavam, então decidi pedir para ser mandado embora e jogaria por 1 ano já tinha visto o quão lucrativo podia ser em torneios live. Como já em alguns meses já estava ganhando mais que o salário do banco, que era um salário bem legal, decidi tentar.

Quando isso aconteceu?

No final de 2012.

E antes disso, como era sua rotina com o jogo?

Jogava live às vezes e jogava bastante online principalmente após o termino da faculdade, jogava bastante SNG MTT.

Como sua família encarou essa sua decisão?

Me apoiaram, trabalhei desde muito novo sempre ajudei em casa, por algum tempo fui a única fonte de renda,  mas sem duvida a base financeira (FTGS + Rescisão)  ajudou nesse apoio não sei como seria se não tivesse um dinheiro pra se manter tranquilamente por 1 ou 2 anos

O que você joga no live?

Torneios, mas hoje em dia não jogo mais, só joguei o BSOP Million. Tô focado no online para ver se consigo algo ainda no TLB anual

E hoje, o que você joga?

MTT online exclusivamente. Abro 15 telas, avalio o que tem EV bom para entrar, mas jogo quase tudo de MTT NLH. Meu buy-in médio é $40, mas jogo tudo de $1 a 215.

Como foi seu caminho até chegar aí? Quando começou nesse ano profissional, em que bi estava?

Começou ano passado quando decidi que faria isso da minha vida comecei a entrar em fóruns pra ver os coachs disponíveis. Acabei abrindo o fórum do 4bet e pra minha surpresa ele não abriu, só um formulário pra inscrição no time.

Enviei minha inscrição e acabei entrando pro time, comecei muito bem acertando algumas coisas grandes, mas no começo do ano atravessava uma fase bem ruim e importante na minha vida como jogador, a fase que me fez voltar a analisar o meu jogo e perceber que eu tinha passado por uma swing, mas não uma down como a maioria passa e sim uma upswing no começo que não me deixou ver como meu jogo ainda tinha erros primários, então comecei o ano com buy-in médio de $11.

E como conheceu o MaisEV?

Pesquisando sobre poker na internet. Via bastante o fórum antes de me registrar, acho que em 2009.

Quando começou a frequentar o fórum você já tinha bons resultados. Você acha que a receptividade a um jogador profissional, que já tem uma série de resultados e é consistente, é mais fácil?

Entrei no fórum em 2009, acho que nem tinha tanto resultado assim. Mas facilita bastante. A comunidade do poker, em si, é muito voltada para resultados.

Não só a comunidade, mas a sociedade também, principalmente na questão da aceitação familiar. Contigo também foi assim?

No começo, até ver a materialização dos resultados, foi um pouco, depois ficaram mais tranquilos.  Mas, mesmo antes de virar profissional a aceitação já era bem maior. Há sempre a história do tio que perdeu a fazenda…

E acontecia muito preconceito? Teus amigos, as pessoas próximas, sabiam?

Quando tomei a decisão de me dedicar ao poker, poucas pessoas sabiam. Quando souberam, a maioria me achava louco em largar um emprego em um banco e virar jogador de poker, mas os mais próximos sempre confiaram.

Com seu background como analista de sistemas, você se considera um jogador mais lógico, ou jogador de “feeling”?

Sem dúvidas sou bem mais lógico, e foi eu me sentir meio “amarrado” em poder pensar que me fez sair do banco.

Qual é sua opinião sobre a divulgação de resultados de jogadores? Alguns acham que há um lado negativo, mas também há muita coisa positiva nisso. Essa exposição já chegou a te incomodar alguma vez?

Não incomoda e não vejo como negativo se a pessoa souber lidar com isso. O único ponto negativo de ter os resultados expostos é a vulnerabilidade maior a golpes, mas se souber lidar com isso, é bem tranquilo. Aproveito para parabenizar a iniciativa do MaisEV em divulgar os resultados do pessoal do cash game, colocando um pouco de mídia em cima deles, que matam o joguinho há tempos e nunca tiveram o devido reconhecimento.

Falando em cash games, você já se aventurou nessa modalidade? Há todo um debate acerca da técnica entre jogadores de cash e torneios. Como você vê essa questão? Jogador de cash é mais técnico q um jogador de torneios?

Já joguei no começo, mas sem sucesso (risos)… Admiro bastante quem consegue, mas não é pra mim, e acho que o jogador de cash é mais técnico por ter como jogar sempre todas as streets. Em reta final de torneio você está em all-in antes do river, normalmente. Sem tirar os méritos dos jogadores de torneios, mas acho os jogadores de cash mais técnicos.

Tem muita gente que acha que jogador top não erra, ou não pode errar. Quando você erra, como ocorre essa percepção do erro?

O que mais me tilta em uma sessão é jogar errado. Bad beats ocorrem aos montes, dia após dia. Agora, é frustrante você estar em uma reta final de um torneio que durou 7 horas e cometer um erro que acabe com esse trabalho todo. Mas somos humanos, acontece e sempre penso como poderia ter jogado diferente.

E como você percebe o erro? Ocorre com frequência?

Ocorre diariamente. São muitas telas jogadas, por muitas horas. Sempre ocorre algum e a gente luta pra minimizá-los. Não adianta querer acabar com eles, sempre haverá algum erro. Percebo essas situações ao repassar a mão street por street, ou com algum coach.

Que jogador brasileiro que você encontra no online que acha mais difícil jogar contra? E estrangeiro?

Tem vários brasileiros bons, que dão muito trabalho. Mas se for pra citar somente um, eu diria que é o Caio Pessagno, por não entender muito bem a linha dele. Estrangeiros também há vários, mas citando somente um, o “pistons87” não para nunca.

Você sentiu alguma alteração na dinâmica do poker nos últimos anos, acha que os torneios ficaram mais difíceis? Ou a quantidade de jogadores que fizeram a migração de cash game para torneios não foi muito relevante?

Foi bem relevante, sim. O field dos torneios ficou bem mais difícil.

As retas de torneios geralmente são mais longas que sessões de cash. Como você faz para manter o foco?

No início era bem difícil, mas você acaba se acostumando. É como no trabalho você saber que tem que esperar dar 18 horas, você se prepara e sabe que tem que esperar aqueles torneios terminarem, e aí você descansa.

E qual teu maior sonho como jogador de poker?

Acho que meu maior sonho é conseguir viver disso que eu amo tempo suficiente para montar algo que dure e me dê um retorno para o resto da vida. Se conseguisse isso com um ME da WSOP, não seria nada mal (risos)… Mas o objetivo é ser lucrativo e ganhar dinheiro para que eu e minha família possamos viver bem no futuro.

 

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